Benfica avança para a final

Com a vitória mais dilatada frente à Oliveirense nestas meias-finais, o Benfica garantiu, na 'negra', o apuramento para a final. Dois golos madrugadores marcaram a partida que leva as águias ao duelo pelo título com o Porto.

Benfica avança para a final

O Benfica está na final do play-off pelo terceiro ano consecutivo, depois de vencer a Oliveirense por expressivos 6-1. A equipa de Nuno vai defrontar, a partir de domingo, o Porto pelo título nacional, com partidas previstas para 16, 19 e 23 e, se necessário, 26 e 30 de Junho. Pelo 1º lugar na fase regular, os dragões contarão com "factor casa", jogando as primeira, terceira e, se necessário, quinta partida no Dragão Arena.

Esta quinta-feira, Dia de Santo António, o Benfica carimbou o apuramento para a final na Luz. Sem Pedro Henriques, suspenso preventivamente em virtude de ter visto vermelho no final da última partida e sem notícias do Conselho de Disciplina, Bernardo Mendes foi titular, com "Kiko" Fernandes suplente. Mas a acção começou na outra baliza.

O Benfica entrou forte e com Carlos Nicolia determinante. Ainda não estava cumprido minuto e meio e Nicolia servia Pablo Álvarez para o 1-0. Mais minuto e meio cumprido e era Nicolia, a passe de Nil Roca, a finalizar, para uma dupla vantagem que marcaria o resto da partida.

Desde logo, após o segundo tento, Xavi Cardoso chocou com Nicolia e instalou-se o caos, com empurrões entre jogadores e com os árbitros também a darem uns "chega-para-lá" para tentarem sanar as discussões. Houve azul a Xavi e a Roberto Di Benedetto. Nicolia saiu depois de receber assistência para regressar um minuto depois. Sairia aos oito minutos, sob uma forte ovação, com muita gente de pé.

Pablito - tal como Nicolia e Zé Miranda - bisou no triunfo do Benfica.
Pablito - tal como Nicolia e Zé Miranda - bisou no triunfo do Benfica.

A Oliveirense, penalizada por duas falhas defensivas, recompunha-se na pista, num início de jogo pouco característico nesta meia-final. Aos 11 minutos, a equipa de Edo Bosch já contava sete faltas.

No perigo que a Oliveirense criava - pouco, para a desvantagem que tinha de anular -, Bernardo Mendes ia-se mostrando atento, transmitindo confiança aos seus colegas.

Nos instantes finais da primeira parte, o jogo voltava a aquecer. Com poucos segundos para jogar, Roberto Di Benedetto deixou Facundo Navarro para trás depois de o atingir na face e seria travado para grande penalidade. O banco da Oliveirense protestou em bloco o primeiro momento e Edo Bosch veria o azul. Com muita agitação nas bancadas, deixou o banco em direcção aos balneários, mas voltou para ver Xano defender o remate e a recarga de Nicolia.

No entanto, com o azul ao técnico, o Benfica entrou na segunda parte em superioridade numérica e foi exímio, "sufocando" os jogadores da Oliveirense, que não conseguiram afastar a bola. Com 100 segundos cumpridos na segunda metade, Zé Miranda capitalizava o "homem a mais" e fazia o 3-0.

Bernardo Mendes foi o guarda-redes do Benfica na
Bernardo Mendes foi o guarda-redes do Benfica na "negra". Cumpriu com distinção.

A Oliveirense acusaria o terceiro golo de sobremaneira. Uma desvantagem de dois golos já anulara, uma desvantagem de três, depois de uma longa temporada e uma longa meia-final, era uma montanha demasiado complicada de escalar.

Nicolia voltou a não conseguir bater Xano na 10ª falta da Oliveirense, aos sete minutos, mas, dois minutos volvidos, numa troca de habituais papeis, recebeu de Pablito a meia altura para fazer o 4-0. E, apenas meio minuto depois, o "killer de San Juan" isolava-se e, letal como ainda não fora nesta série, ampliou para 5-0.

A eliminatória estava arrumada. O Benfica abria o jogo, obrigava a Oliveirense a correr e a abrir espaços, a falhar marcações. À entrada dos 10 minutos finais, Zé Miranda, com uma picadinha de belo efeito, fazia o sexto das águias. Quase de pronto, Franco Platero reduziu na descompressão dos encarnados, mas não sobrava ânimo ou pernas para muito mais.

O resultado não sofreria alterações, até porque Xano defendeu mais um livre directo - de Zé Miranda, depois de azul a Diogo Abreu por falta dura sobre o mesmo Miranda - e o Benfica foi atabalhoado na superioridade numérica. Mas o trabalho estava feito, já era difícil pedir o mesmo foco.

Após quatro duras "batalhas" e um jogo que cedo começou a ficar definido, o Benfica vencia a "guerra". A luta pelo 25º título - de águias ou dragões - arranca domingo.

Meias-finais à melhor de cinco

• MF1/1 • Porto 4-2 Sporting • 30.Mai, 15h

• MF2/1 • Benfica 3-4 Oliveirense (2-2, 0-0 prol., 1-2 pen.) • 30.Mai

• MF1/2 • Sporting 6-3 Porto • 2.Jun

• MF2/2 • Oliveirense 5-6 Benfica (2-2, 1-1 prol. 2-3 pen.) • 2.Jun

• MF2/3 • Benfica 4-2 Oliveirense • 5.Jun

• MF1/3 • Porto 5-1 Sporting • 6.Jun

• MF1/4 • Sporting 4-2 Porto • 9.Jun

• MF2/4 • Oliveirense 2-1 Benfica • 9.Jun

• MF1/5 • Porto 7-5 Sporting (4-4, 1-1 prol., 2-0 pen.) • 12.Jun

• MF2/5 • Benfica 6-1 Oliveirense • 13.Jun

Final à melhor de cinco

• Porto vs. Benfica • 16.Jun, 15h

• Benfica vs. Porto • 19.Jun

• Porto vs. Benfica • 23.Jun, 15h

• Benfica vs. Porto • 26.Jun¹

• Porto vs. Benfica • 30.Jun¹, 15h

¹ se necessário

Datas e horários a confimar.

AMGRoller Compozito

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