Supertaça é do Benfica
O Benfica conquistou a Supertaça, 10 anos depois, ao vencer o Porto por 2-4. Pablito, com um hat-trick, desequilibrou o marcador e valeu um triunfo sobre os dragões na quarta decisão entre as duas equipas este ano.
Depois de ser derrotado este ano na Taça de Portugal, Campeonato Nacional e Elite Cup, o Benfica conseguiu enfim "bater o pé" ao Porto, com a conquista da Supertaça António Livramento. Os dragões tinham vencido as últimas quatro edições da prova, antes da "pausa" por força da pandemia.
Pablo Álvarez inaugurou o marcador com pouco mais de quatro minutos de jogo, permitindo ao Benfica gerir a partida em vantagem, como mostrou na recta final da pretérita temporada saber fazer. Mas, aos 14 minutos, Gonçalo Alves igualou.
Nuno Resende contou nesta partida com Lucas Ordoñez e Diogo Rafael (ficaram de fora "Poka" e Pol Manrubia) e seria mesmo o internacional português a desequilibrar o marcador na primeira parte, fazendo o 1-2 a oito minutos do intervalo.
Perante uma "casa" aquém das expectativas, com muitas clareiras, os primeiros minutos da segunda parte pesaram particularmente nas faltas dos encarnados, passando de um 3-5 em faltas para um 4-8 que os aproximava perigosamente da décima. E, aos cinco minutos, Rafa, de meia distância, igualava o marcador.
No entanto, o tónico moral da igualdade serviu pouco tempo aos azuis-e-brancos. Minuto e meio volvido, Diogo Rafael voltou a ser decisivo. Arrancou e serviu cruzado para o desvio de Pablo Álvarez, que terminou no fundo das redes de Xavi Malián.
Benfica reagiu ao 2-2 praticamente de pronto, num golo de Pablo Álvarez que seria merecedor de "revisão". Mas o sistema testado na Elite Cup não foi a jogo nesta partida.
O Porto reclamou que o desvio tinha sido com o pé, e a produção televisiva dar-lhe-á razão, mas não havia Sistema de Revisão de Vídeo que valesse aos dragões.
Novamente (pela terceira vez) na frente do marcador, mas já com nove faltas, o Benfica geria a partida e sem abdicar da posse de bola ou do ataque, ainda que sempre precavendo a rectaguarda. Aos 14 minutos, falhou defensivamente, mas, isolado, Carlo Di Benedetto não conseguiu bater Pedro Henriques.
Havia oportunidades de um e outro lado, com Malián, como na Elite Cup, em particular destaque, a segurar a desvantagem mínima enquanto os seus colegas não ganhavam a 10ª falta contrária. Ganhariam a seis minutos do final, 11 minutos depois da nona, mas sem efeitos práticos. Pedro Henriques ganhou o duelo com Gonçalo Alves.
O Porto foi em busca do "prejuízo", procurando a igualdade. No limite, atacou o último minuto sem guarda-redes, mas acabaria por chegar à 10ª falta. Pablo Álvarez não enjeitou a oportunidade e, selando o hat-trick, garantiu o triunfo por 2-4.
Esta é a oitava Supertaça ganha pelo Benfica, a terceira frente ao Porto, juntando-se esta conquista às de 1993, 1995, 1997, 2001, 2002, 2010 e 2012.
No "clique" que Nuno Resende desejava, este é o primeiro título oficial conquistado nesta década pelos encarnados, depois de ter vencido a Taça 1947 em Dezembro de 2020, no fecho da década anterior.
Sábado, 10 de Setembro de 2022, 16h45