Porto e Benfica decidem Taça
Seis anos depois, Porto e Benfica decidem a Taça de Portugal entre si, na 12ª final da prova entre os dois mais titulados clubes nacionais. Os dragões afastaram o Óquei de Barcelos nos penáltis e as águias venceram a Oliveirense.
Porto e Benfica garantiram esta sexta-feira o apuramento para a final da Taça de Portugal ao eliminarem Óquei de Barcelos e Oliveirense. Os dragões só resolveram o jogo ao fim de um desempate de 18 grandes penalidades e as águias nos últimos cinco minutos do tempo regulamentar.
Esta será a 12ª final da "prova rainha" entre os dois clubes nacionais mais titulados, com equilíbrio até ao momento. O Benfica levou a melhor em cinco ocasiões e o Porto em seis, desequilibrando a contenda em 2016, em Ponte de Lima, naquele que foi o primeiro triunfo de três consecutivos pelos dragões às ordens de Guillem Cabestany.
A final, no Multiusos de Paredes, está agendada para as 17h.
Gonçalo vence a "lotaria"
Na primeira meia-final, com cerca de meia casa, confrangedora para a importância do encontro a dar razão ao insurgimento da claque barcelense, o Óquei de Barcelos adiantou-se aos 11 minutos com um golo de Alvarinho, aproveitando uma primeira vantagem numérica na partida depois de azul a Ezequiel Mena. O tempo regulamentar ficaria marcado por seis azuis irmãmente repartidos e 10 bolas paradas... mas poucos golos.
A vantagem barcelense subsistiria até aos 10 minutos da segunda parte, até que Carlo Di Benedetto - de regresso ao palco em que granjeou uma histórica prata no Europeu pela França - igualou. Num jogo de equilíbrios e cautelas, a dois minutos e meio do fim do tempo regulamentar, o 2-1 por Rafa soava a definitivo numa semana emocionalmente muito desgastantes para os barcelenses.
Mas, como para o campeonato, a equipa de Rui Neto não baixou os braços. Dario Giménez igualou a 20 segundos do final e levou o jogo para prolongamento.
No tempo extra, Miguel Rocha colocou o Óquei de Barcelos na frente, mas Ezequiel Mena - outro portista com passado em Barcelos, como Rafa que também marcara - forçou a ida a uma lotaria de grandes penalidades de forma quase irónica, num jogo em que ninguém lograra bater Conti ou Maliàn dessa forma.
Reinaldo Garcia e Gonçalo Alves adiantaram os dragões, mas Luís Querido e Álvaro Morais - este no derradeiro da série de cinco iniciais - igualaram. Depois Gonçalo permitiu a defesa. Era uma espécie de benesse, que Alvarinho não aproveitou. Gonçalo marcaria as três seguintes, com Luís Querido a responder à altura, até que Maliàn cedeu o seu lugar a Tiago Rodrigues para o guarda-redes internacional jovem português ser herói.
A demorada decisão, com prolongamento e grandes penalidades a juntarem-se a quebras de energia, adiaram o início da segunda meia-final, entre Oliveirense e Benfica.
Compasso argentino
A segunda meia-final, tensa, quiçá com a cabeça no jogo do dia seguinte, conta-se por golos argentinos.
Lucas Ordoñez inaugurou o marcador logo com apenas minuto e meio jogado. Dois minutos volvidos, Marc Torra não conseguia bater Pedro Henriques de livre directo, e o Benfica, como tem sido apanágio, foi sólido a defender a sua vantagem.
Não haveria mais bolas paradas ou incidências disciplinares até seis minutos do fim. Aí, Edu Lamas viu azul e Lucas Martinez não enjeitou a oportunidade para igualar. Mas, como também tem sido apanágio nas águias, Carlos Nicolia desequilibrou.
Já nos cinco minutos finais de jogo, Nicolia fez o 1-2 e obrigou a Oliveirense a arriscar... e a chegar à 10ª falta. Lucas Ordoñez terminou o que começara e "matou" o jogo.
Meias-finais
• MF1 • Porto 8-7 Óquei de Barcelos • 8.Abr
• MF2 • Oliveirense 1-3 Benfica • 8.Abr
Final
• Porto vs. Benfica • 9.Abr • 17h • João Duarte e Pedro Figueiredo
Sábado, 9 de Abril de 2022, 8h36