Óquei de Barcelos vence Supertaça
20 anos depois, o Óquei de Barcelos vence a Supertaça António Livramento, depois de derrotar o Porto por 2-3. É a quinta conquista dos barcelenses na prova, a quarta frente aos dragões.
O Óquei de Barcelos é o vencedor da Supertaça António Livramento, 20 anos depois de o ter conseguido pela última vez. Os barcelenses venceram em 1994, frente ao Benfica, e em 1999, 2003, 2004 e, agora, em 2024, num triunfo por 2-3, sempre frente ao Porto. Frente aos dragões, este foi o quinto duelo pela Supertaça e o Óquei só não levou a melhor em 1996... porque não apareceu para jogar.
O Porto, dominador da prova, somou a 30ª presença em 40 edições, somando já 23 conquistas, liderando uma lista de vencedores que conta apenas mais com Benfica (nove conquistas), Sporting (duas) e Valongo (uma).
Este sábado, Porto e Óquei de Barcelos reencontraram-se em Odivelas, uma semana depois de se terem defrontado para os quartos-de-final da Elite Cup, então com vitória expressiva dos dragões por 6-1.
Com mais gente, mas muito longe do que se preconiza e deseja para a disputa de um troféu, o filme do jogo parecia repetir-se, com um tento inaugural dos barcelenses e a reviravolta azul-e-branca (laranja nesta partida).
Com o reforço de última hora Pol Manrubia a entrar directo na convocatória - e a jogar muitos mais minutos do que aqueles a que estava habituado - ouviu-se o "we are the champions" ainda antes do apito inicial, e as equipas lutaram por voltar a ouvi-lo já de troféu nas mãos.
Num início dividido, Danilo Rampulla marcou aos seis minutos, num remate de cruzado da esquerda. Mas, desta feita, o Porto nem teve de porfiar muito para igualar, com Carlo Di Benedetto a marcar pouco mais de um minuto volvido. Rui Neto pedia concentração, mas Rafa, de meia distância consumou a reviravolta.
Teria o Porto algum ascendente até ao intervalo, mas os barcelenses não deixaram que fugisse no marcador, e, perto do final da primeira parte, até conseguiram boas oportunidades para igualar, com remates de Pedro Silva à barra e com Rampulla a surgir isolado sobre o apito para o descanso.
Na segunda parte, o Óquei de Barcelos entrou determinado. Nos dragões, talvez tivesse vingado uma ideia, como na Elite Cup, que mais cedo ou mais tarde, mais golos surgiriam. Mas não surgiram.
Aos seis minutos e meio, numa falta descaída sobre a direita do ataque barcelense. Miguel Rocha teve uma ideia. "E se...?" O capitão Luis Querido anuiu, Miguel Vieira confirmou duas vezes se era mesmo aquilo. Ricardo Ares pedia atenção ao remate. Vieirinha deu o toque e Rocha rematou de pronto, entre os dois homens da barreira. Estava feita a igualdade.
O Barcelos descansou? Poderia esperar-se que sim, mas não. Manteve a pressão, manteve a intensidade. Mesmo com, no passar dos minutos, o Porto a ter mais bola, nunca conseguiria ter um ascendente claro, nem engenho para desfeitear Conti Acevedo.
Nos minutos finais, no tentar evitar horas extraordinárias, o jogo partiu, já sem grandes amarras tácticas. Ricardo Ares pediu um desconto de tempo que, com o jogo sempre a andar, numa arbitragem praticamente imaculada de Fernando Vasconcelos e Joaquim Pinto, tardou a ser dado. E só "caiu" depois do golo barcelense.
A dois minutos e meio do final dos regulamentares 50, o Porto falhou defensivamente no vai-vém de lances. Ficaram Edu Lamas e Carlo Di Benedetto para três adversários e Miguel Rocha rodou para entregar a bola a Pedro Silva, solto no lado contrário, para o 2-3. O Óquei de Barcelos estava na frente e defenderia com tudo nos derradeiros ataques dos dragões, sendo também feliz com as intervenções de Conti, com algum desacerto ofensivo contrário e com a sina de Carlo com os postes nos piores momentos...
A Supertaça já não escapava ao Óquei de Barcelos, com a sua massa adepta - mesmo parca em números para o que é habitual no Municipal ou em decisões - a fazer a festa. As celebrações continuarão certamente em Barcelos, mas quarta-feira arranca o Campeonato.
Depois da vitória portista para a Elite Cup e deste mais valioso triunfo barcelense para a Supertaça, as duas equipas voltam a encontrar-se no dia 23, a partir das 22h (porque antes há Champions do futebol), no Pavilhão Municipal de Barcelos. O Clássico fechará a ronda inaugural do Campeonato Placard.
Sábado, 19 de Outubro de 2024, 19h24