Para decidir na 'negra'
O 'factor casa' voltou a vingar e o Benfica igualou a final com o Porto, obrigando a 'negra'. As águias, eficazes na bola parada, venceram por 5-3, mas deverão ficar privadas de Carlos Nicolia, expulso ainda na primeira parte.
Como nas três primeiras partidas, a vitória no quarto jogo sorriu à equipa da casa. O Porto tinha a oportunidade de se sagrar campeão nacional na Luz, mas o Benfica venceu por 5-3 e leva a decisão do título para o Dragão Arena.
O Benfica anunciou lotação esgotada e, apesar de haver novamente desconfortáveis clareiras na bancada central, beneficiou do ambiente criado pelos seus adeptos para levar de vencida um Porto que até se adiantou, aos 10 minutos, por Gonçalo Alves.
Sem o seu melhor marcador Lucas Ordoñez, lesionado, o Benfica lograria a igualdade a dois minutos e meio do intervalo, no livre directo a castigar a 10ª falta azul-e-branca. Carlos Nicolía foi herói na conversão da bola parada, mas, logo no recomeço, uma discussão com o compatriota Reinaldo Garcia valeria cartão azul a ambos e, acto contínuo, o vermelho a Nicolia por protestos com Miguel Guilherme. O Benfica perdia o seu mais eficaz marcador de livres directos para o resto da partida e, quiçá, para o resto do campeonato.
Na "negra", é provável a ausência nas águias de Lucas Ordoñez (lesionado) e Carlos Nicolia (castigado).
Ainda em superioridade numérica, o Porto colocar-se-ia novamente na frente com dois minutos jogados na segunda parte, com Gonçalo Alves a bisar, mas na 15ª falta da equipa de Ricardo Ares, Pablo Álvarez também foi eficaz, igualando aos seis minutos.
Dois minutos volvidos, Gonçalo Alves via o azul e Xavi Maliàn evitou novo golo de "Pablito" de livre directo, mas com falta e para azul, no que seria o momento-chave da partida. Diogo Rafael marcou de grande penalidade, colocando pela primeira vez os encarnados na frente, e Pablo Álvarez, aproveitando a superioridade numérica (por dois azuis consecutivos) fez o 4-2 aos 10 minutos.
Benfica foi letal no aproveitamento das decisões arbitrais. Marcou três golos de bola parada e um em superioridade numérica.
Com três golos em menos de quatro minutos, a equipa de Nuno Resende construía uma vantagem de dois golos que saberia gerir. Xavi Barroso reduziu quando os encarnados já tinham nove faltas, mas Pol Manrubia repôs a vantagem de dois golos. Quando caiu a 10ª falta encarnada já só faltavam três minutos de jogo e Pedro Henriques conseguiu evitar calafrios nos minutos finais ao parar a tentativa de Carlo Di Benedetto. Pablo Álvarez também falhou um livre directo, mas a vitória encarnada estava certa.
Com a igualdade a dois, o novo campeão nacional, o primeiro campeão a chegar aos 24 títulos, será conhecido no próximo dia 29, a partir das 20h, no Dragão Arena.
Contestação
O quarto jogo na Luz ficaria marcado pela contestação à comitiva federativa que se encontrava na tribuna. A contestação começou dentro da própria tribuna e, alastrando aos adeptos próximos, levou à intervenção de Rui Costa e à saída do presidente da direcção da Federação de Patinagem de Portugal, Luís Sénica, no início da segunda parte.
Luís Sénica, recorde-se, foi treinador do Benfica entre 2009 e 2013, conquistando, entre outros, um título europeu no então Dragão Caixa. Mas, aparentemente, não terá conquistado um lugar cativo nos corações dos adeptos da Luz.
Final
• Porto 5-0 Benfica • 16.Jun • 1-0
• Benfica 3-0 Porto • 19.Jun • 1-1
• Porto 9-6 Benfica • 22.Jun • 2-1
• Benfica 5-3 Porto • 25.Jun • 2-2
• Porto vs. Benfica • 29.Jun • 20h
Domingo, 26 de Junho de 2022, 8h