Portugal passa nos penáltis

Num jogo de pouco risco de parte a parte, houve nulo no fim do tempo regulamentar e no fim do prolongamento. Nas grandes penalidades, Gonçalo Alves - que, tocado, falhou grande parte do jogo - e Xano Edo foram os heróis portugueses.

Portugal passa nos penáltis

Nas grandes penalidades, Portugal ultrapassou a Itália e encontra-se com a Argentina na final. Será a reedição das finais da Taça das Nações de 2017 e Mundial de 2022, com vitória albiceleste, e da Taça das Nações e Mundial de 2019, com triunfo da selecção das quinas.

Para quem vinha da emoção do jogo entre Argentina e França, o jogo entre Portugal e Itália foi uma espécie de anticlímax.

Na primeira parte, praticamente só a equipa lusa atacou. Mas, perdendo cedo Gonçalo Alves, queixoso do ombro esquerdo, não houve quem rematasse com acerto.

Rafa tentou levar a selecção portuguesa, mas ou caía na teia defensiva montada por Alessandro Bertolucci, ou esbarrava na exibição segura de Bruno Sgaria. Ou no ferro da baliza deste.

Quando, com o aproximar do intervalo, a "squaddra azzurra" perdeu algum discernimento, João Souto esteve particularmente perdulário e o poste negou o golo a Xavi Cardoso.

A Itália entrava na segunda parte com nove faltas, mas claramente com uma predisposição mais ofensiva, tal como frente à Argentina no fecho da fase de grupos. Em claro ascendente transalpino, mesmo com a ausência de muitas figuras maiores, brilhava Xano Edo, com uma tremenda tranquilidade.

Aos 11 minutos, caiu a 10ª falta italiana. Hélder Nunes pode repetir de livre directo, mas Sgaria mal precisou de se mexer, com o português a acertar em cheio no seu peitilho. Alessandro Faccin respondia com um remate à barra, numa altura em que o jogo ganhava espaços.

Nessa anarquia, Rafa roubou a bola a Verona e Davide Gavioli fez falta para azul. João Souto ia marcar o livre directo, mas Gonçalo Alves entrou. No entanto, seria mesmo Souto a tentar a concretização, com Sgaria a levar a melhor, e Gonçalo ficou para o "powerplay".

O goleador da selecção portuguesa tinha notórias dificuldades para usar o braço esquerdo e não teve o impacto desequilibrador que Paulo Freitas certamente pretendia, e o jogo, com uma ou outra oportunidade de parte a parte, chegaria ao fim dos regulamentares 50 minutos sem golos.

No tempo extra, Rafa continuava a ser o mais inconformado, a tentar resolver o que algum evidente cansaço colectivo parecia impedir. A Itália levava uma bola ao ferro da baliza de Xano Edo na primeira parte e levaria outra na segunda.

Portugal entrava nos segundos cinco minutos com nove faltas, mas a aposta italiana era de meia distância, da zona frontal. Acabariam por nem conseguir iludir Xano, muito atento, nem ganhar a 10ª falta, num prolongamento que terminou com oportunidades de Gavioli e Hélder Nunes, mas sem golos.

Nas grandes penalidades, João Rodrigues marcou depois de ter sido ordenada repetição. Faccin e Hélder Nunes permitiram a defesa. Alessandro Verona igualou. Gonçalo Alves fez o 2-1, festejado com um impressionante esgar de dor. Pozzato e Rafa falhara, Davide Banini fez o 2-2. Xavi não conseguiu marcar, nem "Checco" Compagno, na derradeira grande penalidade da primeira série de cinco.

Depois, Gonçalo Alves voltou a marcar, doesse a quem (lhe) doesse. E Xano Edo defendeu o remate de Verona, despoletando a festa portuguesa.

Meias-finais

• LF1 • Angola 3-2 Suíça • 30.Mar

• LF2 • Espanha 7-1 Montreux • 30.Mar

• MF1 • Argentina 6-4 França • 30.Mar

• MF2 • Portugal 3-2 Itália (0-0, 0-0 prol., 3-2 pen.)• 30.Mar, 21h30

Finais

• 7º/8º • Suíça vs. Montreux • 31.Mar, 14h

• 5º/6º • Angola vs. Espanha • 31.Mar, 16h30

• 3º/4º • França vs. Itália • 31.Mar, 19h

• Final • Argentina vs. Portugal • 31.Mar, 21h30

Horários das partidas na hora local (menos uma hora em Portugal continental).

AMGRoller Compozito

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