Jogar direito por tabelas tortas

O Hóquei em Patins tem uma logística associada complicada e é muitas vezes complicado para atletas e clubes encontrar pavilhões com as condições necessárias. No compromisso entre condições e capacidade, a estrutura do Pala Igor vai cedendo.

Jogar direito por tabelas tortas

Ficará para sempre no anedotário do Hóquei em Patins, os Campeonatos do Mundo realizados em Nanjing, na China, em 2017. Naquela que foi a primeira edição dos então World Roller Games (hoje, World Skate Games), foram improvisadas balizas, improvisadas tabelas e até improvisado público, que aproveitava as partidas para fazer uma soneca nas bancadas.

Sete anos depois, o World Skate Games estão em Novara, numa daquelas (poucas) regiões em que o Hóquei em Patins pulsa e foram conseguidos quatro pavilhões para dar resposta aos inúmeros jogos - 192 em duas semanas - que sete competições diferentes compreendem. No entanto, nem tudo é perfeito para a modalidade.

Como palco principal, foi eleito o Pala Igor. 3600 pessoas estiveram no jogo entre Itália e Espanha, a lotar a capacidade da imponente infraestrutura. Mas, em torno do parquet, tratado para este evento, a estrutura cede.

Sem pontos de fixação ao piso ao longo dos seus 40 metros de comprido, as tabelas vão cedendo com os choques, ao ganhar de impulso de alguns jogadores. Realinhadas no início dos dias de competição, cedem uns centímetros de cada vez, e vai-se "ganhando terreno" ao longo das partidas, para uma estética ovalada que rivaliza, mas ainda perde em ridículo, para as curvilíneas tabelas chinesas.

Para já, ainda nenhuma partida foi comprometida, dado que a estrutura "torce, mas não quebra". Esperando que tudo corra pelo melhor até ao derradeiro apito do Campeonato do Mundo no domingo, caberá recordar que os infortúnios e imprevistos têm um timing "engraçado" - ou não seriam imprevistos - para acontecer. Como aquela rede que cedeu apenas na final do Mundial de Sub-19...

AMGRoller Compozito

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