Reviravolta e fileiras bem cerradas para garantir o título

O Benfica conquistou este domingo o Campeonato Placard, ao vencer no João Rocha por 1-3. O Sporting marcou primeiro, mas, no culminar de uma época longa, faltaram pernas para contrariar a reviravolta.

Reviravolta e fileiras bem cerradas para garantir o título

O Benfica sagrou-se este domingo campeão nacional pela 24ª vez na sua história.

No Pavilhão João Rocha, o Sporting tinha de vencer para evitar a festa encarnada. A equipa de Alejandro Dominguez entrou forte e aos três minutos já festejava, mas o golo não foi validado por uma dupla de arbitragem constituída por Joaquim Pinto e Pedro Silva que teve pouca contestação ao longo do jogo.

Gonzalo Romero inaugurou o marcador aos cinco minutos.
Gonzalo Romero inaugurou o marcador aos cinco minutos.

O golo no assomo inicial leonino não tardou, com Gonzalo Romero a inaugurar o marcador aos cinco minutos. No entanto, ao contrário de um segundo jogo em que o Sporting disparou no marcador nos primeiros 25 minutos, Pedro Henriques fechou aí a porta, partindo para uma exibição determinante.

Veio o primeiro desconto de tempo para o Benfica, para contrariar o ascendente leonino, e o primeiro do Sporting, traído pouco depois pela igualdade. Carlos Nicolia meteu na área e ficou a dúvida se Gonçalo Pinto teria desviado, mas, pelo menos, atrapalhou a visibilidade a Ângelo Girão, com a bola a terminar no fundo das redes e o tento averbado ao luso-argentino.

O Sporting procurava reagir, perante um Benfica que fechava bem os caminhos para a sua baliza. Na precipitação dos leões para a frente, aproveitou Gonçalo Pinto. De novo com a sua segunda rotação, com Lamas, Nicolia e Pinto, nenhum deles titular, em pista, a equipa de Nuno Resende voltava a marcar. O internacional jovem português, campeão do Mundo e da Europa de Sub-20, isolou-se e desfeiteou Girão a três minutos do descanso.

Determinante no terceiro jogo, Nicolia não marcou agora de bola parada, mas fez o golo que anulou a vantagem leonina.
Determinante no terceiro jogo, Nicolia não marcou agora de bola parada, mas fez o golo que anulou a vantagem leonina.

Na etapa complementar, o Sporting tinha a missão de uma reviravolta que exigiria tudo dos seus jogadores.

Com nova entrada forte, agora perante um Benfica motivado pela vantagem no marcador, voltou a gritar-se golo... em vão, com uma falta assinalada antes do remate de "Nolito" Romero.

Aos sete minutos, uma das sequências fundamentais do jogo. O Benfica chegava à 10ª falta, mas Pedro Henriques, no papel do "muro" que a sua equipa precisava, ganhou o duelo a Romero. No contra-golpe, Lucas Ordoñez, num remate cruzado da direita, surpreendeu Girão e ampliava para 1-3. A tarefa do Sporting, que chegaria às nove faltas, complicava-se.

Gonçalo Pinto consumou a reviravolta ainda na primeira parte, e o Benfica não deixaria mais a liderança do marcador.
Gonçalo Pinto consumou a reviravolta ainda na primeira parte, e o Benfica não deixaria mais a liderança do marcador.

O guarda-redes e capitão leonino ainda manteve a equipa no jogo, negando o golo de bola parada a Carlos Nicolia - que no terceiro jogo tivera uma eficácia plena - de livre directo e de grande penalidade. Faltavam ainda mais de 13 minutos e havia uma segunda longa pausa para limpeza da pista, pelos jogadores verde-e-brancos inclusivamente, junto à baliza - e à claque - do Sporting.

Passando incólume nas bolas paradas, o Sporting voltou à carga, mas notoriamente em quebra física. Aos 15 minutos, beneficiou de um momento de desacerto de Edu Lamas, primeiro a abdicar de uma ataque promissor, depois a fazer mal um passe e, finalmente, a fazer falta para azul. De resto, o espanhol, que está de partida para o Porto, foi importante na estratégia encarnada, e Pedro Henriques garantiu que o momento menos bom se reflectisse no marcador, nem no livre directo, defendendo bem a recarga de Romero depois de um primeiro remate ao lado, nem no respectivo powerplay leonino.

Pedro Henriques foi um esteio na hora de cerrar fileiras por parte da equipa de Nuno Resende.
Pedro Henriques foi um esteio na hora de cerrar fileiras por parte da equipa de Nuno Resende.

Faltavam oito minutos e meio quando a igualdade numérica em pista foi reposta, mas também faltavam pernas aos leões, sem conseguirem pôr em prática o Hóquei em Patins de vertigem de Alejandro Dominguez. E faltaria por uns minutos a gazua Romero, atingido a seis minutos e meio do derradeiro apito da prova e a inspirar cuidados. Também na bancada da numerosa claque encarnada que acorreu ao João Rocha houve um momento de aflicção, com um aparente problema cardíaco. Mas os bombeiros e a namorada de Edu Lamas, médica, não foram na cantiga que ecoava do outro topo e terão, aparentemente, resolvido a questão.

Em pista, o Sporting tentou tudo. Quando pôde, no último minuto, atacou com cinco. Mas sem sucesso perante uma defensiva encarnada bem fechada. A festa, sete anos depois do último título, seis anos depois de um empate em Alverca talvez agora exorcizado, era mesmo encarnada, abrilhantada pelo 'fair play' do eterno rival depois de alguns dias de farpas de parte a parte.

Campeonato Placard 2022/23 - Final

Benfica 4-2 Sporting (2-2, 2-0 prol) • 8.Jun

Sporting 6-3 Benfica • 11.Jun

Benfica 4-2 Sporting • 14.Jun

• Sporting 1-3 Benfica • 18.Jun

AMGRoller Compozito

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Sem títulos, mas com muito orgulho na sua equipa. Alejandro Dominguez apontou à justiça do vencedor, mas vincou a vontade de continuar no Sporting para, caso o clube tenha paciência, voltar a estar nos momentos de decisão e tentar ganhar.