Franklim, ainda o mais triunfador da última década
Há alguns dias abriu a votação para “Mejor Entrenador” de 2015 do projecto HockeyPatines.com. Os treinadores foram escolhidos para irem a sufrágio dos cibernautas pelos títulos conquistados neste ano civil.
Entre os 15 treinadores seleccionados estão cinco portugueses: Paulo Almeida (vencedor da Women’s Cup, Campeonato, Taça e Supertaça em Portugal), Nuno Lopes (vencedor da Taça CERS e da Supertaça António Livramento), Pedro Nunes (campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal) e os seleccionadores Nuno Ferrão (campeão Europeu de Sub-17) e Luís Duarte (campeão do Mundo de Sub-20). Mas também Guillem Cabestany (vencedor da Taça de Itália), catalão que chegou este ano ao FC Porto.
Levanta-se a questão… No passado recente, e cometendo a injustiça de deixar de parte os títulos femininos e os da formação ao nível de clubes, qual o treinador mais triunfador em Portugal?
Alargando a análise às dez ultimas épocas completas em Portugal, é sem surpresa que Franklim Pais, obreiro do decacampeonato portista, se mantém na liderança. Entre 2005 e 2011, o agora director-geral da secção de hóquei em patins do FC Porto, conquistou 14 dos 18 títulos em disputa a nível interno, pecando na conquista europeia que teima em fugir aos azuis-e-brancos.
Franklim entrou a meio da época 2001/02 para o lugar de Mário Aguero e, nas nove épocas e meia como treinador, foi sempre campeão.
Surpresa poderá ser para os mais desatentos o número de títulos granjeados pelo actual seleccionador nacional. Luís Sénica é o único técnico no activo que faz perigrar nos próximos anos o número de títulos de Franklim, e ganha para já na diversidade. Se o técnico azul-e-branco venceu apenas a nível interno, Sénica conquistou também Liga Europeia, CERS e Taça Continental, para além de – com as quinas ao peito – contar já títulos em Sub-17 (um Europeu), Sub-20 (um Europeu), Sub-23 (duas Taças Latinas) e seniores (duas Taças das Nações).
Desde 2005, só a época de 2006/07 e a corrente são de “seca” para Luís Sénica, sendo que na actual ainda se disputará a Taça Latina e o Campeonato da Europa.
“Longe” vem um trio. Luís Duarte, Pedro Nunes e Tó Neves contam cinco títulos. Luís Duarte conquistou todos os títulos que tem "em carteira" à frente da selecção nacional de Sub-20, falhando apenas no Mundial de Barcelos em 2011, enquanto os actuais treinadores das equipas que lideram o nacional da I Divisão só com vitórias, o conseguiram à frente de clubes.
Tó Neves começou a vencer como treinador em 2010/11 ainda com a Oliveirense (Taça de Portugal), iniciando um ciclo de quatro temporadas a conquistar títulos, somando um campeonato nacional, mais uma Taça de Portugal e duas Supertaças ao serviço do Porto.
Pedro Nunes entrou nesta corrida dos títulos há “apenas” dois anos mas já ultrapassou muita gente. Uma Taça Continental e outra Intercontinental foram o prelúdio de um bis na Taça de Portugal e a conquista do Nacional na última época. Falta-lhe a nível interno uma Supertaça, que por dois anos lhe escapou para dois técnicos que somam dois títulos neste exercício de contabilidade: Paulo Pereira (que também conta um Nacional) e Nuno Lopes (com também uma Taça CERS).
Com mais títulos do que Paulo Pereira e Nuno Lopes, surge o ex-Director Técnico Nacional Jorge Lopes. O seleccionador que saiu em 2013 conquistou nas derradeiras temporadas dois europeus de Sub-17 e uma Taça das Nações.
A lista de técnicos vencedores – que conta 14 nomes – fica completa com aqueles que somaram um título solitário. Hélder Pinho (com o Académico de Cambra) e Nuno Resende (Oliveirense) conquistaram a Taça de Portugal e nas selecções contam-se quatro títulos “avulsos”. Uma Taça das Nações para Rui Neto, um Europeu de Sub-20 para Vasco Vaz e um Europeu de Sub-17 para Luís Moreira e Nuno Ferrão. Este último, ainda em funções, ataca no próximo ano o seu segundo título…
Quarta-feira, 25 de Novembro de 2015, 13h59