«O segredo foi a alma desta equipa»
Após a conquista da Supertaça, Joan Ignasí Edo não escondia o orgulho no seus jogadores e na forma como reagiram às adversidades, somando o segundo troféu no espaço de uma semana. E, garante, os seus jogadores 'vão querer muito mais durante a época'.

Foi "apenas" a terceira Supertaça conquistada na História do Sporting. Depois do triunfo na primeira edição, em 1982 e às ordens de António Livramento (longe de imaginar que daria nome à prova), os leões só voltaram a vencer em 2015, novamente frente ao Benfica, com Nuno Lopes no comando técnico. Agora, 10 anos depois, um triunfo no prolongamento sobre o Porto vale nova conquista.
"Chegámos aqui um pouco cansados", confessou o técnico leonino Joan Ignasí Edo, ressalvando que "só as grandes equipas conseguem fazer o que estes rapazes fizeram".
O treinador recorda "não sei quantos jogos em 12 dias" (foi a nona partida em 17 dias), com duas viagens de mais de 10 mil km, e que estiveram "a perder duas vezes por dois golos frente a uma excelente equipa". Os jogadores "encontraram forças onde não as tinham, e a equipa uniu-se ainda mais quando estava a perder". Porque é fácil uma equipa ser unida a ganhar, mas a perder...
A preparação foi essencialmente focada na recuperação. "Chegámos terça-feira muito cansados, mas muito felizes", contou, revelando que Hóquei treinaram um dia e pouco mais.
Joan Ignasí não escondeu um orgulho imenso nos seus jogadores. "Estes jogadores não baixam nunca os braços. O segredo não foi nem táctico, nem individual, foi colectivo. Foi a alma desta equipa", apontou, lembrando que tem quatros jogadores novos, com menos de dois meses de trabalho conjunto, mas que "parece que trabalham juntos há três anos".
Vindo de um Aldo Cantoni repleto para um Multiusos de Odivelas meio despido (ainda que os adeptos leoninos estivessem em maioria), o técnico do Sporting pede aos adeptos que acreditem na equipa como ele acredita, garantindo que podia ter perdido e continuava a acreditar "a 200%" nos seus jogadores. "Vão querer muito mais durante todo o ano", assegurou, sendo que é muito mais fácil trabalhar sobre vitórias, recordando o complicado arranque da última época.
Ainda sobre esta Supertaça, o treinador lembrou que teve dois jogos de 60 minutos em menos de uma semana contra duas grandes equipas, realçando o controlo emocional... que não era o seu forte enquanto jogador. "Aprendi com os meus erros, graças a Deus", gracejou, antes de explicar um curioso passar de palavra nos descontos de tempo. O primeiro meio minuto é seu, o resto deixa para os jogadores mais experientes, assumindo Henrique Magalhães, nesta decisão, várias vezes a palavra.
Domingo, 12 de Outubro de 2025, 10h28