«Era importante ganhar»
Alejandro Dominguez estreou-se este sábado no comando técnico do Benfica com uma vitória sobre a Juventude de Viana, por 5-3.
Albert Casanovas – jogador que parece talismã de Domínguez - adiantou os encarnados aos quatro minutos, de grande penalidade, mas Gonçalo Suissas repôs a igualdade cinco minutos volvidos. Impondo um ritmo vivo, característico das equipas do técnico argentino, Jordi Adroher e Carlos Nicolia fizeram o 3-1 com que se chegaria ao intervalo.
O Benfica assumia o jogo, mas os vianenses, bem organizados defensivamente, reduziriam por Remi Herman para a vantagem mínima, novamente reposta por Francisco Silva depois de Lucas Ordoñez fazer o quarto dos encarnados.
Jordi Adroher fez o 5-3, que viria a ser final, ainda com largos 15 minutos para jogar. O Benfica continuaria a procurar o golo, mas, a seis minutos do final, chegado às 14 faltas e com um penalti desperdiçado por Francisco Silva, foi momento de cautelas, com Alejandro Dominguez a reconhecer em conferência de imprensa a importância de garantir os três pontos.
André Azevedo e a Juventude de Viana “apadrinharam” a estreia de Alejandro Dominguez à frente dos encarnados, sem facilitarem em nada a missão do técnico argentino que esta segunda-feira completou 48 anos.
O técnico vianense apontou um Benfica diferente e congratulou-se com a exibição da sua equipa, que teve a preparação complicada pelas alterações esperadas - mas desconhecidas em concreto - no modelo de jogo dos encarnados. André lamentaria a falta de eficácia nas bolas paradas, que poderiam valer mesmo a conquista de pontos. Os vianenses transformaram em golo apenas uma de seis oportunidades…
A estreia em 2009, frente ao Benfica
Alejandro Dominguez chegou a treinador principal em 2009, porventura antes do que estaria à espera. Depois de apenas uma temporada com o mítico Carlos Figueroa no comando, o Reus “entregou” uma equipa que se acabava de sagrar vencedora da Liga Europeia (37 anos depois) ao adjunto dessa época.
Num defeso agitado, marcado por rumores de dificuldades económicas, o argentino veria partir Pedro Gil (hoje no Sporting) para o Porto, Marc Gual (agora no Barcelona) para o Liceo, um muito jovem Matías Platero (também agora no Sporting) foi cedido ao Tenerife, e a referência Toni Sanchez (hoje director-desportivo do Reus) saiu para assinar, já com a época iniciada, pelo Benfica.
Para colmatar as baixas, foram recrutados os experientes italianos Alessandro e Mirko Bertolucci (ex-Follonica), Francesc Gil (ex-Lleida, e hoje responsável pelo sucesso da Eurockey) e um jogador, formado no Reus, mas que representara o Mataró na temporada anterior em busca de afirmação: Albert Casanovas.
A preparação dessa temporada de estreia como técnico-principal ficou marcada pela participação no Torneio Zé Dú, em Angola, com o Liceo – que viria a ganhar o torneio -, a selecção angolana, os argentinos do Andes Talleres, e os portugueses da Juventude de Viana… e do Benfica.
A estreia no torneio, naquele que terá sido o primeiro jogo como treinador principal de Alejandro depois de duas semanas de trabalho físico em Reus, foi mesmo frente ao emblema que agora defende. O Benfica, também com novo treinador - o agora presidente da FPP, Luís Sénica - venceria por 6-4 com golos de Ricardo Pereira (hoje no Vasco da Gama), Caio (Sporting) e dois jogadores que são já históricos nos encarnados: Diogo Rafael marcaria três golos e Valter Neves um.
Ao Reus dessa altura, sobra um jogador. Bem, um elemento do plantel. O então capitão Jordi Garcia era esteio defensivo e agora é o treinador dos “rojinegros”, onde, por curiosidade, tem às suas ordens Tiago Rafael, jogador das águias em 2009.
Terça-feira, 15 de Janeiro de 2019, 23h59