Aquela inevitabilidade: Benfica soma 12ª Supertaça
O Benfica venceu a Sanjoanense por 3-1 e conquistou a 12ª Supertaça consecutiva, todas as que se realizaram desde 2013. As alvinegras mostraram, a espaços, argumentos para ombrear nesta temporada, mas há muito trabalho pela frente.

O Benfica conquistou a Supertaça Feminina pela 12ª vez consecutiva, sendo a terceira vez que bateu a Sanjoanense na decisão, depois dos triunfos - os dois primeiros - em 2013 e 2014. Agora, a vitória foi por 3-1.
Numa realidade distinta da Supertaça António Livramento, seis horas antes no mesmo palco, houve só dois árbitros de pista, sem direito a Sistema de Revisão Vídeo. E, vindo de uma realidade distinta, onde o Hóquei em Patins feminino é visto de outra forma, esteve Edu Castro - treinador da equipa principal masculina das águias - na bancada, assistindo a toda a partida sozinho.
O Benfica entrou forte, pressionante, e aos cinco minutos dispunha de uma primeira grande penalidade, que Raquel Santos desperdiçou, atirando ao lado.
A Sanjoanense resistia, defendendo bem e com Daniela Pereira atenta. E, na rotação encarnada, com Aimee Blackman e Sara Roces no banco, as alvinegras criariam mesmo boas oportunidades para reclamarem o primeiro golo no jogo.
No entanto, a cinco minutos e meio do intervalo, regressaram as internacionais espanholas e o Benfica recuperou o controlo da partida. Dois minutos volvidos, Roces ganhava nova grande penalidade e, desta vez, apesar do primeiro remate ser também para a tabela de fundo, Blackman não perdoou na recarga.
Era o momento de maior intensidade das águias e, ainda antes do intervalo, Marlene Sousa serviu Raquel Santos - numa jogada que voltariam a ensaiar - para o 2-0.
No arranque da segunda parte, com apenas três minutos decorridos, era assinalada uma terceira grande penalidade para as águias que, agora com Sara Roces chamada à transformação, não desperdiçaram.
Era um 3-0 que dava conforto à equipa de Paulo Almeida, e a Sanjoanense aproveitou para a reacção que se impunha. As pupilas de Rui Pedro conseguiram subir linhas e chegariam ao golo, num remate de muito longe de Catarina Costa.
As alvinegras iam mostrando alguns bons argumentos, a justificar que sejam cotadas como o principal obstáculo à hegemonia plena do Benfica, mas há trabalho pela frente para, por exemplo, a integração plena de Martina Sad ou Sofia Reyes que já foram mostrando que são mais-valias.
Sem mais golos, Paulo Almeida pedia um desconto de tempo para apelar à gestão da posse de bola e do tempo restante de forma pragmática. Cumpriram as suas jogadoras, mesmo quando a Sanjoanense procurou atacar a cinco. A sete segundos do fim, numa espécie de "canto de cisne", Joana Teixeira via o azul e mais nada havia a fazer...
A Supertaça é mais uma conquista do Benfica num caminho que se iniciou em 2012. Desde a criação da equipa, sempre com Paulo Almeida ao leme, as encarnadas venceram todas as provas nacionais que disputaram, excepto - a tal confirmação da regra - a Taça de Portugal nessa primeira época, ganha pela Sanjoanense.

Sábado, 11 de Outubro de 2025, 19h26