Sporting vence Oliveirense no jogo maior da segunda jornada
O Sporting venceu a Oliveirense por 2-1, no segundo jogo entre candidatos – depois do Clássico entre Benfica e Porto – em apenas duas jornadas do Campeonato Nacional da I Divisão.
Vai faltando público, mas não vão faltando grandes jogos. Desta feita, o jogo grande da jornada teve emoção até final, com um remate ao poste de Jordi Bargalló a um minuto do fim a deixar a Oliveirense a centímetros de um empate no João Rocha. Mas os leões seguraram os três pontos, ficando a dever a si mesmos – e a uma boa exibição de Xevi Puigbi – um triunfo mais tranquilo.
A Oliveirense entrou mais forte, com Lucas Martinez a mostrar o porquê da sua contratação. O argentino que chegou do Lodi teve excelentes pormenores, notando-se, no entanto, no ataque de Paulo Pereira a falta da imprevisibilidade de Franco Ferruccio (“Tato”), a cumprir o seu segundo de quatro jogos de castigo.
Sem Álvaro Morais e Telmo Pinto (por opção), o Sporting apresentou-se a jogo apenas com quatro portugueses (na próxima temporada, o regulamento obrigará a cinco “convocáveis” para a Selecção), sendo dois deles os guarda-redes Ângelo Girão e Zé Diogo, e conteve o ímpeto inicial dos visitantes.
Uma grande penalidade aos seis minutos, mudou o cariz do jogo, apesar de Gonçalo Nunes não ter conseguido transformar em golo. Os leões soltavam-se mais e começavam a ameaçar a baliza à guarda de Puigbi. Aos 13 minutos, Romero concretizou as ameaças com aquele que seria o único golo na primeira parte.
A Oliveirense procurou sempre o empate, com João Almeida – com muitos minutos – a entrar melhor do que um desinspirado Marc Torra, ainda a acusar o longo período sem competição que marcou 2020. Mas a segurança de Girão anulava os poucos lances que ultrapassavam a teia defensiva bem urdida por Paulo Freitas.
Logo no arranque da etapa complementar, um azul a Pedro Gil proporcionou uma oportunidade de livre directo a Torra – desperdiçada – e dois minutos de power play, mas o golo do empate apenas chegaria com cinco minutos cumpridos, e com Zé Diogo na baliza. Tal como em Almeirim, o guarda-redes habitualmente suplente foi chamado a uma bola parada, mas Lucas Martinez faria mesmo, de grande penalidade, o 1-1.
O tónico anímico da igualdade ficaria, no entanto, para a formação oliveirense, aquém do esperado. O Sporting não acusou o golo e foi criando mais perigo. Toni Perez desperdiçou uma grande penalidade, mas aos nove minutos e meio, num movimento característico a puxar a bola de trás da baliza para colocar ao primeiro posto, daria nova vantagem aos verde-e-brancos. Uma vantagem que persistiria até final.
No “jogo de gato e do rato” em que a partida se tornou, até seria o Sporting a criar as melhores oportunidades, com Alessandro Verona a assumir cada vez maior protagonismo. Baixando linhas nos derradeiros minutos, a Oliveirense procurou o empate num último assomo, mas sem sucesso.
O Sporting soma a segunda vitória em dois jogos antes de se deslocar à Luz, ao passo que a Oliveirense recebe na próxima ronda o Riba d’Ave.
Quatro só com vitórias
Com a vitória sobre a Oliveirense, o Sporting continua a ser uma das equipas só com vitórias. A par de Óquei de Barcelos, Benfica e Valongo.
No “desempate” por diferença de golos, lidera um “descarado” Óquei de Barcelos. Depois do triunfo por 2-8 na ronda inaugural em Famalicão, venceu por 7-1 na recepção ao Turquel.
A equipa orientada por Rui Neto inaugurou o marcador aos seis minutos, por Dario Gimenez, e já vencia por 3-1 ao intervalo. Na etapa complementar, foi paulatinamente ampliando. Dario Gimenez, Reinaldo Ventura e Miguel Rocha bisaram, cabendo o outro tento a “Rafa” Lourenço. Tomás Moreira assinou o golo dos Brutos dos Queixos.
Bem perto, em Viana, o Benfica teve de suar para garantir os três pontos. Com 2-2 ao intervalo, os encarnados destacaram-se no marcador com dois golos, mas Remi Herman reduziu de livre directo (desperdiçaria outro e uma grande penalidade), mantendo no ar a incerteza num jogo muito vivo.
No entanto, à entrada dos últimos seis minutos, dois golos das águias num ápice sentenciaram a partida. Miguel Vieira – que substitui Rampulla na convocatória e bisou – dilatou e Gonçalo Neto fechou as contas no 4-7 final.
Em Braga, aonde o Óquei de Barcelos se desloca na próxima jornada, um tento solitário de Pedro Delgado (“Bekas”) valia a vantagem dos da casa ao intervalo. Após o reatamento, Diogo Fernandes igualou para o Valongo, mas Diogo Seixas voltou a colocar o Braga na rente. No entanto, seria uma espécie de “canto de cisne”. Mais eficaz, o Valongo viraria o jogo. Rafael Bessa empatou a 12 minutos do final e Nuno Araujo bisou nos derradeiros três minutos para nova vitória da equipa orientada por Edo Bosch.
Porto, Os Tigres e Tomar somam primeiros pontos
No Dragão Arena, o Porto conquistou a sua primeira vitória na prova. Na recepção ao amalicense, o capitão Reinaldo Garcia deu o exemplo com pouco mais de três minutos cumpridos, e os dragões “passearam” na primeira parte, até ao 5-1 que se registava ao intervalo.
Logo aos três minutos da segunda parte, Gonçalo Alves assinou o sexto azul-e-branco – segundo da sua conta pessoal (Giulio Cocco também bisou) – e a equipa de Cabestany parecia embalar para uma goleada. Mas não…
O conforto da vantagem tirou foco aos dragões, que permitiriam que o Famalicense apontasse três golos sem resposta, para um “nivelado” 6-4.
Quem também descansou à sombra da vantagem amealhada, foi o Riba d’Ave. Mas o castigo foi mais doloroso.
A vencer por três golos sem resposta ao intervalo – com Dinis Abreu a bisar e Facundo Bridge a estrear-se a marcar no campeonato luso -, o Riba d’Ave viu Os Tigres darem a volta na etapa complementar, mostrando toda a resiliência da equipa de André Luís. João Maló, Filipe Bernardino, Hernâni Domingos e Paolo Dias assinaram os golos da reviravolta.
Reviravoltas também houve nas margens do Nabão, mas, no fim, Tomar e Sanjoanense ficaram empatados. Adiantou-se a Sanjoanense, o Tomar virou e depois virou… Hugo Santos, bisando para o 2-3. A equipa de Nuno Lopes salvaria um ponto pelo stick do capitão Ivo Silva, já nos dois minutos finais.
O Tomar somou assim o seu primeiro ponto, continuando sem pontos as equipas – todas minhotas – de Riba d'Ave, Braga e também Juventude de Viana e Famalicense, que se defrontam em Famalicão na próxima jornada. Uma jornada, a 10 de Outubro, que será marcada pelo Dérbi Eterno, entre Benfica e Sporting.
I Divisão 2020/21 – 2ª jornada
Sábado, 3 de Outubro
• Braga 2-4 Valongo
• Óquei de Barcelos 7-1 Turquel
• Porto 6-4 Famalicense
• Juventude de Viana 4-7 Benfica
• Sporting 2-1 Oliveirense
• Riba d’Ave 3-4 Os Tigres
• Tomar 3-3 Sanjoanense
Classificação
1º Óquei de Barcelos (6 pontos), 2º Benfica (6), 3º Valongo (6), 4º Sporting (6), 5º Sanjoanense (4), 6º Oliveirense (3), 7º Os Tigres (3), 8º Porto (3), 9º Turquel (3), 10º Tomar (1), 11º Riba d'Ave (0), 12º Braga (0), 13º Juventude de Viana (0), 14º Famalicense (0)
I Divisão 2020/21 – 3ª jornada
Sábado, 10 de Outubro
• Braga vs. Óquei de Barcelos • 18h
• Famalicense vs. Juventude de Viana • 18h
• Oliveirense vs. Riba d’Ave • 18h
• Os Tigres vs. Tomar • 18h
• Benfica vs. Sporting • 18h30
• Valongo vs. Sanjoanense • 18h30
• Turquel vs. Porto • 21h
Segunda-feira, 5 de Outubro de 2020, 8h32