Portugal é campeão da Europa!

Portugal é campeão da Europa nove anos depois e pela 22ª vez na História da competição. Em crescendo ao longo da competição, a selecção de Paulo Freitas venceu a França por 4-1 com uma exibição táctica praticamente irrepreensível.

7.Set.2025 Euro

É o confirmar total de um modelo de Europeu com uma "volta de aquecimento". Portugal perdeu os três primeiros jogos da prova, mas três vitórias - uma na decisão por grandes penalidades - valem o título continental que escapava desde 2016.

É o 22º título europeu de seniores masculinos conquistados por Portugal, o segundo neste século, ao passo que uma inédita conquista da França continuará adiada. "Les bleus" são vice-campeões pela sétima vez, cinco vezes até 1930, nas seis primeiras edições, e recentemenete em 2021, numa final perdida no prolongamento com a Espanha.

Este sábado, Portugal venceu a França por 4-1, numa exibição táctica praticamente perfeita a gerir o marcador.

Xano Edo, Zé Miranda, Hélder Nunes, Rafa e Gonçalo Alves foram os portugueses, e Pedro Chambel, Remi Herman, Bruno Di Benedetto, Roberto Di Benedetto e Carlo Di Benedetto os franceses que começaram o jogo que teve arbitragem dos asturianos Miguel Diaz e Jonathan Sanchez.

Com alternância no ascendente inicial, cedo se viu Paulo Freitas a previligiar o risco nulo. Avisara que as finais são para se ganhar e a equipa foi organizada nesse sentido. Os jogadores interpretariam na perfeição um papel que, para alguns, sacrificou a missão a que estão habituados em prol de um objectivo maior.

Aos 10 minutos, Rafa Bessa, menino da casa, nascido na Sobreira, concelho de Paredes, e com uma claque muito própria, era o primeiro a saltar do banco. Um minuto depois, entrava Marc Rouzé e a curta rotação francesa terminava aí.

Já com três suplentes em pista, Portugal chegava ao 1-0 por Rafa Bessa, numa entrada pela esquerda, enquanto a França ia somando faltas, principalmente nos bloqueios, ora a serem assinaladas a fazer bloqueio, ora assinaladas a tentar fugir do bloqueio.

Muito cedo, a seis minutos e meio do intervalo, os gauleses chegavam à 10ª falta. Alvarinho entrou e não perdoou, ampliando para um 2-0 que vincaria ainda mais o pendor do jogo, com Portugal na expectativa e a tapar, sem mácula, o caminho para a sua baliza.

A segunda parte começou com a selecção das quinas a vincar esse plano com o festejo de cada acção defensiva como um golo. Era a máxima de "se o ataque ganha jogos, a defesa ganha campeonatos". E, logo aos três minutos e meio, havia grande penalidade que Gonçalo Alves não falhou como não falhara as duas ocasiões anteriores em tempo regulamentar ou as duas no desempate frente à Espanha.

Portugal e o Pavilhão Rota dos Móveis sentiam que o título estava na mão. A França de Nuno Lopes precipitava-se no ataque, com muitos remates a terminarem na floresta de caneleiras lusas que pareciam multiplicar-se, e nos ataques a solo de Gonçalo Alves - a ameaçar um punhado de golos de antologia - e Rafa Bessa parecia mais próximo um quarto golo português do que um primeiro francês.

Manteve-se a toada, com Xano Edo a defender tudo o que lhe chegava. Mesmo uma grande penalidade - de Remi Herman - a dois minutos do fim, depois de uma falta assinalada, com recurso ao SRV, a Luís Querido, que lhe valeria também o azul.

A França atacava em superioridade e sem guarda-redes, num "cinco-para-três" em jogadores de pista e lograva reduzir por Bruno Di Benedetto, num lance inicialmente não validado pelos árbitros, mas corrigido pelo "vídeo".

Havia uma réstia de esperança entre os gauleses, mas Rafa Bessa terminou o que começara nesta decisiva partida. Deu as pernas ao remate, e arrancou determinado para a baliza deserta para fazer o 4-1 que "matava" o jogo e dava início à celebração lusa.

No final do jogo, na cerimónia de entrega de medalhas, sublinhado para o aplauso do público presente aos árbitros e também às selecções de França e Itália, neste título português de Seniores Masculinos que se junta de forma inédita aos conquistados antes em Sub-23, Sub-17 e Sub-19.