«Arrivederci» a um Breganze que terá de se reinventar
A pandemia não dá tréguas em Itália e e a impossibilidade do regresso à competição é cada vez mais uma certeza e já há jogadores a despedirem-se dos adeptos e dos clubes que representaram para embarcar em novos desafios. Francisco Veludo e Gerard Teixidó dirigiram-se esta terça-feira aos adeptos do Breganze.
O português Francisco Veludo viajou para Portugal no início de Março e foi apanhado num turbilhão de cancelamento de voos, já não conseguindo regressar a Itália. Nessa viagem que acabou por não ser "relâmpago" como pretendia, Veludo esteve no "Vamos Falar de Hóquei em Patins" e revelaria que o principal objectivo seria regressar a Portugal e ao campeonato português.
O jogo frente ao Viareggio, um empate a dois para a 22ª jornada a 22 de Fevereiro, ficará como o último de "rossoneri" do guarda-redes português e internacional por Angola, no culminar de uma temporada em que não demorou a conquistar os apaixonados "tiffosi" do Breganze depois de ter chegado no último defeso do Amatori Vercelli. Na altura da suspensão, o Breganze estava em quarto lugar, com 40 pontos, menos três que Valdagno, e mais um que Trissino e Scandiano.
Também de saída, está o capitão Gerard Teixidò já se despediu do clube e adeptos. O catalão representara o Breganze em 2015/16 e regressou em 2018, respondendo ao apelo do técnico Diego Mir. Agora, os rumores apontam para a ida de Diego Mir e também de Eloi Mitjans para o Valdagno e Teixidó, melhor marcador do Breganze com 28 golos, pode acompanhá-los.
Um histórico que terá de se reinventar
O Breganze tem o seu espaço próprio no Hóquei em Patins italiano. Campeão em 1976 e 1979, já depois de ter conquistado a Coppa Italia em 1968 e 1975. Regressaria às conquistas na Coppa 40 anos depois, em 2015, pela mão de Guillem Cabestany, que também conduziria os "rossoneri" à Final Four de uma Liga Europeia que organizaria... na vizinha Bassano.
Poucos meses depois dessa Final Four, já com Cabestany no comando técnico do Porto, o Breganze, orientado por Mirco De Girone, conquistaria pela primeira vez na sua história a Supercoppa. Gerard Teixidó fazia parte dessa equipa.
Em 2017, a sociedade apostou no argentino Diego Mir, que reconduziria o Breganze aos títulos. Em 2019, erguia-se a quarta Coppa Italia.
Na busca de um percurso de passos firmes, a direcção abdicou por motivos financeiros da participação nas competições europeias e este ano apostou em seis jogadores com mais experiência e os restantes elementos com 20 anos ou menos... Veludo, Teixidó, Mitjans, Samuel Amato e Andrea Scuccato foram os titulares na derradeira partida frente ao Viareggio, e a estes juntava-se Nicola Retis que, com um problema de saúde grave no final de Janeiro, tinha entretanto regressado aos treinos. E todos deverão estar de saída no final da temporada. O futuro do Breganze é uma incógnita.
Quarta-feira, 1 de Abril de 2020, 22h03