Trissino e Valongo no habitual tira-teimas da Liga Europeia

Na quarta vez que a Taça Continental se disputa em Final Four, há quarto embate entre os vencedores da Liga Europeia, deixando os vencedores da Taça CERS/WSE pelo caminho. Trissino e Valongo disputam este domingo o troféu.

Trissino e Valongo no habitual tira-teimas da Liga Europeia

Trissino e Valongo decidem este domingo em Follonica a Taça Continental, depois de terem afastado, nas meias-finais, Follonica e Calafell.

Mesmo depois de uma temporada de Liga Europeia atípica, a regra mantém-se, com os finalistas da Liga Europeia a voltarem a defrontar-se na final da Taça Continental. É a quarta vez que a prova se disputa em Final Four, e a quarta vez que tal acontece, expondo as diferenças entre as duas principais provas europeias.

Já quanto ao vencedor final, não há padrão. Barcelona e Sporting, em 2018 e 2019, "confirmaram" os triunfos na Liga Europeia ao voltarem a ser mais fortes do que o Porto (finalista nesses dois anos), mas a Oliveirense venceu a Taça Continental em 2017 depois de ter sido vencida pelo Reus na Liga Europeia. O que, historicamente, fossem necessários outros argumentos, dá força à esperança do Valongo.

Na decisão da Liga Europeia em Maio, entre Trissino e Valongo, os campeões italianos levaram a melhor, mas apenas na decisão por grandes penalidades.

Este sábado, Trissino e Valongo tiveram partidas exigentes, em que tiveram de virar desvantagens.

O Valongo perdia frente ao Calafell por 2-0, ao virar dos primeiros 10 minutos de jogo, com um golo de Martí Casas e outro de Sergi Miras. Mas, não ferimos pela desvantagem, com a raça que lhes é característica, igualaram no espaço de um minuto, com tentos de Miguel Moura e Diogo Abreu. A partida estava completamente relançada e a segunda parte foi de nervos.

Após o reatamento, um azul a Rafael Bessa dava oportunidade a Martí Casas de voltar a marcar, mas Xano Edo, frente à sua ex-equipa, negou o golo. Como negaria mais tarde a Sergi Miras, numa grande penalidade e, já a vencer, a Arnau Xaus num livre directo. No desequilíbrio do marcador, valeu a eficácia de Facundo Navarro, não enjeitando a 10ª falta catalã. A reviravolta estava consumada e foi defendida com unhas e dentes.

Mais tarde, não faltaram golos no duelo italiano entre Trissino e Follonica. Nem faltou equilíbrio num jogo em que, apesar do total de 11 golos marcados, nenhuma das equipas conseguiu "cavar" uma vantagem de dois golos.

Adiantaram-se os campeões italianos de Alessandro Bertolucci, por Andrea Malagoli, aos oito minutos, mas o Follonica de Sérgio Silva foi anulando sucessivas desvantagens. Nada menos do que quatro.

A pouco mais de 10 minutos do final, o anfitrião Follonica passava pela primeira vez para a liderança, com um tento de Marco Pagnini, mas o mesmo Marco desperdiçaria pouco depois a oportunidade - de livre directo - de garantir o precioso fosso de dois golos. E o Trissino não desistiu.

Vencedora da Liga Europeia, do campeonato italiano e, na semana passada, da Supertaça italiana, a equipa capitaneada pelo português João Pinto puxou dos galões e virou o jogo nos últimos cinco minutos. O reforço Jordi Mendez marcou o seu segundo golo no jogo para o 5-5 e Davide Gavioli, já nos derradeiros dois minutos, assinou o decisivo 6-5.

Este domingo, Trissino e Valongo procuram o seu lugar na história da competição.

Para o Valongo seria o seu primeiro título europeu, dando continuidade aos triunfos lusos (ambos do Sporting) nas duas últimas edições e a quatro (Benfica venceu em 2016 e Oliveirense em 2017) nas últimas cinco, num domínio apenas contrariado pelo Barcelona em 2018.

De facto, nestas últimas cinco edições, Portugal conquistou tantas vezes a prova como em todas as edições anteriores, num total de oito conquistas lusas. As outras 32 foram para Espanha, 18 delas para o Barcelona.

O Trissino tem a "responsabilidade" de juntar mais um título inédito a um ano fabuloso, mas também de garantir a primeira vitória para o Hóquei em Patins italiano. À decisão só chegaram cinco emblemas italianos, num total de oito ocasiões. O último foi o Follonica, com dupla presença em 2005 e 2006, então ainda a duas mãos, mas perderia ambas para o recordista Barcelona.

A final disputa-se a partir das 15h locais, 14h de Portugal continental.

Meias-finais

• Calafell 2-3 Valongo • 17.Set

Trissino 6-5 Follonica • 17.Set

Final

• Trissino vs. Valongo • 18.Set • 15h

AMGRoller Compozito

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