Benfica termina invicto e com goleada
O Benfica já garantira o título há duas jornadas e o derradeiro jogo do Nacional da I Divisão foi de festa. Os rostos pintaram-se de vermelho e branco, o “22” sobressaía em alusão aos 22 campeonatos – há quem defenda que são 23… - conquistados pelas águias e, no final, Paulo Rodrigues, vice-presidente da Federação de Patinagem de Portugal, entregou o troféu relativo à conquista.
Para a festa estava “convidada” a equipa d’Os Tigres, que não podia levar traje de gala. A equipa de Almeirim tinha de vestir o fato-macaco para lutar por pontos que lhe dariam a manutenção na I Divisão e conseguiu estar na luta até aos 10 minutos da segunda parte.
Os encarnados adiantaram-se no marcador à passagem da primeira dezena de minutos, num excelente trabalho individual de Carlos Lopez. Meio minuto depois, o trabalho foi de Diogo Rafael para o golo de João Rodrigues. O primeiro de… sete. E quando, a sete minutos e meio do intervalo, Diogo Rafael fez o 3-0, a partida parecia já encaminhada para goleada.
Mas Os Tigres, que contando com uma defesa encarnada pouco agressiva, iam criando boas oportunidades, com Pedro Henriques (o guarda-redes habitualmente suplente jogou os 50 minutos) a resolver. E o golo de Filipe Bernardino, já nos dois minutos finais da primeira parte, foi um prémio para a equipa de Pedro Nifo. Só que a resposta, pelo stick de Nicolía, só demorou 11 segundos, fixando o 4-1 ao intervalo.
O Benfica voltou a entrar em baixa rotação na segunda parte e André Martins (“Keke”) bisou para chegar à diferença mínima, relançando as esperanças d’Os Tigres. No entanto, João Rodrigues estancou a reacção com o segundo da sua conta pessoal, para pouco depois fazer o 6-3 e, logo de seguida, o capitão Valter Neves fazer o 7-3.
Os Tigres baixaram os braços… Francisco Veludo fazia o possível – e, algumas vezes, o impossível – para parar os ataques encarnados, onde os jogadores já jogavam para divertir o público. Já nos oito minutos finais da partida, Veludo saiu para a entrada do ex-Benfica João Patrício e, ainda este não tinha tocado na bola, e já tinha sofrido um golo, com a sua defesa a ver jogar.
O guarda-redes que estava nos juvenis do Benfica quando João Rodrigues estava nos juniores, acabaria por sofrer quatro golos, todos do seu ex-colega, para um 11-3 final que – com a vitória da Sanjoanense sobre o Póvoa (6-3) – condenou Os Tigres à II Divisão.
Invicto
Com esta vitória, o Benfica de Pedro Nunes termina o campeonato com um registo praticamente perfeito. Em 26 jornadas somou 25 vitórias e apenas um empate (5-5 em Barcelos), tendo com 175 golos marcados o melhor ataque e com 55 sofridos a melhor defesa da prova. Registo que só encontra par – e ainda assim é melhor – no de 94/95, em que, sob a orientação de Carlos Dantas, conseguiu 27 vitórias e cinco empates, terminando também sem derrotas.
Domingo, 17 de Maio de 2015, 3h32