Portugal derruba tricampeão nos penáltis e está na final
Após uma igualdade dramática a dois no tempo regulamentar, Portugal venceu a Espanha no ainda mais dramático desempate por grandes penalidades, e vai disputar este sábado a final com a França. Gonçalo Alves assinou o penálti decisivo.

A final do Campeonato da Europa dará a conhecer um novo campeão a partir das 21h45 (segundo últimos informações, depois de inicialmente estar apontada às 21h15) deste sábado. França e Portugal disputarão o título numa final inédita.
Para carimbar o lugar na partida decisiva, Portugal venceu a actual tricampeã Espanha, num triunfo adiado duas vezes de forma dramática, no final do tempo regulamentar e da primeira série de grandes penalidades.
Portugal entrou com Xano, Rafa, Hélder, Gonçalo e Zé Miranda, frente a uma Espanha com Ballart, Llorca, Nil Roca, Carballeira e Cervera, de pendor mais defensivo. Nas hostes de "La Roja" havia receio de encontrar Portugal nas "meias" e, perante uma boa exibição lusa, a selecção de Pere Varias só muito a espaços conseguiu libertar-se.
A primeira oportunidade foi para Portugal, logo, no primeiro lance, a puxar pelo público que lotou o Rota dos Móveis. E os portugueses foram claramente melhores até às primeiras trocas, primeiro por Espanha.
Perto da dezena de minutos, a Espanha conseguia ter mais posse de bola, pensar mais as suas jogadas, respirar do sufoco luso inicial. Mas sem levar real perigo à baliza de Xano Edo.
Portugal voltaria a impor o seu jogo, com mais momentos de frissom, mas também sem conseguir importunar Ballart.
A minuto e meio do intervalo, entre os dois mais jovens da partida, Eloi Cervera atingiu Zé Miranda em queda e viu azul, mas a selecção das quinas não aproveitou a superioridade até ao intervalo e no início da etapa complementar, com a Espanha a defender muito bem... e mesmo a criar perigo.
Os portugueses continuariam a mostrar-se melhor, a controlar a partida, mas faltavam situações de golo iminente. E seria Espanha a adiantar-se. Sergi Aragonès, que representou o Benfica, entrou pela defensiva lusa e bateu Xano Edo aos 11 minutos e meio.
Mas a resposta de Portugal não podia ser melhor... ou mais rápida. Com chancela do campeão europeu Óquei de Barcelos, Luís Querido lançou de meia distância e Miguel Rocha igualou de pronto.
Portugal nem chegara a perder o seu momento anímico. Pelo contrário, multiplicava-o. E ia para cima da Espanha.
Já com a nona falta, houve desconto de tempo de Paulo Freitas. No regresso ao jogo, ouviu-se "A Portuguesa" nas bancadas e, num inspirado embalo, Hélder Nunes arrancou pela direita e fez o 1-2.
Era hora de defender a vantagem. A Espanha apostava numa meia distancia que raramente chegava à baliza. E, quando chegava, lá estava Xano Edo a fazer uma homenagem melhor ao percurso pela selecção de Girão do que aquela que aconteceu ao intervalo (pela FPP, com entrega de um stick - de jogador de pista - comemorativo).
A selecção das quinas controlava, mas os espanhóis tiveram um prémio na sua ousadia. Pere tirou o guarda-redes a pouco mais de um minuto do fim e, mesmo perdendo a bola, manteve a pressão. Num daqueles "chouriços", César Carballeira fazia o 2-2 com meio minuto para jogar. E haveria mais 10 minutos para jogar.
Espanha esteve melhor na primeira parte do prolongamento, depois do balde de água fria sobre Portugal. Com pouco tempo até ao intervalo, foi dada a 10ª falta por simulação de Rafa, mas foi "salvo" pelo Sistema de Revisão Vídeo. De resto, a Espanha nunca criou situações que pudessem valer a 10ª falta, arriscando mais em remates de longe que em penetrações.
Nos derradeiros cinco minutos, jogou-se pouco, com encaixe, à espera de novo duelo de grandes penalidades, depois do triunfo espanhol nas meias-finais do Mundial há um ano.
César Carballeira marcou à primeira. Miguel Rocha e Aragonès, que tinham marcado no tempo regulamentar, falharam. Alvarinho, com poucos minutos depois de ter sido o mais certeiro nos "quartos", igualou na finta.
No emparelhamento seguinte, Martí Casas falhou e Gonçalo Alves marcou. Portugal ficava na frente, mas depois de Sergi Llorca e Zé Miranda não conseguirem bater Xano Edo e Candid Ballart, Roc Pujadas fez o 2-2 na última grande penalidade espanhola. Luís Querido não conseguiu marcar e continuava o desempate.
Não optando por nenhum dos rematadores anteriormente certeiros, Pere Varias viu Pol Manrubia perder o duelo com Xano. E Gonçalo Alves voltou a marcar, fazendo explodir todo o pavilhão de emoção.
Quartos-de-final
• QF2 • Itália 10-0 Suíça • 4.Set
• QF3 • França 6-0 Alemanha • 4.Set
• QF4 • Espanha 11-1 Áustria • 4.Set
• QF1 • Portugal 11-2 Andorra • 4.Set
5º ao 8º lugares
• MF3 • Alemanha 1-5 Suíça • 5.Set
• MF4 • Áustria 5-6 Andorra (2-2, 1-1, 2-3 pen) • 5.Set
Meias-finais
• MF1 • França 9-5 Itália • 5.Set
• MF2 • Espanha 4-5 Portugal (2-2, 2-3 pen) • 5.Set
Finais
• 7º/8º • Aústria vs. Alemanha • 6.Set, 11h
• 5º/6º • Andorra vs. Suíça • 6.Set, 15h
• 3º/4º • Espanha vs. Itália • 6.Set, 18h
• 1º/2º • Portugal vs. França • 6.Set, 21h45
Horário das partidas na hora local.
Sábado, 6 de Setembro de 2025, 0h21

















