Porto repudia 'todas as agressões verbais' e avança com inquérito próprio
Não fazendo 'ouvidos de mercador' à denúncia de Carlos Nicolía sobre algo que extravasa o plano desportivo, a Direcção do Porto instaurou um inquérito, como já fizera a APCVD. A FPP averiguará a 'factualidade' antes de avançar.
A denúncia de Carlos Nícolia após o Clássico entre Porto e Benfica de última quarta-feira continuou a ter ecos. Depois da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) ter anunciado a instauração de um processo, foi a vez da própria Direcção do Futebol Clube do Porto tomar a iniciativa.
Em comunicado dos dragões, é anunciada a instauração de um inquérito, frisando que o clube repudia todas as agressões verbais e está empenhado em erradicar este fenómeno do desporto e da sociedade.
A Direção do FC Porto, tendo tomado conhecimento de uma denúncia de Carlos Nicolía, atleta de hóquei em patins do Benfica, sobre insultos que terá sofrido durante o jogo da última quarta-feira no Dragão Arena, decidiu:
1. Instaurar um inquérito para apuramento dos factos e da identidade dos presumíveis autores;
2. Repudiar todas as agressões verbais que, infelizmente, acontecem nos variados palcos desportivos de todo o país;
3. Manifestar o seu empenho na erradicação destes fenómenos do desporto português em particular e da sociedade em geral.
Entretanto, a Federação de Patinagem de Portugal, numa investigação que poderá parecer redundante, estará a "averiguar a factualidade amplamente divulgada nos meios de comunicação social" para avançar então para a instauração de um processo de inquérito. Tal dever-se-á à falta de uma participação disciplinar explicita - que, por exemplo, o Benfica ou o atleta poderiam ter feito - que justifique no imediato a abertura de processo.
Sábado, 21 de Janeiro de 2023, 10h45