Cabestany, Muñoz e Sénica ministram seminário

Cabestany, Muñoz e Sénica ministram seminário

Decorreu este sábado, em paralelo com o 51ºCampeonato da Europa de Hóquei em Patins, um seminário de treinadores promovido pelo CERH.

Moderado pelo ex-seleccionador espanhol Carlos Feriche, o seminário contou com a participação de Guillém Cabestany, Ricard Muñoz e Luís Sénica, abordando três temas relevantes ao desenvolvimento do Hóquei em Patins.

O trabalho em equipa

Guillém Cabestany versou sobre o trabalho em equipa. O treinador que está de partida para o Breganze, conquistou ao serviço do modesto Vendrell duas Taças do Rei e uma Taça CERS nos últimos dois anos, tendo estado presente na Final Four da Liga Europeia esta época.

Cabestany cativou a audiência com uma apresentação fluída, promovendo o trabalho de equipa quando não é possível dispor dos melhores jogadores e apresentando uma fórmula de “1+1=3” no sentido de obter o máximo dos jogadores que tem disponíveis. Enumerou ainda as suas dez regras de trabalho desde, por exemplo, conhecer todos os elementos ou a trabalhar/tratar de forma diferenciada com jogadores diferenciados.

Á parte de outros valores, Cabestany terminou destacando um valor adicional, quiçá mais importante, a paixão.

Questionado depois por Massimo Mariotti se a fórmula funcionaria numa equipa com outros objectivos, outros valores individuais, outros egos, Cabestany adiou cordialmente a resposta para daqui a um ano, respondendo sempre que a solução passa por trabalho, trabalho, trabalho.

#IMAGE1577Guillém Cabestany

A época do Barcelona

Ricard Muñoz, treinador do Barcelona, falou sobre a época do clube blaugrana, em que conquistou a OK Liga e a Liga Europeia.

Muñoz abordou o arranque de temporada e as acções tomadas ao longo da temporada para criar um grupo forte com jogadores diferentes, pese o valor individual. Os objectivos pessoais de cada um, a consciencialização da missão de cada um em prol do grupo foram outros temas abordados pelo treinador catalão.

Para Muñoz, o momento decisivo e que mais o orgulhou, foi uma derrota. Na final da Taça do Rei, quando perdeu para o outro prelector, Guillém Cabestany, o treinador blaugrana viu a sua equipa manter-se até ao último momento para honrar o vencedor e aí percebeu que tinha um grupo maduro. As grandes conquistas vieram depois.

E para ter uma equipa vencedora, Ricard Muñoz enumerou os aspectos para si fundamentais: a personalidade (carácter), a agressividade (ambição), o reconhecimento de um sistema, procurar o primeiro golo no início de cada parte, uma defesa agressiva (não apenas contemplativa), uma primeira opção de marcar em contra-ataque, uma segunda opção de finalizar em ataque elaborado mas de forma rápida e recuperar o mais rápido possível depois de marcar. Como máxima, correr mais do que os outros.

O treinador não se coibiu de explicar ainda os sistemas ofensivos e defensivos utilizados no seu clube, bem como a atenção dada à preparação física e à gravação de todos os treinos do ano para serem revistos posteriormente, distinguindo três microciclos: programa (para adversários acessíveis), manutenção (adversários difíceis) e competitivo (adversários muito difíceis).

#IMAGE1578Ricard Muñoz

O Mini-HP

Luís Sénica, seleccionador nacional português, apresentou a proposta de regulamentação do projecto de Mini-HP (Mini Hóquei em Patins) que fez ao CERH e, por intermédio deste, às diversas federações.

Com muita receptividade do lado espanhol, Luís Sénica apresentou as vantagens de um desporto adaptado ao crescimento dos atletas, dentro do que, oportunamente, descreveu no HóqueiPT através do seu artigo de opinião (ver “Ligações” abaixo).

À apresentação teórica, seguiu-se uma apresentação prática com muitos jovens jogadores no Pavilhão A, sede do triunfo de Portugal no Europeu de Sub-17 em 2013 e anexo ao Amaya Valdemoro onde se realizaram os jogos do Europeu.

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AMGRoller

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