A união fez a força
Portugal conquistou no Luso o 13º título europeu de sub-17 em 34 edições da prova, somando sete vitórias e um empate em oito partidas, com 49 golos marcados - melhor ataque - e apenas 10 sofridos. Uma vitória conseguida pela união do grupo, como unânimemente foi destacado por todos.
Após o cair do pano sobre a conquista lusa, Nuno Ferrão, em estreia como treinador principal, garantiu ao microfone do HóqueiPT que Portugal tem futuro, numa intervenção finalizada à segunda tentativa. Porque à primeira “o campeão voltou”. E trouxe água.
Naturalmente satisfeito, estava também também Luís Sénica. O Director Técnico Nacional, desde o regresso à Federação de Patinagem de Portugal há dois anos, já testemunhou a conquista de dois Europeus de Sub-17, um Mundial de Sub-20, um Europeu de Sub-20 e uma Taça Latina.
Entre os jogadores, o primeiro a tocar no troféu foi o capitão Tomás Pereira, que o levantou bem alto. O capitão português, sempre seguro no seu discurso, confessou que o seu pai, espectador atento, lhe foi chamando a atenção para alguns pormenores. O pai é Paulo Pereira, treinador do Valongo, e não cabia em si de orgulho. O HóqueiPT esteve à conversa com ambos.
As relações familiares dos jogadores da selecção não se esgotam na do capitão com o treinador campeão nacional em 2014. Por exemplo, o benjamim da equipa, Alejandro Edo, é filho de Edo Bosch, internacional espanhol radicado em Portugal há 17 anos, e – ainda toldado pela emoção – confessou que o pai até estava mais nervoso que ele próprio.
Na defesa do último reduto português esteve também Rui Mendes. Bernardo, de segundo nome e como é conhecido, destacou a união do grupo e o espírito de família que os levou à vitória final.
“Apanhados” na festa foram também António Trabulo, Joaquim Grilo e Frederico Neves. O atacante do HC Braga esteve em destaque em particular nas primeiras partidas e, segundo o próprio, agarrou a “oportunidade” que teve de defender as cores portuguesas. Grilo (Valongo) e Freddy (Sporting) rumaram para o mesmo lado de quinas ao peito e nesta temporada que agora começa vão continuar a jogar juntos, a nível de clubes, no Benfica. Ao microfone do HóqueiPT, contaram o significado desta vitória por Portugal.
Para a posteridade fica o título, os festejos e a celebração, de um título construído ao longo de oito partidas e só garantido no último segundo quando o derradeiro remate da prova, pela Espanha, saiu ao poste. Ficam dois momentos da festa…
Terça-feira, 15 de Setembro de 2015, 8h46