Fim de ciclo

Paulo Freitas deixará o Sporting no final da temporada, adianta O Jogo. Os leões preparam-se para atacar a (re)conquista do campeonato, mas, independentemente do desfecho, o técnico já tem um lugar na história verde-e-branca.

Fim de ciclo

Cinco temporadas e meia depois, fechar-se-á segundo o diário desportivo O Jogo o ciclo de Paulo Freitas no comando técnico do Sporting. Ao que foi possível apurar, a decisão é da cúpula leonina, que entende que o ciclo do treinador leonino chegou ao fim, e a decisão já terá sido comunicada ao plantel. Mesmo que ainda haja um Campeonato Nacional para vencer...

Paulo Freitas, que completa 54 anos a 3 de Junho, chegou ao Sporting em Março de 2017. Era um Sporting em ebulição, já catapultado pelos sucessos às ordens de Nuno Lopes em 2015 (com a conquista da Taça CERS e Supertaça António Livramento), mas em busca da definitiva afirmação com um forte investimento de Bruno de Carvalho.

Paulo até já teria tudo certo para se mudar do Óquei de Barcelos para os leões um ano e meio antes, mas ainda venceu a Taça CERS, em 2016, e deixou os barcelenses em nova Final Four (vencendo às ordens de Paulo Pereira) antes de rumar ao Sporting após a "destituição" de Guillem Pérez.

O ainda técnico leonino conta (para já) com dois títulos de campeão nacional (2018 e 2021), duas Ligas Europeias (2019 e 2021) e duas Taças Continental (2019 e 2021). "Para já" porque o campeonato só entrará na sua fase decisiva depois da última jornada da fase regular, este fim-de-semana. Com apenas a deslocação a Viana do Castelo em falta, o Sporting é 2º classificado, a dois pontos do líder Porto. Podendo ainda almejar ao 1º lugar, recorde-se que os leões terminaram a fase regular na pretérita temporada em 2º e contrariam o "factor casa" dos dragões. No entanto, agora com público nas bancadas, esse factor pode ter mais peso...

"Matador de borregos"

Nestes anos à frente do Sporting, Paulo Freitas quebrou algumas "barreiras psicológicas", os chamados "borregos", longos períodos sem determinada proeza.

Recentemente, o Sporting pôs termo a 34 anos sem vencer o Benfica na condição de visitado para o campeonato nacional. Um número necessariamente enviesado pelos anos em que os leões estiveram afastados da I Divisão, mas que representava já uma série de 16 jogos sem vitórias.

Com os arqui-rivais, liderara os leões a vitórias na casa das águias 30 anos depois, com hiato entre 1988 e 2018, e na casa dos dragões 44 anos depois, vencendo no último play-off quando a última vitória como visitante datava de 1977. Mas, mais do que alguns jogos, ficam os títulos.

Paulo Freitas dirigiu o Sporting à conquista do Campeonato 30 anos depois e procura agora defender o título com sucesso, algo que não acontece desde 1978 (há 44 anos). Venceu a Liga Europeia 42 anos depois e conquistou (duas vezes) a Taça Continental, que faltava nas vitrines do museu leonino.

Ficou - e ficará - por "matar o borrego" da Taça de Portugal, que o Sporting não vence desde 1990, há 32 anos. Depois de um 2021 quase pleno - com Campeonato, Liga Europeia e Taça Continental, ficando a faltar apenas a conquista da Intercontinental - em 2022 desvaneceu-se na Luz, nos quartos-de-final, o sonho de conquista da Taça, mas ainda está o campeonato em jogo.

22 jogadores

Pela mão de Freitas, no Sporting, passaram 22 jogadores assumidamente do plantel principal. Desses, quatro (Centeno, Tuco, Poka e Miras) saíram logo no fim da primeira temporada (de cerca de três meses) às ordens de Paulo Freitas. De resto, dessa primeira temporada, apenas "sobrevivem" Ferran Font e os dois guarda-redes, Ângelo Girão e Zé Diogo.

Do plantel actual, Matías Platero e Toni Pérez chegaram em 2017, Romero em 2018, Verona e Souto em 2019 e João Almeida este ano, tal como Henrique Magalhães. No entanto, Henrique já estivera nos leões, e com Paulo Freitas, entre 2017 e 2019.

No último defeso, numa objectiva redução de plantel, saíram Pedro Gil (ao fim de cinco temporadas) e Alvarinho e Telmo Pinto, que estiveram duas. Antes, em 2020, saíram Caio, que esteve quatro épocas de verde-e-branco e Raúl Marin, que esteve apenas duas. E, em 2019, saíra Vítor Hugo (duas épocas) e o então capitão João Pinto, que trabalhou com Freitas apenas uma época completa a que se junta meia temporada em 2016/17 e meia temporada em 2018/19

AMGRoller

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