Barcelos 'caça-dragões'

No Grupo A da Champions League, o Óquei de Barcelos, com um hat-trick de Miguel Rocha, venceu o Porto pela terceira vez esta temporada, 'matando um borrego' com 21 anos na casa dos dragões. Na Catalunha, o Noia venceu o Reus.

21.Nov.2024 Champions

Após as vitórias de Barcelona e Benfica, realizaram-se esta quinta-feira as restantes quatro partidas da fase de grupos da Champions League. No Grupo A, dos blaugrana, o Noia venceu na recepção ao Reus por 3-1 e o Óquei de Barcelos surpreendeu no Dragão Arena, vencendo o Porto por 1-4.

No quarto duelo da temporada, apesar desta ter arrancado há menos de dois meses, o Óquei de Barcelos venceu pela terceira vez, depois de ter triunfado na Supertaça, em Odivelas, e no arranque do Campeonato Placard, em Barcelos. Agora, mesmo vindo de duas derrotas para o campeonato, venceu na casa dos dragões, algo que não conseguia desde 2003, há 21 anos. E o Porto não perdia em casa para a mais importante prova europeia desde 2018, logo numa final, perdida para o Barcelona.

Logo aos cinco minutos, Hélder Nunes "arrancou" azul a Miguel Rocha, mas não foi eficaz de livre directo. Nem os dragões foram eficazes na superioridade numérica. De facto, só foram eficazes num momento. Ou em dois, mas um não contou.

O Porto tinha mais bola, mas não era suficientemente acutilante para desequilibrar um Óquei de Barcelos que se organizava bem. E, a três minutos do intervalo, Rampulla saiu rápido e serviu Pol Manrubia para um remate de primeira que inaugurava o marcador. Logo de seguida, Rampulla voltou a ser protagonista, ao sofrer falta de Edu Lamas para azul, e, à segunda e na recarga, Miguel Rocha ampliava para 0-2.

Se a primeira parte acabou mal para os dragões, a segunda começou ainda pior. Ou, pelo menos, igual. Logo no primeiro minuto, arrancou Manrubia e "soltou" para Miguel Rocha assinar o terceiro dos "galos".

O Porto deu tudo por reagir. Chegou ao golo, mas não foi validado, com um remate de Gonçalo Alves a ressaltar no ferro interior para fora da baliza. Nos protestos, a equipa de Ricardo Ares reduziu, na insistência do mesmo Gonçalo Alves.

No entanto, na reacção, perdia mais do que no resultado. Perdia também Carlo Di Benedetto, a sair em ombros, queixoso da perna esquerda. Seria só por uns minutos, não passando de um susto, como também provocaram Rocha e Querido, a precisarem de assistência, mas o Porto perdia tempo para a "remontada".

A oito minutos do fim, talvez num rebate de consciência pelo golo não assinalado do árbitro Ruben Fernandez (já o golo azul-e-branco fora contestado), o Porto ganhava uma grande penalidade. Mas Conti voltou a ganhar o duelo a Gonçalo Alves.

O Porto perdia esclarecimento e, à entrada dos cinco minutos finais, Miguel Rocha disparou um autêntico míssil para selar um hat-trick e fechar as contas da partida em 1-4.

Na Catalunha, o Noia já vencia por 3-0 aos 15 minutos, com Xavi Costa a bisar e um golo de Jordi Bargalló pelo meio. Dois jovens de 38 e quase 45 anos a fazerem "estragos".

Na segunda parte, Joan Salvat reduziu aos seis minutos, mas seria o único golo da etapa complementar. Insuficiente para o Reus. E de regozijo para a equipa de Sant Sadurni.

A 2ª jornada disputa-se a 28 de Novembro, já próxima quinta-feira. Destaque para outro duelo catalão, agora entre Reus e Barcelona, as duas equipas mais tituladas na competição, ainda que separadas por muitos troféus: os "blaugrana" têm 22 e os "roiginégre" apenas oito.