Águias confirmam bom momento e vencem líder

O melhor Benfica da época, com uma exibição sólida, venceu o líder Porto por 4-1 e somou a 11ª vitória em 12 jogos sem perder. O Sporting regressou às vitórias, de forma clara, frente ao lanterna-vermelha Turquel.

Águias confirmam bom momento e vencem líder

O Benfica confirmou o seu bom momento ao receber e vencer o líder Porto por 4-1, naquela que foi a 11ª vitória das águias em 12 jogos sem perder depois da já distante derrota em Outubro no Dragão Arena.

Ainda que longe de casa cheia, mas até contando com a presença do presidente Rui Costa, o pavilhão da Luz teve um ambiente como há muito não se via, a catapultar os encarnados para uma exibição sólida. O jogo, muito disputado desde os instantes iniciais, também puxou pelos adeptos encarnados.

Ezequiel Mena inaugurou o marcador numa clamorosa falha defensiva - quiçá a única - dos encarnados.
Ezequiel Mena inaugurou o marcador numa clamorosa falha defensiva - quiçá a única - dos encarnados.

A intensidade da partida obrigava a mexidas desde cedo e aos 11 minutos já todos os suplentes de pista tinham entrado, excepto Carlos Ramos ("Carlitos"), que não chegaria a jogar. Benfica e Porto imprimiam velocidade, mas encaixavam de tal forma que muitos dos remates morriam nas pernas dos adversários e, os poucos que passavam, esbarravam na atenção de Pedro Henriques e Xavi Malián.

A oito minutos e meio do intervalo, o Benfica "distraiu-se" e Ezequiel Mena, livre de marcação à entrada da área, rematou para o fundo das redes. Mas, logo na resposta, Carlos Nicolia igualou.

Resposta de Nicolia - a marcar pela 19ª vez em 25 jogos do Benfica - a Mena foi imediata.
Resposta de Nicolia - a marcar pela 19ª vez em 25 jogos do Benfica - a Mena foi imediata.

No momento que devia ser de celebração da igualdade, o argentino que esta semana viu virem a público rumores da ida para o Sporting, mostrou o seu compromisso e, mais do que festejar, deu indicações aos companheiros. E o Benfica não voltou a claudicar defensivamente.

O equilíbrio de forças entre as duas equipas que procuram o seu 24º título nacional seria quebrado a um minuto do intervalo, num lance individual de Gonçalo Pinto, a consumar reviravolta e a valer vantagem para as águias no recolher aos balneários.

Num momento de inspiração, Gonçalo Pinto desequilibrou a primeira parte a um minuto do intervalo.
Num momento de inspiração, Gonçalo Pinto desequilibrou a primeira parte a um minuto do intervalo.

Na segunda parte, o Porto foi em busca da igualdade, mas o Benfica foi muito sólido defensivamente e contou com mais uma exibição seguríssima de Pedro Henriques. Aos 13 minutos, o guarda-redes das águias negou o golo de livre directo a Carlo Di Benedetto depois de azul a Diogo Rafael. Nos dois minutos que se seguiram, a forma como o Porto atacou em superioridade numérica foi sofrível e, em saídas rápidas, até parecia mais iminente o golo encarnado.

Defesa de Pedro Henriques em livre directo de Gonçalo Alves foi premiada com o maior festejo da tarde.
Defesa de Pedro Henriques em livre directo de Gonçalo Alves foi premiada com o maior festejo da tarde.

Mal tinha terminado o "underplay", e Pedro Henriques era novamente colocado à prova, agora na 10ª falta encarnada. A defesa ao remate de Gonçalo Alves foi festejada pelos adeptos como um golo, quiçá o mais celebrado da tarde. Meio minuto volvido, Nicolia não faria melhor na 10ª falta azul-e-branca, mas, a sete minutos e meio do final, um contra-ataque de régua e esquadro, com Gonçalo Pinto a lançar Nicolia e este a servir Diogo Rafael valia um 3-1 que já sabia a vitória.

Diogo Rafael concluiu um contra-ataque bem gizado para o 3-1 que definiria o vencedor do Clássico.
Diogo Rafael concluiu um contra-ataque bem gizado para o 3-1 que definiria o vencedor do Clássico.

O Porto não se recompôs do terceiro tento das águias. Ainda "sobreviveu" à 15ª falta, com Pablo Alvarez a não conseguir bater Maliàn a um minuto do fim, mas voltou a falhar na "superioridade" numérica. Desta feita, sem guarda-redes, a procurar pelo menos igualar o confronto directo (vencera 3-2 na primeira volta), uma perda de bola foi fatal. Com muita tranquilidade num ataque rápido sem precipitações, a troca de bola encontrou Pablito que rematou certeiro para a baliza deserta e o 4-1 que fechava as contas.

Feridas lambidas

No João Rocha, o Sporting recebeu e venceu o Turquel num jogo de pouca história. Dois golos à passagem do sexto minuto - por Matías Platero e Ferran Font - "quebraram" o espírito ao lanterna-vermelha que, defensivamente, pouco faria para evitar uma vitória tranquila dos leões. O 3-0, num excelente pormenor de Toni Pérez a colocar a bola sobre Diogo Almeida não tardou.

Vindos de duas derrotas consecutivas (frente a Porto e Barcelos), a larga vantagem madrugadora permitiu ao Sporting gerir a seu bel-prazer os acontecimentos. Privilegiou a segurança defensiva e saiu pela certa. A seis minutos e meio do intervalo, João Souto fez em contra-ataque o quarto e Alessandro Verona não enjeitou uma grande penalidade para fazer o quinto. O melhor que o Turquel conseguiu foi reduzir por Tiago Mateus.

Ferran Font assinou um hat-trick numa partida em que os jovens Guilherme Duro (Turquel) e Filipe Martins (Sporting) se estrearam.

Na segunda parte, o Sporting - que não contou com Romero depois da expulsão em Famalicão - ampliou com dois golos em 10 minutos, num remate de muito longe de Font a surpreender Diogo Almeida e no segundo tento de Toni Perez, e acabou com as dúvidas - se subsistiam algumas - quanto ao vencedor.

Vasco Luís reduziu, num belo pormenor na recarga ao livre directo da 10ª falta leonina, mas Font não lhe ficou atrás, selando um hat-trick com roubo de bola e finalização de classe.

O Sporting fechava as suas contas a 11 minutos do final e o Turquel não iria além do 8-3, por Tiago Silva, quatro minutos depois. Nos derradeiros cinco minutos, oportunidade para Guillem Pérez e Paulo Freitas promoverem as estreias na I Divisão de Guilherme Duro e Filipe Martins.

Os leões seguram para já o terceiro lugar, mas continuam à mercê de um jogo em atraso do Benfica, para cumprir a 16 de Março. Antes, há, a 12 de Março, dérbi entre os "velhos rivais" para os quartos-de-final da Taça de Portugal.

20ª jornada

Paço de Arcos 4-1 Marinhense • 5.Mar

• Valongo 1-4 Oliveirense • 5.Mar

• Parede 2-5 Óquei de Barcelos • 5.Mar

Benfica 4-1 Porto • 6.Mar

Sporting 8-3 Turquel • 6.Mar

• Juventude de Viana vs. Tomar • 9.Mar • 21h

• Braga vs. Sanjoanense • 9.Mar • 21h •

Classificação

1º Porto (49 pontos), 2º Óquei de Barcelos (48), 3º Sporting (44), 4º Benfica* (43), 5º Oliveirense (41), 6º Valongo (33), 7º Tomar** (30), 8º Paço de Arcos (24), 9º Braga** (23), 10º Juventude de Viana* (14), 11º Sanjoanense* (13), 12º Parede (13), 13º Marinhense* (11), 14º Turquel** (8)

*menos um jogo, **menos dois jogos

AMGRoller Compozito

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