França histórica, mas Espanha leva o 'caneco'

França histórica, mas Espanha leva o 'caneco'
Fotos: Gordon Morrison / Roller Hockey Photos

A França chegava à derradeira partida da Taça Latina com hipóteses de lutar pelo conquista do troféu. Hipóteses, mas remotas, dado que a vitória italiano sobre Portugal obrigava a equipa de Fabien Savreux a vencer por quatro golos uma Espanha que até então se mostrara claramente superior.

A jogar em casa, "les bleus" foram destemidos. Seguraram a impetuosidade inicial da Espanha, e só cederiam a quatro minutos do intervalo, quando chegaram à 10ª falta. Ignacio Alabart, capitão de "la roja", não deu hipóteses a Keven Correia.

O sportinguista Ferran Font assumiu um papel importante na manobra ofensiva e na primeira linha de pressão dos espanhóis
O sportinguista Ferran Font assumiu um papel importante na manobra ofensiva e na primeira linha de pressão dos espanhóis

Poderia ser o desmonerar da selecção gaulesa, mas esta França tem pouco a ver com aquela de outros anos, que incomodava, mas acabava por ser inconsequente. Muito por culpa de um nome - e um físico - maior: Carlo Di Benedetto.

O capitão gaulês, já veterano das selecções, mas ainda com 21 anos, marcara três a Portugal e voltou a ser o aríete francês. Restabeleceu a igualdade a minuto e meio do intervalo, de livre directo, voltou a igualar a contenda aos 10 da segunda parte depois do sportinguista Ferran Font ter feito o 2-1 para a Espanha e faria ainda o terceiro golo francês, novamente de livre directo. E, a seis minutos e meio do fim, a França vencia por 2-3, insuficiente para o título, mas denotador de uma evolução competitiva de assinalar.

Carlo Di Benedetto confirma-se a cada jogo como o melhor jogador francês de todos os tempos... e tem 21 anos
Carlo Di Benedetto confirma-se a cada jogo como o melhor jogador francês de todos os tempos... e tem 21 anos

César Carballeira repôs a igualdade e quase fazia a desfeita a Carlo, seu colega no Liceo. Mas a família está lá quando é preciso, e Roberto Di Benedetto fez, a pouco mais de dois minutos do fim, o 3-4, que seria final por Alabart desperdiçou o livre correspondente à 15ª falta gaulesa (a Espanha acabou com 18).

Uma vitória com significa. Uma vitória histórica. Mas uma vitória insuficiente...

Apesar de ter vencido Portugal e Espanha, curiosamente com o mesmo resultado, a França acaba por ficar, em igualdade pontual com Espanha e Itália, na terceira posição, repetindo o bronze de 1997, 1998, 2012 e 2014. Melhor só em 2001, quando conseguiu a prata. Mas essa edição - que não teve a Espanha - foi retirada dos registos oficiais.

Já a Espanha, apesar de não ter mostrado o fulgor das duas primeiras partidas, segurou uma conquista anunciada. A 12ª da sua história e a quinta nas últimas oito edições, reaproximando-se do registo actual de Portugal (13).

Para o seleccionador Alejandro Dominguez, a ligação à federação espanhola tem sido de sonho. Depois de deixar o Reus, assumiu em 2015 o cargo de seleccionador feminino e ganhou o Europeu. No ano seguinte, ganhou o Mundial. Em 2017, "saltou" para a selecção masculina e ganhou, quando poucos esperavam, o Mundial. E, agora, o técnico argentino, com um Hóquei demolidor, intenso, sufocante (em particular nos dois primeiros jogos), conquistou a Taça Latina...

Contas finais

Resultados

Itália 2-6 Espanha

França 4-3 Portugal

Espanha 9-4 Portugal

Itália 4-1 França

Portugal 4-6 Itália

Espanha 3-4 França

Classificação

1º Espanha, 6 pontos

2º Itália, 6 pontos

3º França, 6 pontos

4º Portugal, 0 pontos

Golos

7 - Carlo Di Benedetto (FRA)

6 - César Carballeira (ESP) e Giulio Cocco (ITA)

4 - Ignacio Alabart e Roger Acsensi (ESP)

3 - Davide Gavioli (ITA), Gonçalo Nunes e Miguel Vieira (POR)

2 - Ferran Font (ESP), Luís Melo e Pedro Batista (POR), Roberto Di Benedetto (FRA)

1 - Alberto Greco, Francesco Compagno e Nicholas Barbieri (ITA), Alvarinho (POR), Nil Roca e Sergi Aragones (ESP)

AMGRoller Compozito

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