Espanha revalida título europeu

A Espanha venceu a França por 2-1 na final do Europeu, erguendo o seu 18º título. Com boa réplica francesa, a vitória só foi garantida no prolongamento, com um golo de Toni Pérez.

Espanha revalida título europeu

A Espanha revalidou o título europeu, numa defesa com sucesso que não acontecia desde 2012. Mas, pese um inusitado adversário, a vitória espanhola na decisiva final foi tudo menos fácil.

Depois de não se ter importado muito com a derrota na véspera por 1-3 frente a esta mesma Espanha, a França entrou agressiva, com intensidade, a dominar os minutos iniciais de jogo e a colocar à prova Carles Grau. Pelas suas intervenções, Grau seria um dos pilares da conquista de Espanha.

Perante uma casa bem composta - pese as "ameaças" de alguns adeptos portugueses boicotarem a final - a selecção espanhola só se "libertou" na rotação dos jogadores. Cabestany rodava os quatro jogadores de pista, enquanto Savreux só colocava o sobrinho e jovem Leo a descansar Remi Herman. Carlo Di Benedetto sairia por breves instantes, apenas para "ligar" o braço, com uma pequena ferida.

Com os 10 minutos do intervalo para repôr forças, a França volto a entrar com mais dinâmica, sempre baseada no tridente Di Benedetto. Aos sete minutos e meio, Bruno rematava forte e colocado para o 0-1.

A Espanha estava obrigada a virar o tabuleiro, mas seria a França a estar muito perto de marcar. O capitão Carlo não conseguiu ludibriar Carles Grau (têm ambos no currículo Porto e Liceo, mas não jogaram juntos) de livre directo após azul a César Carballeira. No powerplay, Grau voltou a ser decisivo no segurar da desvantagem mínima, mantendo "La Roja" na corrida ao título.

Sem conseguirem distanciar-se no marcador, os gauleses não mataram e praticamente morreram. Não literalmente, mas quase. Aos 11 minutos, João Duarte (que arbitrou a final com Rui Torres) assinalava grande penalidade e Carballeira batia Baptiste Bonneau, figura surpreendente deste Mundial, para uma igualdade que quebrava o espírito francês. E tal reflectia-se no evidente cansaço físico de seis dias sem descanso.

A França ia sobrevivendo, mas chegava à 10ª falta a seis minutos e meio dos regulamentares 50 minutos. No entanto, Ferran Font não conseguiu bater Bonneau e, um minuto volvido, Roberto Di Benedetto "disparava" ao ferro e reanimava a sua equipa. Até que o tempo regulamentar se esgotasse, as melhores oportunidades seriam mesmo da selecção de Savreux. A oito segundos do fim, Carlo isolou-se mesmo perante Grau, mas o guardião levou o jogo para prolongamento.

No tempo extra, as oportunidades dividiram-se, ainda que com cautelas acrescidas. Já nos segundos cinco minutos, Ferran Font desequilibrou, fintando toda a equipa contrária, menos Bonneau. Mas o letal Toni Pérez estava no sítio certo para fazer o 2-1 que valeria o troféu à Espanha e muitas lágrimas a França, que esteve muito perto de uma conquista que teria inegável mérito.

Antes, o 3º lugar, entre Portugal e Itália, ficou por atribuir. Andorra conquistou o 5º lugar e relegou Alemanha para o último, com uma vitória por 1-5.

18 títulos

Este é o 18º título Europeu da Espanha, o terceiro conquistado em Portugal.

A Espanha conquistou o seu primeiro título em 1951, em Barcelona, na 17ª edição do Campeonato da Europa. Voltaria a vencer em 1954 e 1955 no primeiro bicampeonato, em 1957, 1969 e, no seu primeiro "tetra" em 1979, 1981, 1983 e 1985, sendo o triunfo de 1985 o primeiro em terras portuguesas, em Barcelos, mas também o último antes de um jejum de 15 anos.

Voltaria a vencer em 2000, no inicio de uma série de sete triunfos consecutivos, com os títulos de 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012 só superada pelos 12 triunfos consecutivos de Inglaterra nas primeiras 12 edições da prova. O título de 2012 seria o segundo em Portugal, em Paredes, e voltaria a marcar o fim de uma série vitoriosa. Em 2014, o título foi italiano e, em 2016, português.

Em 2018, a Espanha recuperou o título na Corunha e, em virtude do adiamento da prova em 2020, defendia agora a sua coroa. E fê-lo com sucesso.

Com 18 títulos, a Espanha aproxima-se do recorde de conquistas, que é de Portugal, com 21.

Fase de qualificação

• Itália 5-8 França • 15.Nov

Espanha 11-0 Andorra • 15.Nov

Portugal 10-0 Alemanha • 15.Nov

• Itália 4-4 Espanha • 16.Nov

• Andorra 1-5 Alemanha • 16.Nov

França 5-3 Portugal • 16.Nov

• Alemanha 2-11 Espanha • 17.Nov

• Andorra 5-5 França • 17.Nov

• Portugal 4-4 Itália • 17.Nov

França 5-2 Alemanha • 18.Nov

Itália 10-1 Andorra • 18.Nov

• Espanha 9-10 Portugal • 18.Nov

Itália 4-1 Alemanha • 19.Nov

• França 1-3 Espanha • 19.Nov

Portugal 12-1 Andorra • 19.Nov

Fase de qualificação - Classificação

1º Espanha (10 pontos, 38-17, +21)

2º França (10 pontos, 24-18, +6)

3º Portugal (10, 39-19, +20)

4º Itália (8, 27-18, +9)

5º Alemanha (3, 10-31, -21)

6º Andorra (1, 7-43, -36)

5º e 6º lugares

• Alemanha 1-5 Andorra • 20.Nov

3º e 4º lugares

• Portugal vs. Itália • 20.Nov • Cancelado

Final

Espanha 2-1 França • 20.Nov (1-1, 1-0 prol.)

AMGRoller Compozito

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