«Queremos muito acabar esta época, mas, neste momento, isso é impensável»
Ainda antes da quarentena, o Óquei de Barcelos caíra para um quinto lugar que já lhe era estranho... Estava a ser uma temporada extraordinária, acima de qualquer expectativa, com os adeptos a lotarem várias vezes o Municipal. A Catedral.
No "Vamos Falar de Hóquei em Patins", o treinador Paulo Pereira aponta a pressão de uma inesperada liderança do Campeonato para a quebra de rendimento, a que não serão também alheias as notícias do interesse de outros clubes nos bons valores barcelenses. "Em Outubro já se falava de saídas", constata o técnico, que vê complicado o reatamento da competição e que sugere que se comece a pensar na próxima época.
Paulo Pereira chegou ao Óquei de Barcelos em Março de 2017 para render Paulo Freitas. Pouco mais de um mês depois, liderava a equipa à conquista da Taça CERS. Era um regresso às pistas nacionais ilustrado a ouro.
Antes, esteve mais de um ano em aprendizagem. Esteve no Liceo, com um Carlos Gil "único" e "diferente", e no Barcelona de um Ricard Muñoz acessível e disponível a explicar os treinos de uma equipa altamente profissionalizada. Muñoz, agora seleccionador feminino de Espanha, surpreende Paulo durante a emissão. Mas as surpresas para Paulo Pereira não ficariam por aí.
A carreira de técnico de Paulo Pereira está inegavelmente marcada pelo ano de 2014, em que ao serviço do Valongo - onde estaria até Janeiro de 2016 - conquistou de forma inédita Campeonato Nacional e Supertaça António Livramento. Uma época e um ano de que não faltam histórias ou amizades que sobrevivem ao passar dos anos e às mudanças de emblema que cada um defende. Numa quarentena em que Paulo Pereira acusou positivo ao CoViD-19 e se tornou num "número" entre os recuperados, mas, acima de tudo, num sinal de esperança, quisemos dar uma ajuda na recuperação - principalmente anímica - total.
Por uma emissão justificadamente diferente, passaram João Lino (director), João Paulo Almeida (adjunto) e os campeões Ângelo Girão, Henrique Magalhães, Hugo Azevedo, João Souto, Miguel Viterbo, Nuno Araújo, Rafa e Telmo Pinto para um abraço - camuflado de um bem-disposto "bota-abaixo" - colectivo. Com meias palavras, falou-se também do futuro. Mas isso fica para outra história.
Segunda-feira, 27 de Abril de 2020, 20h56