«Não ficamos contentes com o 2º lugar»

Lamentando a postura defensiva e de contenção adoptada por Portugal, bem como o modelo que premeia uma equipa com 'uma vitória', Nuno Lopes mostrou, na sua frustração, a ambição gaulesa de conquistar um título, que fica adiada para a próxima grande competição.

«Não ficamos contentes com o 2º lugar»

Já lá vai o tempo que uma medalha de prata seria muito mais do que a França poderia almejar. Agora, os gauleses entram nas grandes competições para ganhar, e não há conforto no 2º lugar, apenas frustração.

Nuno Lopes, anunciado seleccionador de França em finais de 2023, lamentou a postura mais defensiva da selecção das quinas. "Com todo o respeito, poderá soar a deselegante da minha parte, mas não vejo mérito nenhum na vitória de Portugal no dia de hoje. É aquilo que eu sinto", apontou em conferência de imprensa.

"O primeiro golo parece de um erro individual, depois duas bolas paradas e o último golo... nem nisso tivemos sorte", observou. "De quatro para quatro, Portugal não fez mossa absolutamente nenhuma, fugiu do jogo, conservou a vantagem que teve de forma inteligente", considerou, referindo que, friamente, ganha quem marca mais golos. "Não quero a vitória moral, mas para comentar o jogo de Hóquei, tenho de comentar desta forma", ressalvou.

No entanto, apesar de apontar que Xano Edo foi o melhor em campo, Nuno Lopes reconheceu que a França também ficou aquém do desejado. "Demos uma parte de avanço, fizemos faltas exageradas", analisou.

O percurso de Portugal foi marcado por três derrotas na primeira fase (uma frente à França), e o apuramento para a final foi logrado depois de um empate em tempo regulamentar, e Nuno Lopes - ignorando a "formalidade" dos quartos-de-final - visou esse trajecto. "Uma equipa que ganha um jogo no Campeonato da Europa, não pode ser campeã europeia", apontou.

A França termina esta competição com duas vitórias na fase de grupos, tendo apenas perdido com a Espanha. Seguiu-se a vitória com a Alemanha nos quartos-de-final, e um contundente triunfo sobre a Itália nas "meias" antes da final.

Depois do 5º lugar no Campeonato do Mundo de 2024, esta foi a segunda competição de Nuno Lopes à frente da selecção absoluta gaulesa. Segue-se, em 2016, novo Mundial, no Paraguai. E a ambição é maior do que o bronze de 2022 ou esta prata europeia.

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