Ir a jogo com mais trunfos na mão
Quando no defeso de 2018, Paulo Freitas juntou Gonzalo Romero (ex-Forte) e Raul Marin (ex-Reus) aos recém-consagrados campeões nacionais Ângelo Girão, Zé Diogo, Caio, Ferran Font, Henrique Magalhães, João Pinto, Matías Platero, Pedro Gil, Toni Pérez e Vítor Hugo, muitas foram as vozes que questionaram a constituição do plantel leonino.
Como se conseguiria gerir um plantel com 12 jogadores, com 10 jogadores de pista de topo, em que todos poderiam regatear lugar na maioria das melhores equipas do planeta? Bruno de Carvalho patrocinou essa ideia inusitada, Paulo Freitas geriu da melhor maneira e o Sporting terminou campeão europeu em Maio de 2019, 42 anos depois da conquista da “equipa maravilha” de Livramento e companhia.
A estratégia leonina revelara-se vencedora e, saindo Henrique Magalhães, João Pinto e Vítor Hugo, entraram outros tantos: Alessandro Verona (ex-Lodi), João Souto (ex-Turquel) e Telmo Pinto (ex-Porto).
Em entrevista ao HóqueiPT, Edu Castro, treinador do Barcelona, em plenos World Roller Games de 2019, já apontava o caminho para planteis com mais de 10 atletas, mas – com outros receios – tardaria um ano a percorrê-lo. Para a temporada que agora se iniciou, chegou Sergi Llorca. Sem sair ninguém.
O Sporting também manteve a aposta, ainda que a pandemia aconselhasse prudência financeira. Saíram Caio e Raul Marin, entraram Álvaro Morais (“Alvarinho”) e Gonçalo Nunes, que estavam cedidos por empréstimo ao Óquei de Barcelos.
Paulo Freitas fala de permanente competitividade dentro do plantel e outros seguiram “o modelo”, para uma temporada que se adivinha longa e exigente.
Alejandro Dominguez trabalha com 11 jogadores no Benfica e Miguel Vieira, que ficou de fora no primeiro jogo, bisou no segundo; Paulo Pereira não conta com “Tato” Ferruccio na Oliveirense, castigado por quatro partidas, mas tem um 10 sólido e competitivo; e Rui Neto, do líder Óquei de Barcelos, tem o argentino Nicolas Gutiérrez – que chegou mais tarde aos trabalhos - a morder os calcanhares aos restantes.
No Porto, sem Carlo Di Benedetto até Dezembro e apesar do tremendo potencial de Zé Miguel, Cabestany lamentará que a opção não tenha sido a mesma dos rivais… Entre outros, até o recém-promovido Tomar aponta a um plantel alargado na sua luta pela manutenção.
Terça-feira, 6 de Outubro de 2020, 10h37