No fim, como no início: os raros nulos da Liga dos Campeões

O embate para a Liga dos Campeões entre Noia e Porto terminou num empate a zero pouco habitual no Hóquei em Patins. E ainda mais na principal prova europeia. Antes, só acontecera em seis ocasiões.

No fim, como no início: os raros nulos da Liga dos Campeões

Terá sido a grande surpresa da noite europeia, não tanto pelo desfecho, mas pelo resultado. Noia e Porto empataram a zero em Sant Sadurní e nem a ausência, por castigo, dos goleadores Gonçalo Alves e Carlo Di Benedetto - ou as boas prestações dos catalães Xavi Maliàn e Blai Roca - justificará a total falta de golos. Mesmo que o contributo combinado de 42 golos dos atacantes seja fatia mais do que generosa na soma de 77 conseguidos pelos dragões em 18 jogos, sendo o melhor ataque do Campeonato PLACARD. Já o Noia, na OK Liga, tem 68 golos em 17 partidas.

Antes, só tinha acontecido seis outros empates sem golos na história de 57 edições da competição.

Aquela que se tornaria a mais importante prova europeia de clubes arrancou em 1966, e foram necessários 30 anos para se ver uma partida terminar sem golos. E logo numa final. No penúltimo jogo da prova enquanto "Taça dos Campeões Europeus", numa decisão a duas mãos, Igualada e Barcelona empataram sem golos em "Les Comes" na primeira mão, em Maio de 1996. Na segunda, houve novo empate, mas o critério de golos fora valeria o título - o quarto consecutivo - aos arlequins que, no início dessa época, até tinham perdido Carlos Figueroa para o rival blaugrana.

Quatro anos depois, em Dezembro de 2000 e já como "Liga Europeia", mas novamente na Catalunha, Reus e Barcelona também ficaram a zeros, então com divisão de pontos na fase de grupos. No fim da prova, os blaugrana conquistariam mais um título.

De resto, o Barcelona, reconhecida máquina ofensiva e com uma extensa colecção de títulos a justificá-lo, esteve em três dos sete jogos da principal prova do Velho Continente que já terminaram a zeros. O terceiro aconteceria em 2017, nas meias-finais, frente à Oliveirense. A equipa portuguesa levaria a melhor no prolongamento, com um golo (de ouro) de Ricardo Barreiros.

Em França, aconteceram dois destes inusitados nulos, em 2011 e 2012, ambos na fase de grupos. O primeiro aconteceu em Saint-Omer, na recepção aos catalães do Blane, que viriam a ser eliminados nos quartos-de-final pelo Candelária. O segundo teve Coutras como palco, na visita dos alemães do Cronenberg. Este seria o único ponto somado pelos germânicos e nenhuma das equipas avançou para a fase seguinte. Pelo contrário, em 2019, o empate entre Forte e Sporting na penúltima jornada da fase de grupos foi daqueles que, coincidentemente, dava jeito às duas equipas e se concretizou. Sem golos. As duas equipas ficaram desde logo apuradas para os quartos-de-final, de nada valendo ao Liceo a vitória sobre os italianos na derradeira jornada.

AMGRoller

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