Empate vale título à Espanha

Empate vale título à Espanha

A Espanha conquistou este sábado o Campeonato da Europa de Sub-17 ao empatar, na derradeira partida, com Portugal, a uma bola.

Portugal 14º Desde que venceu em 2013, vence nos anos ímpares, repetindo agora uma vitória intramuros depois do triunfo em 2015 no Luso.

Na derradeira partida do Campeonato da Europa de Sub-17 que ao longo da semana animou Torres Vedras, Portugal precisava de vencer a Espanha para conquistar o título perante o muito público que encheu o pavilhão da Física.

Portugal desperdiçou uma grande penalidade e um livre directo na primeira parte e novo livre directo na segunda
Portugal desperdiçou uma grande penalidade e um livre directo na primeira parte e novo livre directo na segunda

No entanto, foi a Espanha que entrou melhor, com mais posse de bola. Mas por pouco tempo. Aos dois minutos e meio, Portugal dispôs de uma grande penalidade e apesar de Lucas Santos desperdiçar, a selecção das quinas cresceu. Só que não conseguiu materializar o seu ascendente nos necessários golos.

Perante o desalento luso, a Espanha cresceu e obrigou Nuno Ferrão a parar o jogo, promovendo a primeira mudança com a entrada de Ricardo Fallé para o lugar de Lucas Santos. Apesar dos conselhos do treinador português, a Espanha continuou melhor, mais perigosa, numa regra que voltaria a ser quebrada de bola parada. A cinco minutos do intervalo, Portugal ganharia – por Zé Miranda – um livre directo, só que Lucas Santos voltaria a ser infeliz na concretização.

Oriol Codony entrou ao intervalo e, se Javier Sanchez estivera eficaz no (menor) trabalho que teve, Oriol seria decisivo
Oriol Codony entrou ao intervalo e, se Javier Sanchez estivera eficaz no (menor) trabalho que teve, Oriol seria decisivo

Na segunda parte, Portugal entrou mais agressivo na disputa dos lances, mas seria a Espanha a adiantar-se, por Biel Autet, aos três minutos e meio.

A precisar de vencer, Portugal carregou. Diogo Pernas, o mais novo dos convocados portugueses, foi lançado e não tardou a criar perigo. Mas Oriol Codony, entrado ao intervalo, parava tudo.

A selecção das quinas insistiu, mas Codony – com mais trabalho do que Javier Sanchez tivera na primeira parte, mas a mesma eficácia – anulava todas as intenções atacantes dos portugueses. A oito minutos e meio, a 10ª falta espanhola levou Bernardo Ramalho para a marca de livre directo, mas Portugal estava decisivamente em “dia não” no capítulo da concretização.

Zé Miranda foi dos que mais “agitou” o jogo português, mas Portugal pecou sempre na concretização
Zé Miranda foi dos que mais “agitou” o jogo português, mas Portugal pecou sempre na concretização

Com o passar dos minutos, Portugal apostava cada vez mais na meia distância, e seria assim que chegaria – enfim – ao golo. Com “tudo no assador”, a jogar com cinco de pista, e depois de um calafrio numa perda de bola que podia ter sentenciado a partida, Martim Leite rematou forte para o fundo das redes da baliza adversária.

Com 27 segundos para jogar, Portugal procurava repetir a façanha espanhola de 2018, em que venceu com cinco de pista no último minuto. No entanto, não houve oportunidade para novo golo… O jogo terminaria, de forma caricata, com uma falta assinalada contra Portugal sobre o final do tempo. O árbitro Ulderico Barbarisi assinalou a falta e houve invasão de pista, que poderia determinar sanção à Espanha, mas os árbitros deram o jogo como terminado. Para desalento português e euforia espanhola. A Espanha sagrava-se campeã com 13 golos à maior entre marcados e sofridos nesta fase final, contra "apenas" 11 de Portugal.

Sem ninguém na baliza portuguesa, Martim Leite fez o 1-1 que alimentou a esperança lusa nos derradeiros instantes de jogo
Sem ninguém na baliza portuguesa, Martim Leite fez o 1-1 que alimentou a esperança lusa nos derradeiros instantes de jogo

Neste jogo decisivo, Nuno Ferrão fez alinhar de início por Portugal o guarda-redes Gonçalo Bento, Zé Miranda, Bernardo Ramalho, Lucas Santos e Jota, chamando ao jogo Ricardo Fallé, Martim Leite e Diogo Pernas.

Por sua vez, Jordi Boada alinhou ao apito inicial com Javier Sanchez na baliza e Miguel Cañadillas, Carles Domenech, Victor Wally e Joan Pascual, entrando no decorrer do jogo todos os outros jogadores chamados a este europeu: Roger Codinach, Pol Auguet, Carles Aguilera, Biel Autet e o guarda-redes Oriol Codony.

Na festa espanhola, os suplentes precipitaram-se a entrar em rinque, mas o jogo foi dado como terminado
Na festa espanhola, os suplentes precipitaram-se a entrar em rinque, mas o jogo foi dado como terminado

A Espanha venceu a prova pela 19ª vez, distanciando-se das 13 conquistas lusas com um “bi” que não acontecia desde 2011, naquele que foi o segundo título de três consecutivos. Em Portugal, numa prova em que o factor casa tem estado longe de ser decisivo, a Espanha não vencia desde 2006, quando triunfou em Sesimbra frente a uma selecção portuguesa orientada por Luís Sénica e que contava, por exemplo, com João Rodrigues, agora jogador do Barcelona.

Segunda fase – Apuramento de Campeão

Jogos

• Espanha 9-3 Suíça

• Portugal 3-0 Itália

• Espanha 11-4 Itália

• Portugal 9-1 Suíça

• Itália 7-2 Suíça

• Espanha 1-1 Portugal

Classificação final (apuramento de campeão)

1º Espanha (7 pontos), 2º Portugal (7), 3º Itália (3), 4º Suíça (0)

Classificação final (5º ao 9º)

5º França (12 pontos), 6º Alemanha (9), 7º Inglaterra (6), 8º Andorra (3), 9º Israel (0)

AMGRoller Compozito

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