França com pleno de prémios individuais
Na caminhada argentina para a vitória em Montreux, ninguém causou tantos problemas como a França. Os gauleses, afastados da final, ficaram com os quatro prémios individuais, ganhos por Chambel, Rouzé e Roberto Di Benedetto.
Em Montreux, na 69ª edição da Taça das Nações, a Argentina ficou com o troféu mais importante, ao vencer Portugal na final. A selecção das quinas viajou com o troféu “fair-play” na bagagem. Os quatro troféus individuais ficaram todos em mãos francesas.
Na votação das equipas, a França viu reconhecida uma boa prestação com prémios individuais para Pedro Chambel, Marc Rouzé e Roberto Di Benedetto, sendo que o jogador do Benfica reclamou também o troféu de melhor marcador.
Pedro Chambel foi escolhido pelas equipas ("todas", anunciou o "mestre de cerimónias") como o melhor guarda-redes. Em França e no Saint-Omer desde 2016, o filho do campeão mundial António Chambel integrou "les bleus" para o Campeonato do Mundo de 2022 e agarrou o lugar, tendo também estado no Europeu de 2023. Em Montreux, brilhou particularmente nas grandes penalidades frente a Itália.
Se para o melhor entre os postes, a concorrência de Chambel era feroz, a escolha de Marc Rouzé como melhor jogador jovem tem pouco de questionável. O atacante era o mais jovem – com apenas 19 anos - entre todas as selecções presentes em Montreux, mas tem um porte físico a rivalizar com o dos irmãos Di Benedetto e actuou completamente descomplexado frente aos melhores jogadores do Mundo. Filho de mãe catalã e pai francês, formou-se no GEiEG, de Girona, representou o Manlleu na OK Liga Plata em 2022/23 e, no último defeso, reforçou o Igualada para brilhar na OK Liga. Promete ser caso sério nos próximos anos.
Afirmação plena
Já certeza, é Roberto Di Benedetto. O jogador de 26 anos do Benfica, onde já é também preponderante, assumiu-se como o motor dos gauleses, a levar muitas vezes a equipa para a frente, e, depois de atribuídos os prémios de melhor guarda-redes e melhor jogador jovem, só um capricho organizativo de não atribuir todos os troféus à mesma selecção lhe retirariam o prémio de melhor jogador do evento.
Na impossibilidade de contributo do irmão Carlo, Roberto foi também preponderante pelos golos conseguidos. E, por isso, regressa de Montreux não com um, mas com dois troféus, juntando ao galardão de melhor jogador, o de melhor marcador. Teve contabilizados nove golos, mais dois que o seu colega nas águias, Lucas Ordoñez.
No rescaldo desta Taça das Nações, Roberto não disfarçou as "marcas" deixadas pelo polémico lance da meia-final. Avesso a ser chamado para receber troféus individuais, aponta colectivamente a um novo paradigma: se antes a França lutava por chegar às meias-finais (e em San Juan conquistou o seu primeiro bronze), agora assume a vontade de ganhar um grande título.
Quinta-feira, 4 de Abril de 2024, 19h08