Porto na frente: à quarta foi de vez
No primeiro jogo da final do Campeonato Placard, o Óquei de Barcelos conseguiu anular três desvantagens no Dragão Arena, mas a quarta foi definitiva. O Porto, que defende o título de campeão nacional, está na frente.

O vigente campeão nacional Porto está na frente da final do Campeonato Placard, depois de ter vencido no primeiro jogo o Óquei de Barcelos por 4-3.
Com uma casa que se foi compondo até que foi decisiva no empurrar da equipa para a vitória, os dragões chegaram à vantagem aos cinco minutos, num golo paradigmático do que procuraram fazer durante todo o jogo. Numa segunda bola, não houve precipitação no remate e privilegiou-se a busca do homem melhor colocado, até que chegou a Carlo Di Benedetto para bater Conti.
Raramente o Porto deu bolas para o guarda-redes argentino do Óquei de Barcelos "aquecer", procurando quase sempre uma melhor opção para a finalização. E funcionou, resistindo à "teimosia" barcelense.
Na sua inabalável confiança, a equipa de Rui Neto reagiu três vezes à desvantagem. À primeira, em apenas dois minutos, quando conseguiu apanhar o Porto desequilibrado numa transição e Rampulla serviu Manrubia para, mesmo sem acertar da melhor forma na bola, fazer o 1-1.
A igualdade silenciou os adeptos do Porto e, na primeira rotação de jogadores, os barcelenses estavam melhor, surgindo o segundo tento da equipa de Ricardo Ares, um pouco contra a corrente do jogo. A oito minutos do intervalo, Ares já tinha desconto de tempo pedido e Vieirinha acabara de sair para reentrar Pol Manrubia, ficando o Óquei de Barcelos com todo um cinco que pode estar de saída: Pedro Silva, Chambella, Rampulla, Manrubia e, se houver pagamento da cláusula, Conti. Aproveitando a reorganização defensiva, Telmo Pinto fez o 2-1 depois de combinar bem com Rafa.
Era Ares que tinha o desconto de tempo pedido, mas deu mais jeito a Rui Neto, furioso com o tento sofrido, numa fúria de quem já ganhou muito esta época, mas ainda quer ganhar mais. O Óquei de Barcelos voltaria a pegar no jogo e, a quatro minutos do descanso, logo depois de um desconto de tempo de Rui Neto, Rampulla rematou da zona frontal para nova igualdade.
No arranque da segunda parte, o Óquei de Barcelos teve soberana oportunidade para passar para a frente, depois de Ezequiel Mena ver azul - o único azul da partida - por falta sobre Poka. No entanto, nem Miguel Rocha, no livre directo, nem a equipa no powerplay lograria marcar. Pelo contrário.
A poucos segundos do fim do powerplay, Telmo Pinto saiu em contra-ataque e, com frieza, bateu Conti para o 3-2. A eficácia de Telmo voltava a contrariar o melhor momento do adversário.
Os barcelenses tinham de ir novamente atrás do resultado e, na máxima de não há duas sem três, voltariam a conseguir anular a desvantagem, mesmo já tendo chegado às nove faltas. Miguel Rocha trabalhou bem na área e desfeiteou Malián aos 11 minutos e meio.
Com igualdade e o o Óquei de Barcelos à beira da 10ª falta, o jogo ficou mais aberto. Três minutos volvidos sobre a igualdade, Poka caiu no bloqueio de Mena e foi a "nesga" que os dragões precisavam. Gonçalo Alves serviu bem o argentino e este deu para a conclusão de Rafa ao segundo poste.onclusão de Rafa ao segundo poste.
À quarta vantagem foi de vez.
O Óquei de Barcelos procurou nova igualdade, mas o Porto fechou bem, resistindo às investidas contrárias e muitas vezes pedindo a 10ª falta. A seis minutos do final, houve a primeira paragem para o Sistema de Revisão Vídeo que deverá marcar presença nos jogos desta decisão à melhor de cinco, mas Manuel Oliveira e Fernando Vasconcelos, que protagonizaram uma exibição segura e tranquila, mantiveram o que (não) tinham assinalado.
Já nos cinco minutos finais, caiu a tal falta que valia livre directo, com Vieirinha a agarrar Rafa que se escapava. Gonçalo Alves não conseguiu desfeitear Conti e os barcelenses continuaram em busca de um golo que poderia valer, pelo menos, o prolongamento. Ainda tentaram o "cinco-para-quatro" (e ia saindo pela culatra...), mas o resultado já não se alteraria.
Quarta-feira há jogo 2 em Barcelos.
Ficha
O Porto, orientado por Ricardo Ares, alinhou com Xavi Maliàn, Edu Lamas, Rafa (1), Gonçalo Alves e Carlo Di Benedetto (1). Jogaram ainda Hélder Nunes, Ezequiel Mena, Telmo Pinto (2).
O Óquei de Barcelos, orientado por Rui Neto, alinhou com Conti Acevedo, Luis Querido, Pol Manrubia (1), Danilo Rampulla (1) e Miguel Rocha (1). Jogaram ainda Vieirinha, Pedro Silva, Santi Chambella e Poka.
Primeira parte: 1-0 (Carlo Di Benedetto), 1-1 (Pol Manrubia), 2-1 (Telmo Pinto), 2-2 (Danilo Rampulla).
Segunda parte: 3-2 (Telmo Pinto), 3-3 (Miguel Rocha), 4-3 (Rafa).
Acção disciplinar: Azul a Ezequiel Mena.
Porto 1-0 Óquei de Barcelos
• Porto 4-3 Óquei de Barcelos • 14.Jun
• Óquei de Barcelos vs. Porto • 18.Jun, 21h
• Porto vs. Óquei de Barcelos • 22.Jun, 18h
• Óquei de Barcelos vs. Porto • 25.Jun, 21h
• Porto vs. Óquei de Barcelos • 29.Jun, 18h
Horário das partidas na hora local.
Sábado, 14 de Junho de 2025, 16h41