Stickada de saída no melhor Campeonato

Arranca este sábado mais uma edição do apelidado 'Melhor Campeonato do Mundo'. Benfica e Porto, igualados com 24 títulos, e Sporting são os principais favoritos, com Óquei de Barcelos e Oliveirense à espreita. Promovidos têm missão complicada.

30.Set.2023 PlacardHP

Arranca este sábado o "Melhor Campeonato do Mundo". Por mais pequeno que o "Mundo" do Hóquei em Patins seja.

Reclamando esse epíteto pelo investimento desproporcionado em relação aos outros campeonatos, o Campeonato Nacional da I Divisão, Campeonato Placard de há uns anos para cá, tem uma mão cheia de candidatos ao título, com os três grandes do futebol à cabeça.

Depois de 2014, quando o Valongo de Paulo Pereira surpreendeu, há três títulos do Benfica, três do Porto e dois do Sporting. Nas últimas três edições, após um campeonato de 2019/20 cancelado pela pandemia, o Sporting ganhou em 2021, o Porto em 2022 e o Benfica em 2023.

Com 82 edições do campeonato concluídas, Benfica e Porto estão empatados em números de títulos, com 24 cada, num claro domínio histórico de águias e dragões. O Porto, que só começou a ganhar em 1983, empatou a 20 títulos em 2011, a 21 em 2013, a 23 em 2019 e, em 2022, com o seu 24º título, passou mesmo para a frente dos encarnados. O Benfica não era a equipa (ou uma das equipas) com mais títulos desde 1966 (!), quando somou o 8º, igualando o Paço de Arcos.

Para além de Benfica (24 títulos), Porto (24) e Sporting (nove), vão a jogo outros dois campeões nacionais: Óquei de Barcelos, três vezes campeão, e Valongo, campeão em 2014.

Com a conquista do título na pretérita temporada, o Benfica voltou a ter esse estatuto - "ex aequo" com o Porto - de equipa com mais títulos e, como campeã e já com a Elite Cup e a Supertaça conquistadas esta época, parte como principal favorita, seguida de muito perto pela equipa azul-e-branca, com Hélder Nunes de volta.

Sporting, que soma nove títulos e é vice-campeão, partirá um passo atrás de águias e dragões. E, um pouco mais atrás nas "poules" de favoritismo, estarão Óquei de Barcelos, que até terminou à frente dos dragões na última fase regular, e Oliveirense, com meia equipa nova e apostando na fórmula (Edo Bosch, Jorge Vieira e João Paulo Almeida na equipa técnica) e pedras (Xano Edo, Diogo Abreu, Facundo Navarro e Nuno Santos) do Valongo. A equipa de Oliveira de Azeméis procurará, pela primeira vez num play-off que se disputa desde a pandemia, ser semifinalista.

No pólo oposto, Turquel, Juventude Pacense e Carvalhos - as equipas que lograram a promoção - serão os "menos candidatos" à manutenção.

Desde logo, porque a diferença competitiva entre a I Divisão e II Divisão assim o impõe, mas também porque o defeso não foi particularmente generoso. Que o diga o estreante Juventude Pacense, que, já com o defeso adiantado, perdeu Gonçalo Neto (Tomar) e o reforço Tomás Pereira (Liceo).

Isto apesar de na pretérita temporada, os três promovidos se terem mantido, sendo tal uma excepção à regra de sobe e desce neste século. Caberá às três equipas mostrar o seu valor e às demais confirmarem estatuto.

Arranque a dois tempos

O Campeonato Placard arranca com quatro jogos este sábado e três na quinta-feira, feriado de 5 de Outubro, em virtude da participação de Porto, Valongo e Braga na Taça Continental este fim-de-semana.

Este sábado, há a estreia da Juventude Pacense na categoria máxima, com a recepção ao Sporting a merecer honras de transmissão televisiva, agora ao abrigo de um protocolo entre a FPP e a DAZN Eleven para dois anos.

Também a Norte, a nova versão da Oliveirense tem um primeiro teste no Parque das Tílias, em Riba d'Ave, ao passo que o Óquei de Barcelos recebe um Murches com muitas mudanças e renovada ambição depois de uma época histórica: estreante na I Divisão, alcançou um lugar europeu. Na "Zona Centro", há dérbi entre Tomar e Turquel com Tato Ferruccio presente por benção papal.

No dia da Implantação da República, Benfica e Porto jogam no Minho, respectivamente em Braga e Famalicão, e o Valongo recebe o Carvalhos.

Planeamento

A primeira volta, que agora começa, prolonga-se até 6 de Janeiro. Novamente sem Taça 1947, que já não é mais do que um artigo ignorado no Regulamento Geral, os 16-avos-de-final da Taça medeiam as duas metades da fase regular do Campeonato. A segunda volta começa a 20 de Janeiro e terminará a 1 de Maio.

Decidem-se depois, em Final Four, a Taça de Portugal (4 e 5 de Maio) e Liga dos Campeões (11 e 12 de Maio), arrancando o play-off a 19 de Maio. Caso sejam necessários cinco jogos na final para encontrar novo campeão, joga-se até 30 de Junho.

Que comece o espectáculo.