Oliveirense vence na Luz e 'vira' vantagem

Oliveirense vence na Luz e 'vira' vantagem

No duelo de maior expectativa na primeira ronda do play-off, a Oliveirense deu o "golpe" na Luz com um triunfo por 1-2 sobre o Benfica. Porto, Óquei de Barcelos e Sporting confirmaram favoritismo. #PrimeiraDivisão

Arrancou o decisivo play-off. Numa primeira ronda à melhor de três, o primeiro jogo tem sempre um carácter importantíssimo. Que o diga o Benfica, que apesar de ter partido com "vantagem casa" frente à Oliveirense e tendo, na fase regular, perdido apenas um jogo no seu reduto, terá agora uma semana para preparar um jogo em Oliveira de Azeméis que tem de ganhar para não ficar já fora da prova.

Na deslocação à Luz, a Oliveirense venceu por 1-2 e a equipa de Paulo Pereira só se poderá queixar da sua eficácia - e da de Pedro Henriques na baliza encarnada - para não ter decidido a contenda mais cedo e com outros números.

Marc Torra assina o primeiro
Marc Torra assina o primeiro

Entrando pressionante, a Oliveirense chegou à vantagem ainda não estavam cumpridos quatro minutos, com Marc Torra a finalizar da melhor maneira um contra-ataque. O catalão que em 2015/16 brilhou de águia ao peito seria uma das dores de cabeça dos encarnados...

Mantendo alguma pressão após o golo, os visitantes começariam a recuar com o passar dos minutos. Um remate ao poste de Diogo Rafael, o mais inconformado das águias, soava a ameaça, mas esta tardaria em ser concretizada.

Diogo Rafael foi dos mais inconformados dos encarnados, tentando empurrar a sua equipa.
Diogo Rafael foi dos mais inconformados dos encarnados, tentando empurrar a sua equipa.

Abdicando de Nicolía, os encarnados mostraram na primeira parte uma confrangedora falta de ideias no ataque, bem longe das exibições da Liga Europeia, e nem a completa rotação dos jogadores de pista trouxe novos rasgos.

A Oliveirense deixava o Benfica assumir o jogo, mas reclamava para si as melhores (únicas?) oportunidades de golo. A oito minutos do intervalo, Torra travou um duelo com o ex-companheiro (de Benfica e Reus) Pedro Henriques, tendo o guardião das águias de se aplicar três vezes para segurar a desvantagem mínima. No entanto, um minuto volvido, numa arrancada de Lucas Martínez, o internacional português já não conseguiria evitar o segundo tento.

Lucas Martínez festeja o segundo
Lucas Martínez festeja o segundo

A equipa de Oliveira de Azeméis fechou a primeira parte a desperdiçar mais uma soberana oportunidade, num contra-ataque de dois para um, com Marc Torra a servir Jorge Silva para um remate em jeito que não surtiu o efeito desejado. E assim dava o mote para a segunda parte.

O Benfica regressou do balneário com mais intensidade, mais rapidez na troca de bola, mas o mesmo resultado prático. O bloco baixo da Oliveirense era eficaz e, nas vezes que o esférico chegava à baliza, Nelson Filipe dizia presente.

Nelson Filipe esteve seguríssimo na baliza da Oliveirense.
Nelson Filipe esteve seguríssimo na baliza da Oliveirense.

Nas respostas rápidas, a Oliveirense criava repetidamente perigo. Pedro Henriques travou um livre directo de Martínez e veria o seu poste direito dar uma ajuda em novo livre directo, agora de Torra, a quatro minutos e meio do final. Ambos os livres directos resultaram de azuis a Sergi Aragonés e, nos respectivos períodos de "underplay", até seriam as águias a criar mais perigo. A Oliveirense contentava-se com a vantagem amealhada, particularmente depois de Lucas Ordoñez ter desperdiçado a oportunidade na 10ª falta, entre os dois livres oliveirenses.

Pedro Henriques manteve o Benfica na discussão do resultado.
Pedro Henriques manteve o Benfica na discussão do resultado.

Num último assomo, Danilo Rampulla ganharia uma grande penalidade ao compatriota "Tato" Ferruccio, que Edu Lamas converteria em golo. A partida já estava no derradeiro minuto e Alejandro Dominguez tentou o empate - que levaria o jogo para prolongamento - com cinco jogadores de pista. Mas sem resultado...

No próximo fim-de-semana, a Oliveirense recebe o Benfica e, em caso de vitória, afasta as águias e avança para as meias-finais. Para os encarnados será obrigatório vencer, o que forçará terceiro jogo, de novo na Luz.

Edu Lamas reduziu de grande penalidade. Mas já era tarde.
Edu Lamas reduziu de grande penalidade. Mas já era tarde.

Lei do mais forte

Nos restantes encontros dos quartos-de-final do play-off, imperou a lei do mais forte.

A abrir a jornada, o Porto venceu a Juventude de Viana por inapeláveis 8-1. No duelo entre o mais bem classificado da fase regular e o último a garantir vaga no play-off, os dragões marcaram dois golos em minuto e meio, por Gonçalo Alves e Rafa, ditando a toada da partida. Ainda antes do intervalo, Rafa e Giulio Cocco ampliaram, afastando qualquer dúvida que pudesse haver sobre o desfecho.

Na segunda parte, Gonçalo Alves elevou aos seis minutos para 5-0, merecendo desta feita resposta de Gustavo Lima, a transformar em golo o livre directo da 10ª falta dos dragões. Mas, com Malián a negar novos golos de bolas paradas a Francisco Silva e Remi Herman, a Juventude de Viana não voltaria a marcar. Carlo Di Benedetto, a cinco minutos do apito final, e Poka e Reinaldo Garcia, já no derradeiro minuto, escreveram os números finais.

À melhor de três, as contas para o segundo jogo são simples. Se voltar a vencer quem venceu no primeiro jogo, avança para as "meias". Caso contrário, há terceiro jogo.

Em Barcelos, o Tomar procurou repetir o feito da Oliveirense horas antes. A equipa de Nuno Lopes - ausente do banco por castigo - reagiu bem ao tento inaugural de Reinaldo Ventura e, depois de Filipe Almeida ter igualado, passou para a frente num livre directo de Rúben Sousa, no quarto de cinco azuis na primeira parte (haveria apenas um na segunda). Luís Querido igualaria de grande penalidade.

Na segunda parte, Dario Giménez adiantou os barcelenses com o seu primeiro de livre directo ("empataria" a dois com Francisco Veludo, em quatro oportunidades), mas o Tomar respondeu com novo golo de Rúben Sousa de grande penalidade. Aos 10 minutos, Reinaldo Ventura, primo de Rúben, voltaria a colocar o Óquei a vencer. Desta vez, definitivamente. Dario ampliou, quando Ivo Silva esboçou resposta, reduzindo para 5-4, Miguel Rocha fez de pronto o 6-4. O 7-4 final surgiu já sem Veludo na baliza, com o Tomar a procurar reduzir, num remate de Zé Pedro para a baliza deserta.

A fechar o dia, o Sporting recebeu e venceu o Valongo por 4-2.

As duas equipas tinham empatado a três para o campeonato há pouco mais de um mês no João Rocha, mas desta feita o Sporting foi mais sólido. Adiantando-se aos seis minutos, por Toni Pérez, ampliaram aos 18, numa grande penalidade de Gonzalo Romero, e chegaram ao 3-0 ainda na primeira parte, num lance de insistência do capitão Pedro Gil.

A etapa complementar abriu com Ferran Font a ver Bernardo Mendes - a cotar-se com uma boa exibição - negar-lhe o golo de livre directo, e novo festejo ficaria adiado para os cinco minutos finais. Romero bisou da marca de grande penalidade e "matou" o jogo, mas o Valongo não baixou os braços. Sempre muito combativos, teriam o seu prémio em duas bolas paradas ironicamente "oferecidas" pelo mesmo Romero. De grande penalide (na recarga), Rúben Pereira fez o primeiro e, de livre directo, depois "Nolito" ver um azul que lhe valeu um tremendo "ralhete" de Paulo Freitas, Diogo Barata fez o segundo. Que, no entanto, não belisca o triunfo leonino.

Quartos-de-final - Jogo 1

Porto 8-1 Juventude de Viana [1-0]

• Benfica 1-2 Oliveirense [0-1]

Óquei de Barcelos 7-4 Tomar [1-0]

Sporting 4-2 Valongo [1-0]

Quartos-de-final - Jogo 2

• Juventude de Viana vs. Porto • 1.Mai • 12h

• Tomar vs. Óquei de Barcelos • 1.Mai • 18h

• Valongo vs. Sporting • 1.Mai • 18h30

• Oliveirense vs. Benfica • 1.Mai • 21h

Quartos-de-final - Jogo 3 (se necessário)

• Óquei de Barcelos vs. Tomar • 5.Mai • 18h

• Benfica vs. Oliveirense • 5.Mai • 19h

• Porto vs. Juventude de Viana • 5.Mai • 20h

• Sporting vs. Valongo • 5.Mai • 20h

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