Benfica vence primeiro Clássico
O Benfica venceu o primeiro grande Clássico do Campeonato Placard, ao bater o Porto por 4-1. Num duelo entre campeão nacional e campeão europeu, as águias, com menos novidades, mostraram mais rotinas e foram convincentes.
É um Clássico que, logo à 3ª jornada, dirá pouco do que pode ser o Campeonato Placard. E, certamente, Benfica e Porto voltarão a defrontar-se em partidas mais decisivas. O play-off vai retirando algum sabor às partidas da fase regular, mas, na temporada passada, o triunfo na fase regular pelo Benfica - e respectivo "factor-casa" - seria decisivo. Agora, as águias adiantam-se, depois de uma vitória por 4-1.
O Porto, com Hélder Nunes, entrou com quatro portugueses como jogadores de pista, com Xavi Maliàn na baliza. Um quarteto de selecção portuguesa - com Gonçalo Alves, Rafa e Telmo Pinto para além de Hélder - frente a um Benfica mais internacional, com Pedro Henriques na baliza e Gonçalo Pinto na frente acompanhados de Nil Roca, Roberto Di Benedetto e Lucas Ordoñez.
Os dragões, campeões europeus, até entraram melhor, a procurarem assumir o jogo apesar de jogarem na casa do rival. Ironicamente, quando os encarnados perderam temporariamente uma das suas referências (Roberto Di Benedetto saiu para ir ao balneário), o substituto de ocasião - Pol Manrubia - faria um remate para defesa incompleta de Xavi Maliàn, aproveitando Lucas Ordoñez para inaugurar cedo, com três minutos decorridos o marcador.
Manrubia foi a única novidade em relação à equipa campeã nacional apresentada por Nuno Resende, que não chegou a usar Zé Miranda. Mas Manrubia já tinha trabalhado com este grupo e mesmo com Resende. Do lado do Porto, Hélder Nunes e Edu Lamas poderão vir a ser preponderantes, mas ainda não estão "no ponto", principalmente o internacional português.
O Porto procurava reagir, mas o Benfica controlava. Aos sete minutos, Nicolia seria a primeira alteração estratégica nos encarnados, ao passo que, três minutos depois, Lamas entrava do lado dos azuis-e-brancos.
Havia equilíbrio, mas, em busca do empate, o Porto tardava em encontrar soluções. Gonçalo Alves não encontrava espaço para a sua meia distância e Roc Pujadas trazia alguma imprevisibilidade, mas, no seu esforço individual, quando fugia a Manrubia (num duelo de promessas catalãs), não chegava a levar perigo junto a Pedro Henriques. Ricardo Ares até deu muitos minutos a Diogo Barata, à procura de algo diferente.
No entanto, contra a rebeldia da juventude, seria o saber da experiência a vingar. A três minutos do intervalo, Diogo Rafael foi lesto a sair da sua área, deixando dois adversários para trás, e transformou um lance de perigo para o seu guarda-redes num "três-para-dois" que Roberto Di Benedetto concluiria para o 2-0.
Na segunda parte, o Porto continuou atrás do resultado, mas com uma lacuna em termos de intensidade de jogo. O Benfica chegava às nove faltas e ia contestando algumas decisões, mas duas faltas consecutivas da equipa de Ricardo Ares fizeram com que fossem os dragões a chegar primeiro às 10 e Carlos Nicolia não enjeitou a oportunidade, rematando para o 3-0.
O Porto não baixou os braços, mas Gonçalo Alves perdeu o duelo com Pedro Henriques na 10ª falta das águias. No entanto, Nicolia não conseguiu repetir o sucesso de livre directo na 15ª falta dos dragões e, um minuto volvido, a 10 do final, Hélder Nunes reduzia num remate colocado de meia distância.
Sem argumentos para desequilibrar a defensiva do Benfica, o Porto acabaria por desequilibrar a sua própria defesa. Já nos derradeiros cinco minutos, a insistência de Roberto Di Benedetto foi pragmática, sem que os defensores azuis-e-brancos conseguissem afastar. À terceira, conseguiu mesmo colocar em Nil Roca no coração da área, para o remate certeiro do catalão a bater o compatriota Maliàn para o definitivo 4-1.
Com esta vitória, o Benfica passa a somar sete pontos, mais um do que o Porto. Na próxima sexta-feira, as águias têm novo Clássico, um dérbi de Lisboa com o Sporting. Os dragões recebem o Valongo no domingo.
Sábado, 14 de Outubro de 2023, 19h53