O 'prego' terá de esperar
A Sanjoanense não conta com Vítor Hugo para a próxima época, mas o 'prego' onde os patins serão pendurados terá de continuar a ganhar pó. O multititulado jogador que, entre outros, representou os 'três grandes' vai analisando propostas.

No final desta temporada, há toda uma panóplia de jogadores, com mais ou menos quilómetros sobre os patins, a pendurá-los. Por exemplo, da Sanjoanense, retiram-se Zé Almeida, de 30 anos, e o guarda-redes Guilherme Pedruco, de 29. Mas não Vítor Hugo.
Do alto dos seus 40 anos, o atacante internacional português faz da experiência um posto. Este ano, teve uma lesão que o afastou de várias partidas, mas recuperou, e a notificação sobre o final da fase regular de que a Sanjoanense não contava com ele para a próxima temporada acabou por surpreendê-lo.
Vítor Hugo fecha o capítulo - de apenas uma época - na Sanjoanense, mas não fecha o livro sobre a sua carreira, e está a analisar as propostas que vão chegando para a próxima temporada.
Formado no Gulpilhares, campeão do Mundo de Sub-20 em 2003, deu três anos depois o salto para um Benfica que tentava, com uma equipa jovem, contrariar o domínio do Porto. Esteve três épocas nas águias, saindo na chegada de Luís Sénica ao comando técnico.
Rumou a Espinho, à Académica, onde, de 2009 a 2011, esteve com Ângelo Girão e João Pinto às ordens de Paulo Freitas. Reencontrá-los-ia, anos mais tarde, no Sporting.
Antes, representou a Oliveirense em 2011/12, ganhando a Taça de Portugal numa final com o Benfica, e deu o salto para outro grande, o Porto. Esteve de dragão ao peito cinco temporadas, tendo conquistado duas vezes o campeonato nacional e três vezes a Taça.
Em fim de contrato em 2017, Paulo Freitas chamou-o então para o Sporting., onde estaria duas épocas. Campeão nacional na primeira e campeão europeu na segunda, pondo fim a dois longos jejuns dos leões, regressaria depois à Oliveirense.
Esteve outras duas épocas em Oliveira de Azeméis, até que, em 2021, se mudou para Braga. Apontou 16 golos na primeira fase regular pelos bracarenses e, como melhor marcador da equipa, 20 e 18 nas seguintes, no vincar de uma carreira goleadora.
Nesta época, que para a Sanjoanense terminou no João Rocha na "negra" dos quartos-de-final, Vítor Hugo foi traído pela lesão, mas, no seu estilo de jogador de área como há poucos - inteligente, oportuno, resiliente em busca do golo -, procura a melhor oportunidade para continuar a marcar.
O "prego" terá de esperar.
Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 11h57