Porto vence Taça Continental

O Porto conquistou a Taça Continental pela segunda vez na sua história e o 10º título internacional. Na Catalunha, o campeão europeu venceu na final o Voltregà, detentor da Taça WSE, por 5-3, apesar de, a dois minutos do fim, haver igualdade.

Porto vence Taça Continental
Foto de capa: World Skate Europe

O Porto conquistou a Taça Continental ao vencer o Voltregà por 5-3. 37 anos depois de ter vencido a Sanjoanense num duelo português, os dragões vingam uma derrota de 2002 no pavilhão Victorià Oliveras de la Riva que custou uma Taça CERS e somam o seu 10º título internacional. Houve susto, com uma igualdade a três já nos dois minutos finais, mas o Porto conseguiria ser esclarecido no pouco que faltava jogar.

O duelo entre vencedor da Liga dos Campeões e vencedor da Taça WSE era um duelo de habituais camisolas listadas de azul-e-branco, cabendo ao Porto manter o seu equipamento principal, jogando o Voltregà - perante o seu público - de preto e amarelo.

Amplamente favorito perante um Voltregà que terminou a última OK Liga em 9º, o Porto encontrou um adversário a tentar jogar pausado, enquanto os dragões tentavam impôr velocidade para os desequilíbrios.

A pista do Victorià Oliveras de la Riva, personalizada no círculo central, incumpriu a linha divisória contínua que, pese a mudança de regras e regulamentos, se mantém obrigatória. Uma infracção recorrente.

Aos três minutos e meio, Gonçalo Alves viu o azul, mas Gerard Teixidó, o jogador mais completo deste Voltregà, desperdiçou e a equipa de Lluis Teixidó também não aproveitou o powerplay. De facto, foram até os dragões mais perigosos e, quando Gonçalo voltou, inaugurou o marcador numa picadinha de belo efeito sobre Miquel Estrada.

No embalo do golo, o Porto ameaçava o segundo, mas, aos nove minutos, Hélder Nunes também veria azul. Desta feita, Jordi Burgaya, que, muito jovem, não se afirmou na Oliveirense em 2017/18, foi eficaz e desfeiteou Xavi Malián para o 1-1.

O Porto impunha a sua mais valia, com o Voltregà também a adoptar uma postura mais expectante, explorando contra-ataque. Brilhavam os guarda-redes, em particular Miquel Estrada, guardião de 23 anos que já protagonizara uma grande exibição na véspera frente ao Valongo.

Porto deixou escapar uma vantagem de dois golos, mas seria mais esclarecido nos momentos finais. Gonçalo Alves e o reforço Hélder Nunes bisaram. Rafa assinou o tento que desequilibrou definitivamente o jogo.

Mantendo-se a igualdade a um, os dragões continuaram a controlar o jogo no arranque da etapa complementar, com o Voltregà tacticamente acertado na sua missão defensiva e muito cauteloso, sem riscos, no ataque, como já se vira frente ao Valongo. Entre os postes, Miquel continuava uma Estrada barricada, em que nada passava, tardando o Porto em encontrar soluções para o desfeitear.

O desequilíbrio veio de onde se pode esperar sempre. Aos 12 minutos, Gonçalo Alves, que marcara o primeiro, entrou pela direita e colocou tenso na área, para Hélder Nunes - numa zona que habitualmente não é sua - desviar para o fundo das redes.

Tinha o Voltregà de assumir o jogo, mas, mesmo tentando os catalães colocar mais velocidade e mais gente no ataque, continuava a ser o Porto que mandava, a tentar dilatar a vantagem. E, a sete minutos do fim, quando teve oportunidade, de grande penalidade, o agora capitão Gonçalo Alves não perdoou, fazendo o 3-1.

Precipitava-se, necessariamente, o Voltregà no ataque, sempre empurrado pela sua fervorosa falange de apoio, os "Sac i Ganxo", independentemente do resultado.

O Porto conquistou o seu 10º título internacional. Venceu a Taça das Taças em 1982 e 1983, a Liga dos Campeões em 1986, 1990 e 2023, a Taça Continental em 1986 e agora, em 2023, a Taça WSE em 1994 e 1996 e a Taça Intercontinental em 2021.

Mesmo sem os mesmos argumentos do Porto, o Voltregà reduziria, a dois minutos e meio do fim, com Burgaya a desviar uma bola bombeada por Alex Rodriguez, jogador que claramente, sem desprimor para o Sant Hipòlit de Voltregà (de onde é natural), merecia outros palcos. E acreditava. Pouco depois, Gerard Teixidó igualava num remate cruzado.

Faltavam menos de dois minutos, mas a história do tempo regulamentar ainda não estava escrita. Com pouco mais de um minuto para jogar, Rafa aproveitou uma bola perdida na área contrária para bater Miquel Estrada e o Porto tinha novamente uma mão na Taça.

Lluis Teixeidó arriscou o ataque sem guarda-redes, mas a aposta saiu furada. Hélder Nunes fez o 5-3 que seria definitivo.

O Porto vence a Taça Continental pela segunda vez, agravando o que já era o maior hiato sem triunfos espanhóis na prova, para quatro edições sem triunfos depois do Barcelona ter ganho em 2018.

A iniciar a terceira temporada às ordens de Ricardo Ares, o Porto soma todos os troféus possíveis, juntando-se o triunfo na Taça Continental à conquista da Supertaça, Taça Continental, Taça de Portugal e Campeonato em 2021/22 e da Elite Cup e da Liga dos Campeões em 2022/23.

Meias-finais

Porto 6-1 Braga • 30.Set

Voltregà 4-0 Valongo • 30.Set

Final

Porto 5-3 Voltregà • 1.Out

AMGRoller Compozito

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