TAD volta a dar 'nega' ao Benfica e Pedro falha Dragão
Tal como com Edu Lamas, o TAD decretou ilegitimo o protesto do Benfica no castigo a Pedro Henriques. No 'erro' processual das águias, o guardião terá de cumprir castigo, ao contrário dos rivais do Sporting. Falha o jogo com o Porto.
A 4 de Junho, o jogo 2 das meias-finais do play-off do Campeonato Nacional da I Divisão da pretérita temporada, entre os velhos rivais de Lisboa, redundou num dérbi "quentinho" que terminou com um vermelho a Henrique Magalhães, quatro azuis e vários lances que escaparam à dupla de arbitragem e em que, posteriormente, se pediu castigo.
Na pressão mediática, o Conselho de Disciplina (CD) ignorou a necessidade de instauração de processos disciplinares e o recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) permitiu que os visados Edu Lamas, Ferran Font, João Souto e Pedro Henriques terminassem a temporada sem cumprir castigo.
No início de Agosto, o TAD pronunciou-se sobre a (esperada) "ilegalidade" do CD federativo no decretar de forma sumária os castigos a João Souto e Ferran Font, de, respectivamente, dois e três jogos e os dois leões seriam "ilibados". Esperar-se-ia que a decisão sobre os dois jogadores do Benfica, mas a forma como foi apresentado o protesto faria toda a diferença.
O protesto sobre os castigos de Souto e Font foram apresentados pelos próprios. Já o protesto dos jogadores do Benfica foi apresentado pelo clube e o TAD alegaria que, numa modalidade amadora e em que os únicos visados pelo castigos são os atletas, e considerando que estes são os únicos lesados, não havia legitimidade para ser o clube a protestar.
A decisão sobre Edu Lamas foi publicada no início de Novembro e o internacional espanhol cumpriria o seu castigo de dois jogos frente aos minhotos Braga e Famalicense. Agora, sendo difícil perceber a demora de mais dois meses em processos em tudo semelhantes, o Benfica foi notificado de igual decisão no "caso" de Pedro Henriques.
"Nega" nos protestos do Benfica (apresentados no mesmo dia) têm a mesma base, mas decisão sobre Pedro Henriques demorou mais dois meses.
Com um castigo de três jogos pendente, e tendo os jogos de ser cumpridos no Campeonato Nacional, o guardião internacional português falhará - sete meses depois daquele dérbi - a partida em Murches, já este sábado, a recepção ao Parede (dia 11) e a deslocação ao Dragão Arena (dia 18), no sempre mediático duelo com o Porto que encerra a primeira volta. Pelo meio, a 14 de Janeiro, nos 16-avos-de-final da Taça de Portugal, poderá ir a jogo na pista do Académico de Cambra.
A titularidade entre os postes dos encarnados deverá ser para Bernardo Mendes, reforço que chegou do Valongo no último defeso e que já foi "dono" da baliza nas partidas com Paço de Arcos e Valongo e, para a Taça, frente ao CART. No jogo das Caldas das Taipas, Pedro Henriques não esteve presente e João Seixas, guarda-redes da equipa "B", foi chamado.
Em nova ausência de Pedro, Seixas, campeão da Europa de Sub-19 em 2021, poderá voltar a ser chamado ou a opção pode recair em "Kiko" Fernandes, que recentemente esteve no Mundial de Sub-19 por Portugal.
Sexta-feira, 6 de Janeiro de 2023, 23h24