«Tinhamos de ter paciência e esperar o momento certo»

Reconhecendo que a Sanjoanense vai 'dar muito trabalho', Paulo Almeida apontou a paciência - que faltaria nos minutos finais - como a chave para a conquista de mais uma Supertaça. Perspectivando a temporada, quer intrometer-se no feudo espanhol na Europa.

«Tinhamos de ter paciência e esperar o momento certo»

Este sábado, o Benfica conquistou a Supertaça Feminina pela 12ª vez consecutiva, num caminho de triunfos em todas as provas nacionais desde 2012.

A vitória na Supertaça, seguiu-se à conquista da Elite Cup, uma semana antes, também frente à Sanjoanense. "As diferenças não foram muitas", analisou Paulo Almeida. "Sabíamos que a Sanjoanense ia jogar com linhas recuadas, nas transições e no erro do Benfica. Tínhamos de ter paciência e esperar o momento certo", referiu.

"A vitória é completamente justíssima", disse, apontando que "a Sanjoanense faz um golo de meia distância que a guarda-redes não viu a bola partir". Depois, "foi gerir o tempo e a posse de bola", ficando elogios à equipa de São João da Madeira. "É uma grande equipa que vai dar muito, muito trabalho nas provas nacionais", alertou.

Sobre a sua equipa, Paulo Almeida reconheceu que, quando Blackman e Roces saem, a equipa fica diferente em pista. Mas recorda que a sua equipa tem nove jogadoras [de pista] de qualidade, e que a lesão de Sofia Moncóvio condiciona.

Pese o controlo das águias ao longo da maior parte da partida, Paulo Almeida fez-se ouvir num desconto de tempo a cinco minutos do final. "Não estava irritado", corrigiu, mas lá apontou o reparo que, de forma veemente, passou às suas atletas. "Se a Sanjoanense não subir linhas, não temos de arriscar. Estávamos a rasgar passes desnecessários para elas saírem em contra-ataque", explicou, referindo perdas de bola desnecessárias. "Agora, não é para eu estar a dizer para terem a posse de bola, e dizerem que sim, e logo a seguir perderem logo a bola", desabafou.

No perspectivar da temporada que está agora ainda no início, Paulo Almeida faz mira ao desafio europeu, onde há "cinco ou seis equipas espanholas fortíssimas". O Benfica "quer intrometer-se" como se intrometeu em 2015, recordando o treinador das águias que esse foi o único troféu da principal prova europeia - da História - a escapar às equipas do país vizinho.

O Benfica integra o grupo de Manlleu e das duas últimas campeãs europeias: Palau e Fraga. Das quatro equipas, só duas avançarão para a Final Four.

Sem direito a folga

Entretanto, cerca de 21 horas depois de ter erguido a Supertaça, o Benfica iniciou a sua participação no Nacional Feminino. Em jogo da Zona Sul, as águias viajaram este domingo até Arazede, vencendo a equipa local por claros 0-19.

Maria Sofia Silva marcou por sete vezes, Marlene Sousa assinou seis golos, Rita Batista logrou um hat-trick e Sara Roces, Inês Severino e Raquel Santos apontaram os restantes tentos.

AMGRoller Compozito
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