Giovinazzo cai nos quartos-de-final, numa caminhada para recordar
O Giovinazzo de Francisco Veludo e Xavi Cardoso 'caiu', este sábado, nos 'quartos' do playoff da Serie A1. Da luta pela permanência a um lugar nas provas europeias, foi uma época acima das expectativas da equipa mais 'deslocada' da prova.

O Giovinazzo despediu-se este sábado da Serie A1 com uma derrota caseira por 1-7 frente ao fortíssimo Trissino, vencedor da fase regular. A segunda derrota da equipa de Puglia, nuns quartos-de-final à melhor de três, coloca ponto final numa temporada que ficou acima de quaisquer expectativas.
No regresso ao principal campeonato italiano em 2023, o Giovinazzo ficara em penúltimo na fase regular, apenas á frente de um Vercelli que desistira à 12ª jornada. Mas a equipa do mítico Pino Marzella safar-se-ia "in extremis" no "minicampeonato" pela manutenção.
Para a nova temporada, o objectivo era claro: a manutenção. A campanha, às ordens de Pino, começou com um empate. E só conseguiria outro empate nos primeiros sete jogos. Pino saiu e o veterano Giambattista Massari assumiu, em conjunto com Angelo DePalma. Primeiro jogo, um empate, e, à 9ª jornada, a primeira vitória. Depois, logo de seguida, a segunda e a terceira, e mais um empate.
O Trissino travou uma série de cinco jogos com 11 pontos conquistados que catapultou o Giovinazzo para outras lutas, ficando à beira dos lugares da Coppa Italia.
Na rectaguarda, Francisco Veludo brilhava, não tendo tardado a conquistar os efusivos adeptos do "calcanhar da bota". Faltava algo, que o Giovinazzo conseguiria com a chegada de Xavi Cardoso. A equipa consolidou-se e fez um resto de fase regular tranquilo, apontando ao playoff. Um sonho para além do sonhado.
Terminando a fase regular em 9º, o Giovinazzo teve oportunidade de disputar com o Monza (8º) um dos derradeiros lugares no playoff. E, com uma vitória por 4-2 e não obstante a derrota por 4-3 em Monza, seguiu em frente.
O primeiro jogo dos quartos-de-final, frente ao incontestado vencedor da fase regular, foi apenas dois dias depois do embate em Monza. O Giovinazzo até esteve a vencer em Trissino por 1-3 e, já na segunda parte, por 2-4, mas faltaram as forças. Alvarinho, com um póquer, "patrocinou" o triunfo "blueceleste" por 8-5.
Os verdes de Puglia têm os adversários mais próximos, Grosseto e Follonica, a mais de 600 km, e todas as deslocações são um desafio à resistência. De Giovinazzo a Monza, Monza a Trissino, e regresso a Giovinazzo foram quase 2000 km. E, na pesada derrota que pôs fim à temporada, este sábado, não houve críticas dos adeptos. Apenas orgulho e agradecimento no reconhecimento de uma bela caminhada em 2024/25.
Para a História, fica um lugar europeu conquistado, os 25 golos do argentino Lucas Tabarelli, de 22 anos, e os 22 golos de Paolo Colamaria, que completou 19 anos em Fevereiro, mas também os 17 do veterano Samu Amato (41 anos). E os 13 do também argentino Renato Clavel, de 20 anos, que respondeu à possibilidade de saída após a chegada de Xavi Cardoso com tento importantes.
Sem números que sustentem, mas certamente na memória dos adeptos, ficam também as inúmeras defesas de Francisco Veludo e o dinamismo que Xavi Cardoso, que sairá para o Bassano, trouxe à equipa.
Domingo, 4 de Maio de 2025, 15h10