Porto é campeão europeu: enfim, a terceira

Finalmente, 33 anos depois de ter conquistado a Europa pela segunda vez e depois de 11 finais perdidas, o Porto triunfa pela terceira vez. Uma vitória por 5-1 sobre o Valongo, novamente vice-campeão, despoletou a festa dos dragões.

7.Mai.2023 Champions

O Porto é campeão europeu 33 anos depois! Uma vitória por 5-1 sobre o Valongo vale um terceiro título europeu depois dos de 1986 e de 1990. Depois de 1990, quando apenas Reinaldo Garcia (com 7 anos) e Xavi Malián (que ainda não tinha completado o primeiro ano de vida) eram nascidos, o Porto perderia 11 finais.

O Porto passa a somar três títulos, tantos como Sporting e Voltregà. Barcelona (22), Reus (oito), Igualada e Liceo (seis), Benfica (dois), Follonica, Noia, Óquei de Barcelos, Trissino (um) são os outros vencedores da prova europeia que, em 57 edições, conta agora nove títulos portugueses contra 46 de equipas espanholas e dois de italianas.

O jogo da "terceira"

A história do Valongo está indelevelmente marcada pela conquista do Campeonato Nacional da I Divisão em 2013/14, então carimbada com uma vitória sobre o Porto na derradeira jornada. Então, Edo Bosch, agora treinador dos valonguenses, defendia a baliza dos dragões. Rafa e Telmo Pinto, agora no Porto, sagrar-se-iam campeões pelo Valongo.

O Porto entrou forte e, ironicamente, Rafa - um dos melhores dos dragões nesta Final Eight, na terra onde nasceu - inaugurou o marcador aos sete minutos. Reagiu o Valongo, com Miguel Moura a igualar aos 13.

Motivados, os valonguenses iam criando algumas ocasiões, com Xavi Malián em bom plano, mas os dragões seriam mais eficazes. Carlo Di Benedetto desequilibrou o marcador e, após azul a Facundo Navarro, Gonçalo Alves desfeitearia Xano Edo para o 3-1 com que se chegaria ao intervalo.

O Valongo tinha de assumir o jogo para tentar reduzir a desvantagem, mas sofreria novo revés com apenas quatro minutos decorridos na etapa complementar. Carlo Di Benedetto, paciente a esperar a definição de Xano Edo, colocou a bola para o 4-1.

Já frente ao Barcelona, a equipa de Ricardo Ares conquistara uma vantagem de 4-1, suando no final para segurar uma diferença tangencial. Mais pragmático, a jogar bem com o relógio, perante um Valongo a acusar alguma falta de frescura, o jogo parecia controlado.

A oito minutos do fim, o Valongo ganhou uma grande penalidade, mas Maliàn, já com dois títulos europeus pelo Liceo (2011 e 2012), parou o remate. Já nos cinco minutos finais, "caiu" a 10ª falta valonguense, mas Gonçalo Alves - que poderia definitivamente "matar" a discussão - não conseguiu bater Xano Edo, com um primeiro remate à barra e boa intervenção do guardião na recarga.

Estava também o Porto com nove faltas, mas com o jogo controlado. Com apenas minuto e meio para jogar e com uma equipa do Valongo já praticamente sem forças, e com o desânimo de duas finais perdidas, Xavi Barroso fazia o 5-1 que dava inicio aos festejos azuis-e-brancos em Viana do Castelo.