Sporting 'ganha' protestos
O Sporting regressará ao campeonato a cinco pontos da liderança, com 19 pontos em oito jogos. Seis dos pontos foram 'protestados' por Braga e Marinhense, mas a decisão do CD sorriu em ambos os casos aos leões.
É com cinco pontos de atraso do Sporting para o líder Porto que regressa o Campeonato Nacional da I Divisão no próximo fim-de-semana. Dragões e leões jogam domingo, com a equipa de Ricardo Ares a receber o Valongo e a equipa de Paulo Freitas a deslocar-se a Paço de Arcos sabendo já que não poderá contar com Henrique Magalhães, positivo a CoViD-19.
Na primeira fase do campeonato, até à interrupção, o Sporting somou seis vitórias em oito jogos, sendo que duas foram alvo de protesto.
João Almeida
Pese a decisão do Conselho de Justiça sobre a inscrição de João Almeida, o Braga jogou no João Rocha sobre protesto pela utilização do jogador nesse jogo da 2ª jornada, que os leões venceriam por 6-3. Na análise do protesto, o Conselho de Disciplina (CD) confirmaria a decisão do Conselho de Justiça sobre a inscrição de João Almeida, e indeferi-lo-ia.
O CD reconhece que o jogador assinou a "ficha de inscrição com transferência" a 22 de Março, havendo mesmo um cheque endossado (a título de "prémio de assinatura", assume-se), mas esta ficha já não seria válida para a nova temporada.
A partir de 15 de Junho poderiam registar-se os dados para a nova temporada, ainda que as inscrições só fossem efectivas em Agosto. A 14 de Julho, o atleta foi "registado" pelo Sporting e a 28 pelo Braga. A 2 de Agosto, o Sporting submeteu a inscrição, devidamente acompanhada da nova ficha de inscrição, que ainda não era possível emitir em Março.
O Braga levou o caso da inscrição de João Almeida ao TAD, aguardando-se decisão.
Defendendo a validade do documento inicialmente assinado, o Braga levou a pretensão de "má inscrição" até ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) a 4 de Outubro, aguardando-se decisão que poderá confirmar ou anular as resoluções dos Conselhos de Justiça e de Disciplina da Federação de Patinagem de Portugal.
Recorde-se que João Almeida representava a Oliveirense na pretérita temporada, mas com contrato a terminar no final de Junho e - cedo afastado das convocatórias - sem proposta de renovação. No dia 1 de Julho apresentar-se-ia no Parque das Goladas, casa dos bracarenses, recebendo mesmo uma base de patins com rodas e travões, mas o namoro acabaria por não se concretizar. O chamamento leonino foi mais forte.
Entrada irregular, mas "corrigida"
Volvida a página sobre o primeiro protesto (pelo menos até que o TAD se pronuncie), o Sporting voltou a enfrentar outro protesto na 8ª jornada, a última antes da pausa para o Campeonato da Europa.
Os leões venceram por tangencial 4-5 na Marinha Grande, numa partida marcada por uma entrada irregular de Toni Pérez em pista.
A confusão foi despoletada por azuis a Ferran Font (a 11'44 do intervalo) e Henrique Magalhães (a 10'48), com o resultado em 2-1 para a equipa da casa. Não havendo golos durante a inferioridade (como se verificou) o Sporting devia ter ficado privado de um jogador até aos 7'44, dado que os dois minutos do segundo azul só começariam a contar terminados os do primeiro, mas Toni Pérez entrou logo aos 8'48.
A entrada irregular deveria repercutir-se na expulsão do atacante asturiano e do treinador Paulo Freitas, mas o erro - de pronto assinalado pelo banco marinhense - foi assumido pelos árbitros da mesa Paulo Silva e Cláudio Francisco. Os árbitros Miguel Guilherme e João Catrapona, que conduziam a partida, optaram por "recuar" o tempo de jogo para "apagar" a decisão, o que fundamenta o indeferimento do protesto.
A possibilidade de "recuar" o tempo já esteve prevista regulamentarmente com um máximo de cinco minutos, mas a "regra" agora citada - o ponto 6 do Artigo 2º (Funções) das Regras de Arbitragem - permite aos árbitros corrigirem erros em qualquer altura. "Nos incidentes ou omissões que não estejam incluídos nas Regras do Jogo, os Árbitros Principais devem decidir de acordo com a sua consciência, tentando resolver todos os casos através das ações que consideram necessárias e avaliando e julgando as reclamações que possam ocorrer, garantindo sempre a correção de quaisquer irregularidades e/ou erros graves que possam ser detetados durante o jogo, favorecendo sempre uma aplicação rigorosa das regras em vigor, em defesa da ética e da verdade desportiva.", pode ler-se.
Quinta-feira, 25 de Novembro de 2021, 8h41