Desculpem lá o mau jeito...
Por Pedro Alves dos Santos
Um Excelente 2023 para quem abertamente nos critica, quem nos corrige. Mas também para quem 'não' nos segue, que nos critica em surdina, quem queria um 'laço bonito' num fracasso. Se 'perturbamos' o vosso dia, se vos fizemos pensar, cumprimos.
No extenso "backlog" de artigos que temos por publicar, abdicamos de celebrar algumas datas. Acrescenta pouco ao nosso propósito, é muitas vezes pouco mais do que um massajar do ego. Mas, nesta mudança de 2022 para 2023, cá fica a nossa pequena "uva passa".
Em 365 dias de calendário de 2022, tivemos 714 artigos publicados. Não são títulos, não são ecos, não são entrevistas institucionais, não são meras imagens ou partilhas. São artigos. É informação. Falhámos num objectivo maior de ter nova informação todos os dias, tendo havido 39 dias (22 deles em Julho e Agosto) em que não publicámos qualquer artigo.
Terminámos o ano com 3949 seguidores no Twitter, 9703 no Instagram e 21682 no Facebook. Mais do que o número de cliques no "like" que ficam em cada partilha, regozijamo-nos com os cliques para a leitura dos artigos. Mais do que isso, sorrimos com orgulho a cada reparo que nos fazem.
Somos assumidamente arrogantes pelo tempo e trabalho que dedicamos, sem lamentar ou fazer bandeira das horas ou do dinheiro despendido. Mas não temos a arrogância de acharmos que estamos certos e os reparos fazem-nos sorrir porque mostra sem qualquer dúvida que chegámos a alguém. Critiquem, corrijam, questionem. Nunca será isso que nos fará parar. Dar-nos-á mais força para procurarmos fazer melhor.
Critiquem, questionem, corrijam.
Sabemos que não agradamos a muita gente. Mas o desafio a que nos propomos é de jornalismo, não é de comunicação empresarial. E há muita gente com dificuldade em entender essa distinção.
Sabemos que damos mais espaço aos ditos "três grandes do futebol" do que a outros que possivelmente mais mereceriam. Sabemos que, por proximidade geográfica, relevamos mais os feitos a Sul que a Norte. Sabemos que, não devendo nada a ninguém mas apenas nós próprios, temos uma dívida imensa com o Hóquei em Patins no feminino. Procuraremos fazer melhor.
De 2022, levamos uma experiência única num extraordinário Campeonato do Mundo e talvez o sentimento de Portugal frente à Alemanha nesse Mundial. Pondo de parte o abjecto calendário (criticado "a posteriori" por quem tinha obrigação de o corrigir na sua definição), a Alemanha, sem fazer mais durante todo o jogo, lá marcou um golo. Um tento festejado no Aldo Cantoni como se valesse mais do que qualquer um dos 10 que Portugal conseguiu. Mas a Alemanha ficou pelo caminho e Portugal seguiu em frente, porque o jogo não é só um momento e o Hóquei em Patins é muito mais (tanto mais!) do que uma semana por ano.
No final, nos meandros da modalidade, a nossa e a vossa opinião será certamente ignorada por quem tem a arrogância de achar que está sempre certo, que não há maneira melhor de fazer as coisas, de quem acha que um fracasso com um "embrulho" bonito passa a ser uma vitória.
Critiquem, questionem, corrijam.
Não esperem pelo eco. Façam barulho.
Um Excelente 2023 para todos.
Pedro Alves dos Santos
Domingo, 1 de Janeiro de 2023, 12h
