Porto e Valongo na decisão da Liga dos Campeões

Porto e Valongo são os finalistas da Liga dos Campeões, depois de afastarem Barcelona e Oliveirense. Será uma final inédita, entre 4º e 6º do Campeonato Placard, detentores das Taça Intercontinental e Taça Continental. O vencedor será português.

Porto e Valongo na decisão da Liga dos Campeões

Já se sabia que a presente edição da mais importante prova europeia de clubes teria uma final inédita, faltando conhecer qual o duelo pelo título. Porto e Valongo vencer Barcelona e Oliveirense e discutem o troféu este domingo, a partir das 15h, no culminar da Final Eight da Liga dos Campeões que decorre em Viana do Castelo.

Em confronto estarão o 4º e 6º classificados da fase regular do Campeonato Placard, mas também os detentores das Taça Intercontinental e Taça Continental. Para o campeonato português, o Porto venceu os dois duelos com o Valongo, por 3-5 e 5-4, mas confortará os mais cépticos valonguenses (se é que algum adepto valonguense é céptico) que também o Sporting, afastado nos quartos-de-final, tinha ganho os dois confrontos.

Será a 16ª final do Porto, se incluirmos a ímpar decisão em liguilha de 2006. Os dragões venceram em 1986 e 1990 e um terceiro triunfo colocá-los-á a par de Sporting e Voltregà. Mas é um terceiro triunfo que tem tardado.

Depois de 1990, em 31 edições concluídas, os azuis-e-brancos chegaram 11 vezes à decisão (esta será a 12ª) sem lograrem vencer. Neste período, só o Barcelona chegou mais vezes à final, em 14 ocasiões, mas ganhou 12. Das 11 presenças em finais do Porto após o último título, Edo Bosch - dragão entre 1998 e 2016 - esteve em sete. O agora treinador do Valongo, conduz a sua equipa pela segunda vez consecutiva à final, mostrando que a presença na decisão em 2022, por mais que a prova fosse desvalorizada, não foi um acaso.

Certo desde já, é que este será o nono título português em 57 edições concluídas da competição, depois de três triunfos do Sporting (1977, 2019 e 2021), dois do Porto (1986 e 1990), um do Óquei de Barcelos (1991) e dois do Benfica (2013 e 2016).

Será também o terceiro título luso nas últimas quatro edições, sendo que na história da prova houve quatro finais entre portugueses, todas nos últimos 10 anos. O Porto esteve em três delas, perdendo em 2013 para o Benfica e em 2019 e 2021 para o Sporting. Para além destas, só houve uma outra final entre portugueses, em 2016, com o Benfica a vencer a Oliveirense.

Porto vence Barcelona

O Porto foi o primeiro a carimbar a presença na final, vencendo o Barcelona por 4-3.

Rafa e Pau Bargalló marcaram os golos na primeira parte, disparando o Porto no marcador na segunda. Gonçalo Alves, de livre directo, Xavi Barroso, num forte remate de meia distância, e Ezequiel Mena, rapidíssimo a surgir para a recarga a um outro livre directo, colocando o marcador num 4-1 favorável à equipa de Ricardo Ares a 10 minutos do apito final.

O Barcelona, recordista com 22 triunfos, reagiu. Hélder Nunes fez o 4-2 e, a sete minutos do final, Pau Bargalló bisou para uma desvantagem mínima que deixava tudo em aberto. Os blaugrana tentaram tudo, mas o Porto segurou com garras e dentes a presença em mais uma decisão.

Valongo passa Oliveirense no prolongamento

O Valongo precisou de horas extraordinárias para afastar a Oliveirense, vencendo por 4-6 após prolongamento num jogo sempre equilibrado no marcador.

No primeiro minuto, Tomás Pereira - inesperado melhor marcador oliveirense na competição - deu o mote, batendo de grande penalidade Xano Edo, seu companheiro na conquista do Europeu de Sub-17 em 2015. Facundo Bridge, actual campeão do Mundo, igualou antes de estarem cumpridos cinco minutos, pondo termo à única vantagem oliveirense na partida. Depois, como na véspera, a equipa de Paulo Pereira teve de mostrar resiliência.

Sem mais golos na primeira parte, Nuno Santos marcou no arranque da segunda. Bisou Tomás Pereira aos quatro minutos, para o 2-2. Diogo Abreu fez o 2-3 aos 10, mas, de pronto, Lucas Martínez, outro campeão mundial nesta meia-final, repôs a igualdade.

A equipa orientada por Edo Bosch voltou a colocar-se à frente do marcador já nos 10 minutos finais, com novo golo de Bridge, mas Xavi Cardoso fez o 4-4 com que se chegaria ao final dos regulamentares 50 minutos.

No prolongamento, Diogo Abreu despoletou a festa valonguense. O internacional português marcou de grande penalidade a dois minutos do fim da primeira parte e, com o Valongo a resistir às investidas da Oliveirense, faria o 4-6 a poucos segundos do fim, rematando certeiro (para um hat-trick) da sua meia pista quando a equipa adversária já atacava sem guarda-redes que pudesse evitar o golo.

Quartos-de-final

• QF1 • Benfica 2-4 Porto • 4.Mai

• QF2 • Barcelona 5-3 Óquei de Barcelos (2-2, 3-1 prol) • 4.Mai

• QF3 • Trissino 6-8 Oliveirense (4-4, 1-1 prol, 1-3 pen) • 5.Mai

• QF4 • Sporting 2-3 Valongo • 5.Mai

Meias-finais

• MF1 • Porto 4-3 Barcelona • 6.Mai

• MF2 • Oliveirense 4-6 Valongo (4-4, 0-2 prol) • 6.Mai

Final

• Porto vs. Valongo • 7.Mai, 15h

AMGRoller Compozito

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