Os donos daquilo tudo

O Trissino conquistou a Taça de Itália ao vencer, no desempate por grandes penalidades, o Lodi. A equipa de Alessandro Bertolucci passa a deter os três troféus italianos, para além da Liga Europeia.

Os donos daquilo tudo

Quando Nuno Resende deixou, tardiamente, o Trissino para rumar ao Benfica no defeso de 2021, deixou montada - com um forte investimento financeiro - uma equipa para lutar por tudo. Chegou Alessandro Bertolucci, juntou-lhe mais uns ingredientes, e o Trissino foi dominador. Em 2022, a equipa da região do Vêneto fez história ao tornar-se o segundo emblema transalpino a vencer a mais importante prova europeia de clubes. E, intramuros, venceu a Serie A1 (o campeonato), a que juntaria a Supertaça já no arranque desta temporada.

Faltara conquistar a Coppa - a Taça - que Alex deixara "escapar" para o irmão. Este domingo, deixou de faltar, e, como principal candidato à (re)conquista do "scudetto", Tiago Sousa receberá uma pesada herança...

O Trissino só por uma vez vencera a Coppa Italia, no já (muito) distante ano de 1974. Agora, apostou tudo, reclamando para si a organização do fim-de-semana de Final Four. "Despachou" um debilitado Bassano por 6-0 nas meias-finais e encontrava-se com o Lodi, vice-campeão na partida decisiva.

O Lodi, sem figuras, vale pelo seu conjunto, pela estratégia de Pierluigi Brescianni. "Gigio", mais "rato" que o próprio "Topo", armou a equipa que tinha de armar, necessariamente defensiva. E não houve golos nos regulamentares 50 minutos. No prolongamento, Joan Galbas marcou ainda não estavam decorridos dois minutos. Mas, na segunda parte do tempo extra, pese toda a responsabilidade nos seus ombros, Filipe Fernandes não falhou quando foi chamado a uma grande penalidade e igualou, levando a decisão para a ingrata "lotaria".

Sem Pablo Najera nem Fran Ipinazar, afastados das grandes penalidades por terem visto azul, caberia ao jovem português de 24 anos que no último defeso chegou do Paço de Arcos - e que soma 13 golos na Serie A1 - a primeira tentativa no desempate. Não conseguiu bater Stefano Zampoli, que já fora também herói da conquista da Liga Europeia frente ao Valongo. Depois, Giulio Cocco e Andrea Malagoli marcaram para o Trissino e decidiram a contenda.

O Trissino conquistou assim a sua segunda Coppa, ainda aquém das quatro do Lodi. O Lodi soma tantos troféus na prova quanto o Breganze, tendo apenas menos do que Follonica (nove) e que o recordista Novara (20). Por outro lado, os "gialorossi" somaram a quinta final perdida. sendo que apenas Giovinazzo (seis) e Bassano (oito) tiveram mais dissabores. Mas o mais difícil é chegar às decisões...

Finda a festa da Coppa, regressa-se à Serie A1, para uma fase regular em que faltam três jogos da jornada 24 e as derradeiras duas jornadas. Recorde-se que na corrida ao título, os seis mais bem classificados se apuram directamente para os quartos-de-final e as restantes duas vagas são decididas entre o 7º e o 10º e entre o 8º e o 9º.

Quartos-de-final

Trissino 13-2 Vercelli • 11.Jan

Lodi 2-0 Forte • 11.Jan

Grosseto 6-5 Follonica (5-5, 1-0 prol.)• 11.Jan

Bassano 3-2 Sarzana • 11.Jan

Meias-finais

Lodi 3-0 Grosseto (0-0, 3-0 prol.) • 18.Mar

Trissino 6-0 Bassano • 18.Mar

Final

• Lodi 1-3 Trissino (0-0, 1-1 prol., 0-2 pen.) • 19.Mar

AMGRoller Compozito

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