«Quero chegar ao campeonato português, mas não tenho isso como obsessão»

O Follonica de Sérgio Silva caiu, por margem tangencial, na final da Taça WSE. No entanto, a presença na decisão não deixa de ser prova do excelente trabalho que o português tem realizado como treinador.

«Quero chegar ao campeonato português, mas não tenho isso como obsessão»

Sérgio Silva é uma das grandes figuras do Hóquei em Patins português neste milénio. Campeão do Mundo por Portugal em 2003, ícone de um Óquei de Barcelos conquistador, estabeleceu-se em Itália onde tem uma reputação intocável.

Já por lá deixara a sua marca, quando, entre 2004 e 2009, representou Prato, Follonica e Bassano, equipas que ombreavam com os emblemas ibéricos. Regressou em 2012, quando deixou o Benfica após o catapultar - com um título nacional 14 anos depois - para uma nova era.

No modesto Cremona, assumiu em 2016 o cargo de treinador, ainda também como jogador. Em 2018, descalçou definitivamente os patins. Assumiu o comando técnico de um Amatori Vercelli cujos dirigentes tinham "mais olhos do que barriga". O projecto caiu, mas não sem antes Sérgio Silva - com os portugueses Francisco Veludo e João Silva ("Janeka") - ter contrariado as expectativas e ter garantido a manutenção.

Na temporada seguinte, voltou a ser vítima da ambição dos dirigentes. O Trissino apostou forte, mas, sem resultados imediatos, mudou de ideias e não deu tempo ao técnico português.

Foi chamado em 2020 para o Follonica, onde o projecto é sólido, ainda que sem os "milhões" de outros. E o trabalho tem sido excepcional. Esta época voltou a chegar à Final Four da Taça de Itália e conseguiu um 3º lugar na fase regular da Serie A1. Nos play-offs, que arrancam este fim-de-semana, medirá forças com o Valdagno.

Sérgio trabalha com sete jogadores da "casa", sendo excepções os guarda-redes Leonardo Barozzi e o italo-argentino "Nando" Montigel (as "vozes" da experiência, aos 34 e 36 anos) e o catalão Didac Llobet, que chegou no último defeso do secundário Rivas Las Lagunas.

Nos 10 que chama regularmente, Sérgio Silva teve em Paredes três jogadores com 19 anos (Federico Banini, Bonarelli e Montaui), sendo que o guarda-redes suplente Gabriele Irace completou 20 anos neste mês de Abril.

No seu trabalho diário, e frisando que o trabalho de treinador é muito mais exigente que o de jogador, Sérgio Silva procura apenas fazer o melhor possível. Mas, naturalmente, tem ambição de chegar mais longe, e o campeonato português - que concorda ser o "melhor do Mundo" - é uma meta a que se propõe, mas longe de ser uma obsessão.

AMGRoller Compozito

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