O Feminino na nova época

O Campeonato Nacional Feminino será jogado a 18, número máximo de equipas desde 2010, havendo a registar dois 'abandonos' e três equipas novas. Primeira fase só terá duas zonas e a Taça não será decidida após o final do campeonato.

O Feminino na nova época

O Campeonato Nacional Feminino tem um quadro de 18 equipas para 2024/25. Será necessário recuar a 2009/10 para encontrar mais equipas, tendo então participado 20, quando se jogava uma primeira fase zonal com duas zonas, modelo que regressa agora, cinco anos depois.

Depois de várias épocas com uma primeira fase de duas zonas, em 2019/20, época que seria cancelada pela pandemia, a aposta era com uma fase com todas as (13) equipas, mas, também para alguma contenção de custos em termos de deslocações, voltou-se a uma primeira fase zonal. E com três zonas.

No regresso à divisão em apenas duas zonas - e no necessário equilíbrio em termos de número de equipas -, Académica e Arazede são "puxadas" para Sul. Excluindo a deslocação à "vizinha" Arazede, a cerca de 35 km, as coimbrãs, que viajariam entre 60 km (CENAP) e 150 km (Vila Boa do Bispo) se ficassem a Norte, andarão na estrada cerca de 110 km (Turquel) a 230 km (Seixal). Nas suas redes sociais, a Académica, fazendo jus ao epíteto de "estudantes" têm um estudo interessante e detalhado sobre o que o modelo agora adoptado implica em termos de quilómetros extra.

A Académica e Arazede, juntam-se na Zona Sul as equipas de Benfica, Criar-T, Física, Parede, Stuart, Tojal e Turquel. A Zona Norte contará com Académico da Feira, Carvalhos, CENAP, Escola Livre, Infante Sagres, Gulpilhares, Maia, Sanjoanense e Vila Boa do Bispo.

Destaque para as novas equipas de Criar-T, Maia e Parede, ao passo que Académico e Odivelas não formaram esta época equipa. Sublinhado particular para a presença do Académico da Feira pela oitava época consecutiva, quando, após se sagrar vice-campeão foi badalado o rumor do fim da equipa. Praticamente meia equipa, incluindo a mundialista Joana Teixeira, parte para a Sanjoanense, que recebe igualmente Catarina Costa, do Turquel. A equipa de São João da Madeira deverá ser o principal obstáculo ao dodecacampeonato do Benfica.

As águias perseguem o 12º título consecutivo em 13 temporadas (com uma temporada cancelada pelo meio) a que são comuns apenas Académica, Carvalhos e Sanjoanense, apesar de ter neste período se contar um total de 35 equipas participantes.

Calendário

A competição nacional feminina arranca, segundo o planeamento federativo, a 9 e 10 de Outubro, com a realização da Elite Cup em Odivelas. Uma inusitada marcação a meio da semana, comprometedora para, principalmente pela distância, adeptos e não só das equipas do Académico da Feira, Turquel e Sanjoanense, que se juntam ao Benfica na prova. Vai-se falando de uma possível alteração de datas, corrigindo a obtusa calendarização inicial.

Na semana seguinte, disputa-se a Supertaça, entre Benfica e o finalista vencido da Taça de Portugal, Tojal, e o Campeonato arranca volvida mais uma semana. A primeira fase, zonal, joga-se, com duas zonas de nove equipas, em 18 jornadas, de 27 de Outubro a 22 de Fevereiro.

Zona Norte - 1ª jornada

• Acad. Feira vs. Maia • 26.Out, 18h

• Infante Sagres vs. Vila Boa do Bispo • 27.Out

• Carvalhos vs. CENAP • 27.Out, 16h

• Sanjoanense vs. Escola Livre • 26.Out, 15h15

Folga: Gulpilhares

Zona Sul - 1ª jornada

• Parede vs. Arazede • 27.Out, 14h30

• Académica vs. Stuart • 27.Out, 17h30

• Tojal vs. Benfica • 26.Out, 18h

• Criar-T vs. Física • 27.Out

Folga: Turquel

A 9 de Março arranca a segunda fase. Os quatro mais bem classificados de cada zona da primeira fase reúnem-se para mais um campeonato a duas voltas, agora entre oito equipas. As 14 jornadas acabam a 1 de Junho, apurando-se os quatro mais bem classificados para as meias-finais do play-off, que serão jogadas, à melhor de três, a 8, 10 e, se necessário, 15 de Junho. A final, também à melhor de três, está agendada para 22, 28 e, se necessário, 29 de Junho.

Paralelamente, as equipas classificadas do 5º ao 9º lugar nas duas zonas, disputam a Taça Nacional, num campeonato a duas voltas de 9 de Março a 22 de Junho.

A Taça de Portugal terá uma pré-eliminatória - com dois jogos, caso não surjam equipas não-inscritas - a 11 de Janeiro. Seguem-se os oitavos-de-final a 15 de Fevereiro, quartos-de-final a 16 de Março e Final Four a 17 e 18 de Maio, saudando-se a decisão de - enfim, como se fez no masculino assim que foi introduzido o play-off - se trazer a festa da "prova rainha" para um momento em que todas as equipas ainda estão em competição.

Três equipas na Europa

Esta época, há duas competições europeias e três participantes portuguesas.

O Benfica, como tem sido regra, disputa a Champions League em busca de repetir a conquista europeia de 2015, para valorizar também a hegemonia nacional. As águias integram o Grupo A com Telecable Gijón (Espanha), Nantes (França) e a vencedora da pré-eliminatória entre ECU (Inglaterra) e Uttigen (Suíça). Passando em 1º ou 2º, a presença na Final Four da equipa lusa, a par das asturianas, é praticamente certa.

Na estreante WSE Cup, participam Escola Livre e Gulpilhares. A equipa de Oliveira de Azeméis defrontará nos quartos-de-final, com as duas mãos em Fevereiro, o vencido da pré-eliminatória entre Manlleu (Espanha) e Roller Matera (Itália). O Gulpilhares foi mais feliz no sorteio, tendo pela frente as alemães do Cronenberg.

Sub-15 de segundo ano

Ao contrário do inicialmente adiantado pela Federação de Patinagem de Portugal, que limitava a utilização nos seniores femininos de jogadoras a partir dos Sub-17, manter-se-á - mas apenas para esta temporada - a permissão de utilização de atletas Sub-15 de segundo ano, ou seja, que cumpram 14 anos até 31 de Dezembro.

Pese o retrocesso nesta norma - que, anunciada tardiamente, podia fazer perigar alguns planteis - é mantida a outra novidade relevante, em que é permitida a utilização de jogadoras de outros clubes, desde que estes outros clubes não tenham equipa de seniores femininos.

AMGRoller Compozito

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