Sporting revalida título europeu

Sporting revalida título europeu

O Sporting revalidou o título europeu conquistado em 2019 ao vencer o Porto por 2-4 no prolongamento. O asturiano Toni Pérez bisou. #LigaEuropeia

Na reedição da última final, o mesmo campeão. O Sporting venceu novamente o Porto e conquistou a terceira Liga Europeia da sua História, somando-a às de 1977 e 2019.

Na final da Final Four mais portuguesa de sempre, com um pleno de equipas lusas, perfilaram oito portugueses (três deles guarda-redes) e 12 estrangeiros em busca do mais desejado título.

Os dragões, a quem o título teima em escapar desde 1990, entraram determinados e adiantaram-se aos três minutos, com Rafa a desviar um remate de meia distância de Reinaldo Garca. Um minuto volvido, Matías Platero via um azul em que ficava patente o critério apertado dos árbitros Ivan Gonzalez e Sergi Mayor. Num remate rasteiro, Gonçalo Alves batia Ângelo Girão para o 2-0.

Ao contrário das últimas duas partidas - frente ao Benfica (0-5) para o campeonato e com a Oliveirense nas meias-finais (0-4) - o Porto partia na frente, sem ter de correr atrás do resultado. E, perante a reacção leonina, acomodou-se à vantagem. O Sporting cresceu e aos 14 minutos reduziria, com Platero a desviar o remate de Gonzalo Romero.

O golo dos leões despertou os dragões, que reagiram com outro dinamismo ofensivo, mas esbarrando na sólida exibição de Girão. A dois minutos do intervalo, Ferran Font veria o vermelho no rigoroso critério arbitral por um lance com Reinaldo Garcia. Gonçalo Alves não conseguiu transformar o respectivo livre directo, mas o Porto teria quatro minutos de powerplay. Desperdiçados.

Ferran Font foi expulso a quatro minutos do intervalo.

Com apenas um minuto em superioridade, o Porto perdeu-a. Reinaldo Garcia viu o azul e, apesar de Romero também não conseguir marcar de livre directo, jogar-se-ia com três jogadores de pista de cada lado no último minuto da primeira parte e no primeiro da segunda. Os azuis-e-brancos ainda estiveram um minuto em superioridade, mas sem resultados. E fechavam este período com a nona falta.

Aos nove minutos, caía a 10ª falta dos dragões. Paulo Freitas chamava Alessandro Verona, mas "il tigre", talismã nas grandes penalidades na véspera, não conseguiria bater Malián.

Apesar da 10ª, o Porto estava mais próximo de "sofrer" o próximo livre directo que o Sporting, apenas com três faltas. E, até final do tempo regulamentar, em 16 minutos, com muitas cautelas de parte a parte, só haveria mais uma falta, dos leões.

Em busca do empate, o Sporting era mais perigoso. Romero teve novo livre directo depois de mais um azul rigoroso (Poka, em desequilíbrio, atingiu o adversário fora da zona de protecções) e falhou novamente, mas, no powerplay, na sequência de forte remate do argentino, Toni Pérez, numa recarga pronta de primeira, fez o 2-2. Que, no registo cauteloso das duas equipas, mesmo faltando perto de 13 minutos, levaria o jogo para prolongamento.

No tempo extra, o Sporting assumiu a liderança do marcador. Telmo Pinto serviu para o desvio - muito contestado - de Toni Pérez para o bis do asturiano, que consumava a reviravolta. Logo a seguir, Reinaldo Garcia viu novo azul (luva na cara de um adversário) e, desta feita, na sua quarta (!) tentativa, mas quiçá a mais importante, Romero fez o 2-4 para a equipa de Paulo Freitas.

A precipitação na entrada de Reinaldo Garcia para o lugar do guarda-redes Xavi Malián levou à expulsão do argentino e do treinador Guillem Cabestany.

Na segunda parte do prolongamento, era o tudo por tudo dos dragões. De grande penalidade, Gonçalo Alves reduziu para 3-4. Pouco depois, Cabestany arriscava com a entrada do quinto jogador de pista para o lugar de Malián. Mas ainda não podia...

A substituição específica do guarda-redes por um jogador de pista só pode ser feita "nos últimos cinco minutos do segundo período do tempo normal de jogo" e "no último minuto do segundo período do prolongamento". E faltavam ainda perto de dois minutos. Um erro que levou à expulsão do técnico catalão e de Reinaldo Garcia, jogador que entrara indevidamente.

O Porto, principalmente por Gonçalo Alves, ainda procurou - mesmo em desvantagem numérica - nova igualdade, mas, tal como em 2019, o título era dos leões.

Porto 3-4 Sporting

Porto: Xavi Malián (gr), Xavi Barroso, Reinaldo Garcia, Rafa (1) e Gonçalo Alves (2) [cinco inicial] e Ezequiel Mena, Giulio Cocco, Carlo Di Benedetto e Poka.

Sporting: Ângelo Girão (gr), Telmo Pinto, Matias Platero (1), Ferran Font e João Souto [cinco inicial] e Alessandro Verona, Gonzalo Romero (1), Toni Perez (2) e Pedro Gil.

Cartão azul a Matías Platero, Reinaldo Garcia (2) e Poka.

Cartão vermelho a Ferran Font, Guillem Cabestany e Reinaldo Garcia.

Marcha do marcador: 2-0, 2-1 (intervalo), 2-2 (final do tempo regulamentar), 2-4, 3-4.

Meias-finais

Porto 6-4 Oliveirense

• Benfica 6-7 Sporting (3-3, 2-2 prol, 1-2 gp)

Final

• Porto 3-4 Sporting (2-2, 1-2 prol)

AMGRoller Compozito

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