Forte num longo caminho até à 'felicidade'

O Forte procura voltar ao topo em Itália e afirmar-se na Europa. Pedro Gil reconhece que a equipa ainda não está no patamar das melhores, mas fará o seu caminho... que, para Pedrito, passa por um inédito embate com o filho.

Forte num longo caminho até à 'felicidade'
Foto de capa: Hockey Forte

Em 2021, Pedro Gil deixou o Sporting depois de cinco temporadas em que esteve na ascensão dos leões ao topo da modalidade, conquistando, entre outros, dois campeonatos nacionais e duas Ligas Europeias. De regresso a Forte dei Marmi, carregava consigo uma ambição a que se juntou o investidor Attilio Bindi, um magnata das sobremesas em Itália.

A Pedro Gil juntou Domenico Illuzzi, pagando uma choruda cláusula de rescisão ao Lodi, e, mais tarde, Marc Gual, que viria a assumir o comando técnico da equipa. Bindi apostava em levar a bom porto o "Progetto Felicitá" ("Projecto Felicidade"), que visa devolver o Forte às conquistas.

O Forte foi campeão italiano em 2014, 2015 e 2016, sempre com Pedro Gil, e em 2019, tendo estado na Final Four da Liga Europeia em 2016, na Luz, na penúltima presença italiana no decisivo fim-de-semana da mais importante prova de clubes [a última foi este ano, marcado pela ausência dos ditos "tubarões"].

Associando-se à não reconhecida Associação Europeia de Clubes (EHCA), o Forte não foi à Liga Europeia, mas também falhou a presença na Golden Cup, preferindo disputar (e, inclusivamente, organizar) a Final Four da Coppa Italia. Perderia, na final, frente ao Sarzana, numa época atípica.

A temporada de 2021/22 até começou com a conquista da Supercoppa, com uma exibição de gala de Pedro Gil, mas - com a saída de Alberto Orlandi do comando técnico em Dezembro - o Forte terminaria a fase regular da Serie A1 em 4º, atrás de Trissino, Lodi e Follonica. Foi apenas o 5º melhor ataque, mas a 2ª melhor defesa, e passou o Bassano na "negra" nos quartos-de-final. Nas "meias", frente ao futuro campeão Trissino, o Forte ganhou o primeiro jogo por 5-1 (aproveitando a ressaca da conquista europeia do adversário), mas depois perdeu três jogos para uma equipa claramente mais sólida.

Reconhecendo uma primeira época aquém das expectativas, "Pedrito" vê uma equipa um pouco melhor, "mais compensada". Foi garantido o regresso de Federico Ambrosio (ex-Bassano), Enric Torner (ex-Lodi) e Francesco Rossi (ex-Sarzana), todos com passado no Forte, não sendo de desprezar as chegadas do jovem Andrea Borgo (ex-Monza) completa 19 neste mês de Agosto e Luca Lombardi (ex-Viareggio), 20 anos, melhor marcador do Viareggio na A2.

Em cinco jogos disputados, o Forte soma três vitórias, sobre Monza, Valdagno e o vice-campeão Lodi, e duas derrotas, na pista do campeão Trissino e, antes da pausa, na recepção ao Bassano de Miguel Viterbo e Francisco Veludo. Ambrosio, que está de volta após apenas uma temporada fora, já apontou sete golos e vai justificando os - diz-se - 75 mil euros que o Forte pagou para o seu regresso.

Na Europa, para a nova Liga dos Campeões, o Forte passou sem dificuldade a 1ª fase de qualificação, vencendo Coutras (5-1) e Alcoi (2-6) para depois empatar com o Braga (1-1) quando ambas as equipas já tinham o apuramento garantido. Na 2ª fase de qualificação, a passagem à fase de grupos é jogada pela equipa de Pedro Gil em casa.

Com Follonica, Caldes e Noia, antevê-se uma disputa equilibrada. Gil frisa que o Forte ainda não está no patamar dos maiores da Europa e a derradeira partida será contra o "seu" Noia, equipa da sua Sant Sadurní natal, onde se formou antes de partir para o português Infante Sagres.

Além disso, no Noia pontifica agora Kyllian Gil, filho de Pedro, sendo esta a primeira partida oficial em que se defrontarão. Kyllian terá 20 anos e Pedro Gil 42 acabados de fazer, mas, em pista, a idade do pai - conhecido desde sempre por uma impressionante disponibilidade física - pesará pouco na hora de procurar a vitória.

AMGRoller Compozito

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